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25/11/2007 - 11h20

Certificado avalia qualidade de vida em empreendimentos ainda na planta

EDSON VALENTE
Editor-assistente de IMÓVEIS e CONSTRUÇÃO da Folha de S.Paulo

Comprar um imóvel na planta tem, hoje, uma segurança que dispensa o "ver para crer" de são Tomé, mas ainda pode causar pequenos contratempos após a entrega das chaves.

Uma lei de 2003 prevê que o prédio seja concluído mesmo que a construtora vá à falência --outra empresa, no caso, assume a obra.

Isso não impede sustos como o que Mike Martins, 23, contador, e Silvana Deolinda, 28, jornalista, tiveram ao comprar um apartamento na planta.

"Descobri na vistoria que há uma pequena favela ao lado do condomínio, que não é visível quando se passa em frente a ele. Olhando da minha sacada, ela fica bem abaixo e pode desvalorizar o imóvel", lamenta ela.

Para ajudar na identificação de questões como essa, que já podem ser detectadas na fase de projeto, a empresa paulistana Instituto Valor Ambiental desenvolveu uma certificação que foca o bem-estar dos futuros moradores de um imóvel mesmo ainda não construído.

Os itens de qualificação não se referem apenas à sustentabilidade do empreendimento. "O enfoque é a qualidade de vida do ocupante", explica Edson Ferreira, 51, diretor do IVA.

Assim, "temas" como uso racional de energia encontram-se lado a lado com, por exemplo, "amenidades" --existência de espaços de lazer no condomínio.

Ferreira conta que a análise inclui entrevistas com projetistas e arquitetos, visita ao local da construção e levantamento de dados em órgãos públicos, como a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), e na prefeitura.

Nesta é verificado, por exemplo, o tipo de zoneamento do local, o que pode informar o risco de ter um bar como vizinho.

A emissão do certificado leva de 30 a 45 dias, com o envolvimento de uma "equipe multidisciplinar de três ou quatro pessoas". Sua validade é de três anos, e ele classifica o imóvel como platina, ouro ou prata, segundo o nível de aprovação para cerca de 120 perguntas.

O certificado é acompanhado de um relatório detalhado sobre as condições avaliadas. Ele deve ser exigido pelo interessado no imóvel --que tem ainda a opção de sair, por conta própria, à caça dessas informações.

Um prédio de Campinas (SP) foi o primeiro a ser qualificado, e outros dez estão em processo de avaliação --todos no interior do Estado de São Paulo.

Conselho brasileiro

O IVA (Índice Valor Ambiental), que carimba prédios residenciais, comerciais e industriais, não foi avaliado pelo CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável).

"Ainda não o conheço em detalhes", diz Vanessa Gomes, membro do conselho.

João Crestana, 53, presidente do Secovi-SP (sindicato de administradoras e imobiliárias), afirma que "não conhece" o IVA. "Mas o mercado ganha com avaliações de institutos independentes, se forem sérios."


     

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