Folha Classificados
Veículos

ANÚNCIO COM FOTO

Digite o código do anúncio correspondente conforme modelo impresso no jornal
Código
 

Minha seleção

Anuncie

Imóveis

Empregos

Veículos

Negócios

Revista S.Paulo

Campinas/Vale

Ribeirão

Fale com a gente

Ajuda

Se preferir, ligue
(11) 3224-4000

23/03/2008 - 10h21

Contran legaliza suspensão alterada

FABIANO SEVERO
da Folha de S.Paulo

Carros com suspensões elevadas ou rebaixadas há muito tempo circulam pelas ruas, mas --sem vistoria anual-- de forma ilegal. Por pouco tempo.

No dia 1º de maio, estarão vigentes os efeitos da resolução 262 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), publicada há exatos três meses.

Nela, ficam permitidas modificações na suspensão após inspeção de um órgão cadastrado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), que emitirá o CSV (Certificado de Segurança Veicular). A nova altura deve estar discriminada no documento do carro.

Só que o tiro pode sair pela culatra. A resolução, que parece beneficiar os fãs de carros rebaixados e os lojistas, é falha.

"Se a vistoria for simplesmente relativa à altura do carro, e não ao modo como isso é feito, acabará sendo uma liberação para práticas como cortar as molas [da suspensão], o que expõe o carro e seus ocupantes a um nível de insegurança alto", afirma Cassiano Colla, diretor comercial da CNC Premium.

Para Alberto Trivellato, proprietário da Suspentécnica, "o texto da resolução 262 é muito vago". "Está todo mundo em dúvida porque não há regulamentação específica. Ninguém sabe quais carros podem ser rebaixados e quais critérios devem ser usados para isso", diz Trivellato, que faz cerca de 200 serviços por mês.

"Isso abre precedente para que as pessoas façam muitas coisas erradas e digam que estão dentro da lei", acredita o dono da Suspentécnica.

Ele diz sempre ter frisado para os clientes que, até dezembro, conforme estabelecia a revogada resolução 201/06 do Contran, qualquer modificação na suspensão era ilegal e que, se acontecesse um acidente, era preciso arcar com os prejuízos.

A resolução 262 também é pouco clara quando trata da forma de ponderar a nova altura do carro, que deve ser "medida verticalmente do solo ao ponto do farol baixo (original) do veículo", diz o parágrafo único do artigo 6º da resolução.

O Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que o texto da resolução não será modificado e cada posto de vistoria terá orientação específica para avaliar os carros modificados.

Negócios

"Clientes que colocam rodas enormes e modificam a suspensão não ligam para o que diz a lei", afirma Márcio Galdin, gerente da Flash Wheels.

Para ele, mesmo assim, a legalização da suspensão rebaixada deve melhorar os negócios. "Muitos clientes não rebaixavam ou elevavam o carro porque era ilegal."

Não é o caso do industrial Sérgio Souss, 32. Ele está na segunda picape elevada e sempre obedeceu à lei. "A minha Dodge Ram é classificada como caminhão. Por isso pode receber modificações na suspensão e ainda ter o laudo do Inmetro."

Souss gastou R$ 5.100 para equipar sua picape com molas e amortecedores mais altos e importados dos EUA.

Já um empresário de 56 anos que prefere não ser identificado terá de regularizar seu Volkswagen Golf VR6 2004.

"O termo rebaixado é pejorativo. Não se trata só de 'tuning' mas também de ter um carro mais seguro e firme nas curvas. Na Europa, as montadoras vendem carros, como o Golf, mais baixos que no Brasil", pondera ele. "Quem faz a coisa bem feita não teme certificações."


     

CURSOS ON-LINE

Aprenda Inglês

Aprenda Alemão


Copyright Folha de S. Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).