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25/10/2009 - 09h33

Bicicleta elétrica não emite CO2, gás que Ibama considera "balela"

FELIPE NÓBREGA
da Folha de S.Paulo

O prefeito Gilberto Kassab promete construir 75 km de ciclovias ou ciclofaixas em São Paulo. Desses, só 20 km estão em obras, que irão triplicar a malha exclusiva para bicicletas. Berlim, por exemplo, com um quarto da população paulistana, possui 625 km de ciclovias.

"A bicicleta elétrica é uma das soluções da mobilidade sustentável. Mas colocá-la nas vias para disputar espaço com carros e motos é um risco que pode comprometer a popularização desse veículo", opina Caio Salerno, gerente de desenvolvimento da fabricante de bicicletas Sundown.

Hoje as bicicletas respondem por 0,6% dos deslocamentos em São Paulo, mas, no primeiro semestre de 2009, somaram 4,2% das mortes por acidentes de trânsito (29 casos), segundo dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

No entanto, fabricantes acreditam que até 2014 irão comercializar 200 mil magrelas motorizadas por ano no Brasil, país que consome 5,3 milhões de bicicletas comuns por ano.

Apresentadas como tendência para o transporte até 14 km por dia (média de deslocamento nas capitais), as "e-bikes" atingem velocidade de até 40 km/h e consomem R$ 0,01 de energia por quilômetro rodado.

Poluição

Numa cidade como São Paulo, onde R$ 335 milhões são gastos anualmente com internações e tratamentos de pacientes afetados pela poluição, as bicicletas elétricas têm a vantagem de não emitir gases tóxicos, como o CO2 em alta concentração, que contribui para o aquecimento global.

"No caso dos automóveis, a emissão de gás carbônico é proporcional ao consumo de combustível", explica Ricardo Martin, engenheiro da Fiat, que produz o Mille.

Segundo a Anfavea (associação das montadoras), o modelo tem a menor emissão de CO2 (124,8 g/km) entre os carros nacionais com vendas acima de 2.000 unidades por ano.

A legislação brasileira, porém, ignora o gás carbônico -só exige controle de HC (hidrocarboneto), CO (monóxido de carbono) e NOx (óxido de nitrogênio). Na Inglaterra, por exemplo, a emissão de CO2 baliza a tributação do veículo zero-quilômetro. Quanto mais poluidor, mais taxa paga.

Lá, o smart fortwo, homologado por um ciclo diferente do brasileiro, produz 116 g/km de CO2 e paga 10% de imposto. Já o Porsche Cayenne V8 Turbo (358 g/km) é taxado em 35%.

Para Paulo Macedo, coordenador do programa de controle de emissões do Ibama, o gás carbônico é "balela" e não deve ser levado em consideração.

"A maioria dos carros feitos no país podem ser abastecidos com álcool, um combustível renovável. Na sua produção, o CO2 é absorvido na fotossíntese da cana-de-açúcar", justifica.

Em dezembro, o governo promete divulgar a edição 2009 da Nota Verde, classificação de carros novos conforme as emissões de HC, CO e NOx.

Mesmo seguindo os padrões do programa Green Car americano, as montadoras discordam da metodologia do Ministério do Meio Ambiente, que seleciona veículos aleatoriamente na linha de produção para teste, e não os modelos de homologação, que usam motores "amaciados".


     

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