14/06/2008
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18h04
Boom imobiliário ajuda a reduzir temperatura e nível de poluição
Colaboração para a Folha de S.Paulo
Quem pretende morar longe de ambientes com poluição carregada --principalmente da que vem da frota de veículos-- deve manter distância do anel viário que é formado pelas marginais Pinheiros e Tietê e pelas avenidas Salim Farah Maluf e Bandeirantes.
Como são regiões de vales, a dispersão dos poluentes é menor, porque o ambiente atmosférico é bastante estável.
Quando esses poluentes, como o monóxido de carbono e as partículas inaláveis, chegam à periferia da cidade, reagem com a luz do sol e se transformam no gás ozônio, que é prejudicial à saúde.
Ter as temperaturas mais altas da cidade e grande concentração de ozônio não são sinais, porém, de que tudo está perdido nas regiões periféricas de São Paulo.
"Próximo ao Tatuapé, no Jardim Anália Franco [zona leste de São Paulo], o investimento imobiliário abrandou a temperatura local, e a poluição diminuiu", afirma o geógrafo Gustavo Armani, pesquisador do Instituto Geológico.
"Com planejamento, o dinheiro consegue melhorar o clima", defende o pesquisador. Para Armani, a Mooca será o próximo bairro a passar por uma transformação como essa.
Segundo o geógrafo, quando os lotes são planejados, e as construções, espaçadas entre si e entremeadas de vegetação, a temperatura fica mais amena --diferentemente do que ocorre em locais sem planejamento, em que as casas são construídas "grudadas" umas às outras.
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Arte/Folha |
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