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01/06/2008 - 14h48

Tombamento preserva traçado original de bairro

MARIANA DESIMONE
colaboração para a Folha de S.Paulo

O tombamento de bairros conserva mais do que lembranças e fachadas. Ele preserva a área contra verticalização e mudanças no traçado das ruas.

Na Vila Mariana (zona sul), o tombamento do Instituto Biológico e de suas imediações permitiu "desacelerar a implantação do inferno urbano", desabafa o economista César Angelucci, 55, presidente da Associação de Moradores e Amigos da Vila Mariana.

Angelucci se refere à especulação imobiliária e ao superpovoamento do distrito, que levam ao aumento de trânsito, barulho e poluição.

Por outro lado, o tombamento diminuiu o valor de imóveis na região em até 60%.

"As construtoras não querem mais comprar [terrenos], pois não dá para construir prédios."

Uma saída é pleitear abatimento no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) ou um patrocínio.

Mas como saber quando um local pode ser tombado? Essa resposta depende até de "valor sentimental", explica a diretora do movimento Defenda São Paulo Lucila Lacreta.

"Se uma praça ou um chafariz tem valor para a memória afetiva da população local, já é possível pedir a preservação da área", aponta Lacreta.

Outro objetivo do tombamento pode ser a conservação de características originais de bairros --como o tamanho dos lotes e a altura das construções--, como foi feito no Jardim Paulistano, no Pacaembu e no Sumaré (zona oeste).

"O bairro ganha a qualidade do seu traçado original. Nesses casos, não é fundamental manter a fachada", afirma Lacreta.

Para o vice-presidente do Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), Walter Pires, é preciso mais do que querer qualidade de vida para tombar um bairro.

"É importante que o local tenha qualidades urbanísticas e paisagísticas características. Também pesa se o zoneamento está sendo modificado ou se o trânsito começa a aumentar."

O processo de tombamento leva mais de um ano: "Mas, com ele aberto, já há garantia de preservação do local".
O zoneamento também não pode ser esquecido. "Ele deve andar junto com o tombamento. Assim, não há conflitos de leis", explica Pires.


     

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