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08/06/2008 - 09h59

"Scooters" ampliam opções no Brasil e conquistam engravatados

FABIANO SEVERO
da Folha de S.Paulo

A motoca, como é chamada por Simone Mozzilli, 30, é tudo na sua vida. Nem 16 persianas, um armário e dois tombos fizeram a publicitária trocar seu "scooter" Aprilia "cinqüentinha" por um carro novo.

"Hoje até poderia comprar um, mas acho que nunca vou ter carro. Não consigo ficar parada no trânsito", conta Mozzilli, que trocou, em janeiro, seu Aprilia 50 cc por um Piaggio Beverly 250 cc.

Os dois são italianos e já ajudaram Mozzilli a chegar a uma decisão de jogo do Corinthians. "Éramos quatro meninas e duas motocas. De carro, não chegaríamos a tempo ao jogo."

O Aprilia, porém, tinha a roda muito pequena e, segundo ela, não foi capaz de vencer um buraco enorme. Tombou. Seu motor também não era mais o mesmo. Pudera: ela conta que já levou, na motoca, um armário e 16 persianas --separadamente- com a ajuda da irmã.

E Mozzilli não é a única. Ela diz ter mais seis amigas que também vão a todos os cantos com seus "scooters". "Uma delas roda de terninho, salto alto bem fino e bolsa a tiracolo."

No grupo, há "scooters" da Peugeot, da Vespa e, claro, da Suzuki, como os três Burgman 125. "Com o 125, duplicamos as vendas de "scooter" em 2008", afirma Juliano Barro, gerente comercial da J. Toledo, representante da Suzuki no Brasil.

Líder, o Honda Biz 125 foi mais modesto. Suas vendas subiram 9% nos primeiros quatro meses de 2008 -de 70.496 para 76.637, segundo a Abraciclo (associação dos fabricantes de motocicletas). O Neo 115, da Yamaha, subiu de 5.188 unidades no primeiro quadrimestre de 2007 para 5.547 (mais 7%).

Moda européia

Segundo Barro, o "scooter", em geral, é mais elitizado que as motos convencionais de 125 cc, além de serem comprados por pessoas que já viajaram para a Europa. Lá as vendas de "scooters" superam as de motos.

Também são mais fáceis de guiar. São leves e, exceto o Honda Biz 125, todos são equipados com transmissão automática. "Por isso as mulheres compram cerca de 35% de Burgman 125", calcula o gerente comercial da Suzuki.

A marca tem "scooters" que vão de R$ 5.758 (125) a R$ 52 mil, como o Burgman 650 Executive. "O 125 é mais usado no dia-a-dia, e o 650, em viagens."

É o que acontece com o contador Dalton Campanhola, 47. Ele conta que já teve motos grandes, como a Kawasaki 1000, mas hoje leva em consideração a praticidade, o conforto e a economia do "scooter".

"Ele não chega a ser um esportivo, mas, em compensação, não esquenta a perna nem deixa a roupa com cheiro de gasolina", aponta Campanhola.

Por isso está cada vez mais comum ver executivos de terno e gravata rodando a bordo de um "scooter", especialmente em bairros sofisticados, como os Jardins e o Itaim Bibi (ambos na zona oeste da capital).

Daí a opção de a PVGA, representante da Piaggio no Brasil, importar o MP3. Ele custa R$ 39 mil e tem o apelo de ser o único com três rodas --duas na dianteira e uma traseira.

Segundo José Celito de Souza, sócio-gerente da PVGA, desde março, foram vendidos 60 MP3, mas o mercado de "scooters" no país está apenas começando. "Na Europa, o "scooter" é, acima de tudo, "fashion". Vespa está sempre na moda."

Aqui também, só que o mais barato, o LX 150, custa R$ 13 mil, ou a metade de um Fiat Mille. Souza revela que trará, no segundo semestre, o Piaggio Fly por cerca de R$ 8.000 -ele tem o porte do Sundown Future 125, de R$ 6.000. Aí talvez o grupo consiga fazer a marca ser tão "cool" como na Itália.

O "scooter" foi cedido para avaliação pelo PVGA


     

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