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09/09/2007 - 16h14

Dia Mundial sem Carro tenta deixar SP a pé

MARIA CAROLINA NOMURA
Colaboração para a Folha de S.Paulo

A arquiteta Patrícia Totaro tem dia marcado para, no caminho até o trabalho, trocar seu Honda Fit por um ônibus. Em 22 de setembro, ela vai se unir ao Dia Mundial sem Carro. Confessa, porém, que, se a data caísse no meio da semana, seria mais difícil abdicar do veículo.

A iniciativa é coordenada pelo Movimento Nossa São Paulo: Outra Cidade, que pretende transformar o dia em um marco, como já é em algumas capitais da Europa. Em 2006, 1.318 cidades no mundo inteiro aderiram ao movimento.

De acordo com números do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito), há 4.402.348 automóveis em São Paulo -e mais 1.401.943 ônibus, caminhões e motos.

Patrícia Totaro admite que é a primeira vez que vai participar. "Acho importante como medida de reflexão. Ficar um dia sem o carro não vai resolver o problema do trânsito."

Na opinião de Oded Grajew, 63, um dos membros do movimento e presidente do conselho deliberativo do Instituto Ethos, não há como saber quantas pessoas vão participar.

"Embora o Dia Mundial sem Carro tenha ocorrido em anos anteriores, não houve engajamento da sociedade. Agora há campanha publicitária, a prefeitura vai fazer uma rodada esportiva, então é diferente."

Dono de um Honda Civic, o consultor ambiental Marcelo De Martine, 33, afirma que vai aderir como forma de protesto: "É uma alternativa para pressionar o governo para haver uma política pública de transporte de qualidade".

O ativista e líder social do Jardim Ângela (zonal sul de São Paulo) Henrique Abreu, 38, faz coro. "É uma oportunidade de mostrar a problemática da periferia com o transporte público. Tem gente que sai de casa de madrugada para chegar ao trabalho às 8h", observa.

Já o advogado Rodrigo Santos, 33, frisa que não vai deixar seu Peugeot 307 parado. "O carro é o único meio que tenho para me locomover. Os ônibus estão em condições terríveis, chega a ser constrangedor, e não há metrô perto da minha casa [em Santo Amaro, zona sul]", reclama.

Santos diz acreditar que o movimento não vai ter adesão. "Acho que um monte de gente nem vai ficar sabendo."

A estudante de engenharia ambiental Marina Bonetti, 28, que "abandona" seu Fiat Mille vários dias por semana, vai além. "A maioria das pessoas pensa: "Meu carro não faz diferença". É uma atitude egoísta."

Na tentativa de fazer a sua parte, o jornalista Cacau Oliveira, 28, vai deixar seu Renault Clio em casa. "Não tem como ficar sem carro. Vou dividir um e, se precisar, vou pegar ônibus pela primeira vez na vida."

Sem saída

Quem encontrou uma maneira alternativa de participar do movimento foi o arquiteto e professor Paulo Barreto, 47, dono de um Honda Civic.

"Sou cadeirante, e é muito adverso pegar ônibus. O que eu posso fazer é ficar em casa."

Para não usar seu Ford Ka, o personal trainer Mauro Sakiama, 33, também pretende não sair. "Se tiver de fazer alguma coisa, irei a pé", conta.

Caminhar também será a alternativa de Oded Grajew. "Pretendo ir a pé, mas terei muitos compromissos no dia 22. Ainda não sei como vou me locomover, mas não será de carro", promete.

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