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20/01/2008 - 13h14

Sem deixar gasolina, montadoras investem em carros a álcool

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
enviado especial a Detroit

O rio que separa Detroit (EUA) de Windsor (Canadá) não congelou neste inverno, mas esse não foi o único efeito do aquecimento global.

As montadoras investem cada vez mais em combustíveis alternativos --em especial no álcool--, sem abandonar as beberronas picapes, ainda líderes e tão desejadas nos EUA.

Há 31 anos, a F-150 é o veículo mais vendido --vende mais do que carro de passeio--, está disponível em 35 versões e se gaba de ter a maior capacidade de tração. Os motores acompanham o que a F-150 sempre entregou --três V8 (oito cilindros em "V"), sendo apenas um para rodar com E85 (85% de álcool e 15% de gasolina).

Mesmo com um mercado de picapes decadente, a Dodge também tratou de fazer o que seu cliente queria. Após muitas clínicas, redesenhou a Ram, que ganhou uma frente inclinada para parecer mais agressiva.

O capô de alumínio esconde motores que vão de 215 cv (cavalos) a 380 cv --este faz o quase caminhão chegar a 100 km/h em 7s. Mas será preciso esperar até 2009 para vê-lo no Brasil.

Marcos de Oliveira, presidente da Ford Brasil e Mercosul, observa que o atual momento é de inflexão no mercado americano. O Salão de Detroit -que vai até o dia 27--expõe o que o cliente quer e o que as fábricas precisam oferecer.

Nesse raciocínio, o Hx chega como o menor dos Hummer. Voltado para quem acabou de sair da faculdade, tem 2,01 m de largura e motor V6 E85.

Por outro lado, Bob Lutz, vice-presidente mundial de desenvolvimento da GM, enxerga "muito espaço para as séries limitadas". Por isso ele apresentou o Cadillac CTS-V, que, com 550 cv, Lutz definiu como o sedã mais rápido do mundo.

Hipocrisia

Quem também não abre mão de potência, claro, é a Ferrari. O curioso é que até ela, em Detroit, "esverdeou" e trouxe um F430 Spider com motor flexível. O objetivo é cortar a emissão de CO2 de seus carros em 40% até 2012. Tudo isso, porém, é só um conceito.

De qualquer forma, ela diz que não quer abrir mão da exclusividade, assim como a Maserati. As cem unidades da versão Collezione Cento do Quattroporte trazem tecnologia de iPod e companhia, e o acabamento é dos mais refinados.

O preço dos combustíveis e a crise no mercado de crédito não afetarão os ricos. "Eles continuam gastando. Criamos um mundo a que eles querem pertencer", analisa o presidente da Maserati, James Selwa.

A Califórnia tem um rígido controle antipoluição e é onde mais se compra Ferrari nos EUA. Essa "hipocrisia ecológica" faz crer que, de novo, o que se vê no Cobo Center continuará na cabeça dos engenheiros.

O jornalista viajou a convite da Anfavea


     

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