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24/01/2010 - 12h42

Tombamento deve valorizar imóveis do bairro City Lapa

SILVIA HAIDAR
colaboração para a Folha de S. Paulo

Além de imóveis, regiões que tenham valor cultural, ambiental e paisagístico também podem ser tombadas pelo patrimônio histórico. "O processo é o mesmo", comenta Walter Pires, do Departamento do Patrimônio Histórico.

Foi o que aconteceu na última segunda-feira (18) com os bairros da zona oeste paulistana Alto da Lapa e Bela Aliança, conhecidos como City Lapa.

A decisão do Conpresp preserva as características originais da área, projetada nos anos 1920 pela inglesa Companhia City --empresa que também planejou os bairros Jardim América, Pacaembu, Jardim Guedala e Alto de Pinheiros.

Adriano Vizoni/Folha Imagem
Roberto Rolnik Cardoso, presidente de associação de moradores da região da Lapa, comemora a proibição de prédios altos no local
Roberto Rolnik Cardoso, presidente de associação de moradores da região da Lapa, comemora a proibição de prédios altos no local

O tombamento do City Lapa preserva traçado viário e áreas verdes e determina que nenhuma casa com mais de nove metros de altura seja construída, entre outras especificações.

"Dá uma segurança enorme aos moradores saber que amanhã não teremos um prédio alto como vizinho", diz o presidente da Associação de Amigos Moradores pela Preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança, Roberto Rolnik Cardoso.

"Essas restrições visam ao melhor uso possível para a finalidade de uma área; no caso, a residencial", esclarece o consultor imobiliário Bernd Rieger. "Os imóveis de uma região com esse tipo de preservação acabam sendo valorizados", conclui Thomaz Assumpção, da Urban Systems.

Um imóvel pode ser totalmente ou parcialmente tombado, dependendo do resultado da avaliação feita por especialistas em arquitetura e história, entre outras áreas.

Solicitação

"Qualquer pessoa pode pedir o tombamento", diz Pires. A decisão, porém, será tomada pelo conselho do órgão responsável.

O solicitante pode encaminhar seu pedido a qualquer uma das três instituições de preservação do patrimônio histórico: o Conpresp, no âmbito municipal; o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), no âmbito estadual; e o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), no âmbito federal.

Técnicos e conselheiros do instituto procurado, ao avaliar o edifício, definem qual é o órgão mais indicado para cuidar do caso e quais são as estruturas dignas de tombamento --pode ser apenas a fachada, o imóvel todo, um jardim.

"A diferença de atuação é o valor [arquitetônico, histórico ou cultural] de cada bem. Nós podemos ter em uma cidade imóveis que possuam um enorme valor para o Brasil inteiro, pela arquitetura, pela história ou pela cultura. Nesse caso, essas edificações são reconhecidas pelo Iphan", explica Pires.

"Mas há edificações que são importantes apenas para a cidade ou para o Estado e são tombadas pelo Conpresp ou pelo Condephaat", completa.

"Tudo é estudado e decido durante o processo de tombamento", conclui Pires.


     

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