15/03/2009
-
09h05
Produzido no Brasil, CLC tem preço de importado
FELIPE NÓBREGA
enviado especial da Folha de S.Paulo a Juiz de Fora (MG)
Porção individual é bem diferente de dose econômica. Por isso, na Europa, o Mercedes-Benz CLC cupê custa quase o mesmo que o sedã Classe C.
A montadora diz que, por lá, o modelo de duas portas e traseira encurtada convence solteiros e casais sem filhos por questão de estilo. Nem reclamam do porta-malas de 310 l.
Recém-lançado no Brasil, o carro deve convencer um leque maior de consumidores.
Único automóvel da marca montado no país --até então exclusivo para exportação--, o CLC se beneficia da carga tributária reduzida e chega por R$ 124,9 mil -12% a menos que o sedã 200 Kompressor.
Seu preço também é inferior ao de rivais como o Audi A3 Sportback (R$ 127.431), com motor de 200 cv (cavalos) e câmbio de seis marchas com dupla embreagem.
A favor do Mercedes está o charme das linhas externas. O conjunto frontal e a tampa traseira foram reestilizados no ano passado, e as dimensões também dotam o cupê feito em Juiz de Fora.
Armani
Apesar de combinar mais com os frequentadores do restaurante Fasano do que com os da danceteria Pink Elephant, o CLC com câmbio sequencial de cinco marchas entretém no banco do "piloto", mesmo esquecendo os ajustes elétricos.
Neste caso, a diversão fica por conta dos 184 cv do motor 1.8 com compressor mecânico.
Até pequenos abusos do acelerador são tolerados. A suspensão percebe curvas e enrijece os amortecedores para melhorar a estabilidade. As rodas de aro 17 e a direção direta completam a pitada esportiva do modelo. Seu distintivo estrelado na grade não nega a raça.
Mesmo assim, na ordem de patentes da Mercedes, o cupê só fica acima da minivan B170 (R$ 96 mil). Mas, como a principal batalha é contra o BMW 120i (R$ 134.850), o CLC deve ganhar um pacote de personalização em breve, uma espécie de "tuning" à la Giorgio Armani.