Segurança do XC60 busca emoção jovial

Os atrativos de uma cidade movimentada como Valencia, na costa espanhola do Mediterrâneo, podem tirar a atenção do trânsito, provocando acidentes. Mas as batidas podem ser evitadas com o uso de uma nova tecnologia da Volvo.

Reconhecida como empresa que prioriza o quesito segurança, a marca sueca lança como item de série do "crossover" XC60 o sistema City Safety, um forte aliado para combater vilões como estresse e cansaço. É uma tecnologia que evita batidas a baixas velocidades (até 30 km/h), ao frear automaticamente. O sistema funciona com sensores a laser, instalados no pára-brisa do veículo.

Somado a opcionais como o indicador de ponto cego ou o sistema que mantém distância do carro da frente, o City Safety faz do XC60, para a Volvo, seu veículo mais seguro até hoje.

Mas, se um pedestre, por exemplo, cruza repentinamente a dianteira do carro, é possível que o sistema não funcione, segundo o engenheiro Mattias Bengtsson. "O City Safety funciona com objetos que refletem, como automóveis. Agora estamos focados na criação de um sistema de segurança voltado para pedestres", justifica.

Razão e emoção

O jipinho tem a aparência de um utilitário esportivo --as lanternas verticais são como as do XC90-- e a dirigibilidade de um sedã. É estável numa sucessão de curvas ou em altas velocidades (com motor de 289 cv, atinge 210 km/h), e a altura livre de 23 cm proporciona conforto para quem se aventura por estradas esburacadas.

O veículo, que estará à venda no Brasil em fevereiro de 2009 por valores estimados entre R$ 160 mil e R$ 200 mil, dependendo dos três níveis de acabamento, tem presença garantida no Salão de São Paulo, que começa no próximo dia 30.

A expectativa de venda em torno de 120 unidades no ano (10% da comercialização total da marca no país) representa uma porcentagem ínfima se comparada com os planos de colocar 50 mil XC60 no mundo --Europa e EUA respondem por 80% do mercado.

O XC60 chega às estradas brasileiras para concorrer com o Land Rover Freelander (a partir de R$ 132 mil) e o BMW X3 (R$ 241 mil). E, para bater os rivais, a empresa sueca diz que o plano foi extrapolar a idéia racional de que ter um Volvo na garagem (ou melhor, rodando na estrada) é uma questão de segurança.

"A Volvo sempre focou nas características mais racionais do carro, como segurança e durabilidade. Para sermos competitivos no futuro, no entanto, precisamos também de aspectos emocionais, o que combina com consumidores mais jovens, que são geralmente mais intuitivos", afirma o designer holandês Fedde Talsma, também envolvido no projeto do C30 (o menor carro da marca).

"Buscamos uma certa juventude no design do carro." Esse ar jovial resultou em, por exemplo, traços mais fortes --ou "musculosos", segundo os executivos.

A repórter viajou a convite da Volvo, que cedeu o carro para avaliação