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Blog do João

18/11/2003 - 06h25

Minhas (digo nossas) férias - parte 2

Uma vez lá, em solo americano, o menino desatou a tossir. Ainda que extremamente bem acomodado no apartamento do tio em Aventura, a tosse pegou e não deu trégua. Além disso, uma certa indisposição para comer também afetou o garoto, fazendo que ele rejeitasse todo e qualquer tipo de alimento. Para completar, o humor do pequeno foi pelos ares. Resultado: primeiros dias um tanto quanto tensos e aquela dúvida que atormenta os pais de primeira viagem nessas horas: "será que não deveríamos ter esperado um pouco mais até tirá-lo de casa para uma aventura como essa?"

Ainda que o estresse tenha se instalado nos primeiros dias, digo com certeza que a resposta para a pergunta acima é não. É claro que no Brasil, saberíamos nos virar com mais destreza, por exemplo, na hora de escolher um xarope (por falar nisso alguém aí já viu a seção de xaropes do Walgreens? Huge!), mas no mais nada do que fizemos lá foi diferente do que teríamos feito aqui. Então, foi só uma fatalidadezinha, nada mais. Tanto que alguns dias depois ele estava ótimo, com todo disposição e sua verve humorística a mil.

De um lado para outro, a rotina nos EUA era simples e divertida:

manhã: parquinho e piscina aquecida (no condomínio, em frente ao apartamento)

tarde: almoço em algum restaurante simpático da região, praia e passeios

noite: jantar em casa ou em algum restaurante também igualmente simpático.

No primeiro final de semana, seguindo o conselho do Pérsio (colega de trabalho do Tio, pai de duas garotas e pioneiro brazuca na terra de Tio Sam) viajamos uns 100 km até um parque tipo Simba Safari, onde foi possível percorrer savanas e florestas em nosso próprio carro e ficar frente a frente com leões, macacos, rinocerontes, zebras, avestruzes, elefantes, girafas, impalas e outros, muitos outros, animais selvagens. Como está numa fase totalmente bichos, o João adorou. Boa dica, valeu Pérsio!

No outro final de semana que estávamos por lá, esticamos a viagem até Orlando, a fim de visitar o Sea World. Logo cedo, nós e uma multidão de americanos típicos tomamos de assalto o parque. Ainda que o índice de congestionamento de carrinhos de bebê fosse alto, foi um passeio bem bacana, devo dizer e pagar minha língua, já que sempre disse que jamais pisaria num lugar desses. Eu disse "jamais"? Bem, isso foi até o João nascer....

O fato é que ele --e nós todos-- adoramos o show dos golfinhos, os tubarões, as arraias, as baleias (nesse o João, exausto, dormiu), os pinguins, os peixes-boi e tudo mais. Foi um dia inteiro de um lado para outro, mas tudo bem, missão cumprida.

No fim, depois de duas semanas de intensa atividade e muita diversão, o garoto estava ótimo a ponto de arriscar frases inteiras em inglês --he, he, brincadeirinha! Em breve quem sabe a gente não vai para Austrália visitar a tia Lulu? É logo ali mesmo....
Luiz Rivoiro é jornalista, editor-chefe do Núcleo de Revistas da Folha. Começou a escrever quando descobriu que a Mãe estava grávida, em agosto de 2001.

E-mail: lrivoiro@uol.com.br

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