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Blog do João

11/11/2003 - 06h00

Minhas (digo nossas) férias - A viagem

Bem amigos, cá estamos de volta depois de um breve recesso motivado em parte pelo cansaço, parte por merecidas férias em companhia do pequeno João e da incansável Mãe.

Peço desculpas a todos que durante esse período acessaram este diário em busca de mais informações sobre as peripécias do pequeno. Assim, chega de enrolar e vamos lá.

Enfim, férias! Destino: Miami, EUA. Razão: o irmão da Mãe --e também Padrinho do João-- vive por lá e já havia nos convidado para passar uns dias à beira-mar no ensolarado Estado da Flórida. Desafio: viajar oito horas de avião com o menino sem que ninguém sofresse qualquer tipo de dano colateral. Resultado: você vai ter de ler até o fim...

Viajar de avião com uma criança exige cuidados extras já na hora da reserva. Estava tranquilo até descobrir que aqueles bercinhos que a gente se habituou a ver pendurados sob o telão da cabine só podem ser utilizados por bebês com até seis meses. Depois disso, eles devem viajar em poltronas convencionais, como qualquer passageiro. Se não quiser pagar o preço de uma passagem integral para um garoto de um ano e oito meses que em sua imensa sabedoria sequer vai se aproximar das refeições servidas a bordo, a recomendação é que no ato da reserva se peça que o assento entre o pai e a mãe seja bloqueado. Isso não significa que ele está garantido, apenas que ele será o último assento a ser vendido caso o avião lote. O preço da passagem cai para, em média 25% do preço da tarifa cheia, mas a companhia entende que o bebê vai viajar no colo de um dos pais caso todos os assentos sejam vendidos. Como eles são sensíveis...

Felizmente graças às dificuldades em se conseguir um visto americano (o do João saiu fácil por que tanto eu como a Mãe já tínhamos visto válido), o avião não encheu e o João pode ser confortavelmente acomodado na poltrona entre nós. É bom que se diga que ninguém da tripulação moveu um dedo para nos ajudar nessa tarefa, tampouco perguntou se precisávamos de ajuda. Na hora da decolagem, disseram que o bebê deveria ser acomodado sozinho (!) numa poltrona --no vôo de volta, disseram exatamente o contrário, que ele deveria estar no colo durante esse procedimento...

Mas, tirando essa total falta de simpatia e desencontro de informações por parte dos tripulantes da AA, o fato é que bastou o avião ganhar altitude para o João esticar suas perninhas e ferrar no maior sono! O mesmo não posso dizer que aconteceu conosco, que nos revezamos com medo que o menino rolasse cadeira abaixo.

No fim, tanto na ida como na volta, o fato é que ele nem percebeu que estava num avião. Dormiu em ambos os vôos, só acordando na hora de pegar as malas. Excelente, o garoto passou no teste do viajante aéreo com nota dez! Que venham as próximas viagens.

Antes da decolagem, no entanto, é preciso entreter a criança. Seguem algumas dicas:

1) Tenha sempre um bichinho "amigo" ou brinquedinho à mão (fantoches são bons por que não pesam)

2) Livrinhos também ajudam muito. Contar histórias ajuda a relaxar

3) Lápis e papel (ou aquela lousinha magnética) também são indicados na hora de enrolar enquanto o sono não vem

4) Leite ou suco, além de pequenas guloseimas que eles gostem (biscoito, polenguinho, uva passa, sucrilhos, frutas etc.)

Bem, isso foi só a viagem. Depois eu conto como foram as coisas por lá.

Até.
Luiz Rivoiro é jornalista, editor-chefe do Núcleo de Revistas da Folha. Começou a escrever quando descobriu que a Mãe estava grávida, em agosto de 2001.

E-mail: lrivoiro@uol.com.br

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