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11/11/2007 - 08h00

Mercado aquecido acaba com estoques e faz motorista aguardar 90 dias por veículo

da Folha de S.Paulo

Nunca se comprou tanto carro no Brasil. Este ano deve acabar com 2,4 milhões de emplacamentos, 25% a mais que 2006. Se é sinal de que a economia vai bem, isso também significa que o cliente precisa de paciência para deixar a revenda com um zero-quilômetro.

A Folha fez um levantamento com mais de 70 concessionárias na Grande São Paulo e constatou, com freqüência, a ausência de carros para pronta entrega --as exceções ficam por conta da Renault e da Citroën. Em média, a espera prometida é de 30 dias.

O problema é que, na prática, o prazo pode pular para 90 dias. O bancário Jair Sardelari, por exemplo, espera desde 8 de agosto sua Chevrolet Montana: "Já faz 90 dias --e nada".

Para Francisco Stefanelli, diretor nacional de vendas da General Motors, esse não é o panorama que a empresa oferece. "Em média, tem ocorrido um prazo de duas semanas para a entrega dos veículos", aponta.

Há ressalvas para modelos específicos, como o Corsa, o Prisma e a S10, cuja espera varia de 30 a 45 dias, conforme Stefanelli. Para não atrasar ainda mais as encomendas, a montadora suspendeu as férias coletivas no final do ano.

O discurso oficial, contudo, não bate com a realidade. A estudante Adriana Esposito de Souza só conseguiu seu Corsa 1.4 após gritar na concessionária --e esperar 85 dias. "Ameacei até chamar a polícia."

O médico Flavio Eduardo Prisco diz que, se soubesse que seu Fiat Punto iria demorar 75 dias para chegar, não o teria comprado. Ele optou pela cor laranja e por airbags laterais e do tipo cortina. "Entendo que esses acessórios não sejam comuns, mas me deram uma estimativa de 30 dias."

A Fiat justifica a falta de modelos para a pronta entrega devido à grande demanda. Segundo a montadora, "alguns modelos realmente não são encontrados para pronta entrega nas lojas de São Paulo".

Mas há casos ainda mais desesperadores. O administrador Valdir Santos quer comprar um Volkswagen Golf, mas não consegue. Como ninguém sabe informar quando o carro chegará, ele prorrogou a compra para 2008. "Até lá, as coisas devem estar mais tranqüilas."

A projeção da montadora converge com a de Santos. "A expectativa é de redução da fila de espera. Não haverá férias coletivas para a produção neste ano", afirma a Volkswagen.

A Honda _que passou 2007 sem ter nem Civic nem Fit nas lojas --não deixará de dar férias coletivas, o que fará a fila de espera aumentar ainda mais após o Natal.

"Desde o começo do ano, estamos investindo em produção, mas o mercado continua a procurar nossos produtos", diz Alberto Pescumo, gerente-geral comercial da Honda, que prevê uma espera de 40 dias.

A Ford, em cuja rede não há seus principais produtos, o Fiesta e o EcoSport, disse à Folha que não se pronunciaria porque "o problema é pontual de algumas concessionárias".

As revendas da Peugeot apontam que a falta do 206 só ocorre na versão Sensation 1.4. Por ser vendido só pela internet, cada carro é configurado de uma maneira diferente.

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