01/08/2003

Serviços - Oficina

Cedo ou tarde seu veículo dá motivo para visitar a oficina. Se ele está na garantia, o caminho é certo: a concessionária. Se não, ou você vai à própria autorizada ou procura uma oficina "independente".

Aí, talvez passe a conhecer a roda-viva das oficinas: o que seria um conserto pequeno e rápido muitas vezes vira uma epopéia nas mãos de alguns mecânicos, que agem assim por desconhecimento do problema real ou até mesmo por má fé.

O que mais credita uma oficina mecânica são as referências de parentes e amigos, que adoram dar indicações daquele mecânico que eles "descobriram". Você pode também levar em conta outros fatores, como a organização, a limpeza e o atendimento.

Certificado ASE

Segundo os órgãos de defesa do consumidor, um bom indicativo é o certificado ASE (Automotive Service Excellency, ou excelência em serviços automotores), cujo selo é colocado na fachada da oficina e no uniforme dos funcionários que passaram por um teste de conhecimentos.

Peça sempre um orçamento com o valor das peças e da mão-de-obra, as condições de pagamento e a previsão de entrega do veículo. Por lei, os orçamentos têm validade mínima de dez dias.

Evite comprar peças recondicionadas. Se o recondicionamento não foi bem feito, sua segurança corre perigo. Com um recondicionamento bem feito, porém, algumas peças são reaproveitáveis com plena segurança.

Veja quais as principais peças que podem ou não ser recondicionadas:

Podem	Não podem
Pneus	Amortecedores
Câmbio	Barra de direção
Direção hidráulica	Rolamentos
Eixo cardã	Roda de alumínio
Alternador	Velas
Virabrequim	Filtros
	Cilindro de freio
	Escapamento
	Bomba de combustível
	Radiador selado

Garantias

Uma medida de cautela na oficina é exigir um documento que relacione as condições gerais do veículo antes da entrega: a existência de estepe, ferramentas e extintor de incêndio, a quilometragem, o nível de combustível etc.

Objetos de uso pessoal ­ carteira, rádio, CDs, óculos, cartões de estacionamento ­ nunca devem ser deixados no veículo.

Feito o conserto, o mecânico deverá lhe entregar as peças defeituosas. Se ele não o fizer, exija-as, ao menos para se certificar da troca. Dê uma volta com o carro para checar o funcionamento do veículo e verifique se todos os defeitos apontados no orçamento foram sanados.

Caso o serviço tenha sido de funilaria, veja, de preferência à luz do dia, se o conserto e a pintura ficaram bons. Exija a nota fiscal do conserto. A garantia mínima, assegurada pelo Código de Defesa do Consumidor, é de 90 dias.

Fonte: Guia Folha Veículos