Brasília Online
28/09/2006
Colunista da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistiu de ir ao debate desta quinta-feira à noite para "não dar palanque" à oposição, segundo suas próprias palavras em conversas reservadas no final da tarde. Ele avaliou ainda que, sem sua participação, o encontro dos presidenciáveis perderá "calor". Leia-se: importância e audiência.
No meio da tarde de quinta-feira (28/09), auxiliares diziam que sentiram que o presidente hesitara muito durante a reunião da manhã de ontem, diferentemente de sua reação nos outros dias nos quais discutiu a possibilidade de comparecer.
Pesquisas da campanha petista apontaram vantagem de seis pontos percentuais de Lula em relação à soma dos adversários. Esses estrategistas julgavam "segura" uma dianteira entre oito e dez pontos percentuais.
Lula, porém, preferiu não se arriscar no debate. Avaliou que os seis pontos de dianteira poderão lhe garantir a vitória já no primeiro domingo. Jogou na retranca. Um gesto ousado seria comparecer para rebater as acusações e segurar votos que podem migrar para outros postulantes. Apostou nas avaliações de assessores de que o dossiêgate já teria produzido todo o estrago possível e de que até domingo não perderá mais nada.
Em reuniões nos últimos dias, a maioria dos auxiliares de Lula demonstrou-se favorável à ida do presidente ao debate. A decisão final coube ao próprio presidente, que, após almoçar e dormir um pouco na quinta, disse que não compareceria, segundo auxiliares diretos.
Lula falta para "esvaziar" debate
KENNEDY ALENCARColunista da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistiu de ir ao debate desta quinta-feira à noite para "não dar palanque" à oposição, segundo suas próprias palavras em conversas reservadas no final da tarde. Ele avaliou ainda que, sem sua participação, o encontro dos presidenciáveis perderá "calor". Leia-se: importância e audiência.
No meio da tarde de quinta-feira (28/09), auxiliares diziam que sentiram que o presidente hesitara muito durante a reunião da manhã de ontem, diferentemente de sua reação nos outros dias nos quais discutiu a possibilidade de comparecer.
Pesquisas da campanha petista apontaram vantagem de seis pontos percentuais de Lula em relação à soma dos adversários. Esses estrategistas julgavam "segura" uma dianteira entre oito e dez pontos percentuais.
Lula, porém, preferiu não se arriscar no debate. Avaliou que os seis pontos de dianteira poderão lhe garantir a vitória já no primeiro domingo. Jogou na retranca. Um gesto ousado seria comparecer para rebater as acusações e segurar votos que podem migrar para outros postulantes. Apostou nas avaliações de assessores de que o dossiêgate já teria produzido todo o estrago possível e de que até domingo não perderá mais nada.
Em reuniões nos últimos dias, a maioria dos auxiliares de Lula demonstrou-se favorável à ida do presidente ao debate. A decisão final coube ao próprio presidente, que, após almoçar e dormir um pouco na quinta, disse que não compareceria, segundo auxiliares diretos.
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Kennedy Alencar, 42, colunista da Folha Online e repórter especial da Folha em Brasília. Escreve para Pensata às sextas e para a coluna Brasília Online, sobre bastidores do poder, aos domingos. É comentarista do telejornal "RedeTVNews", de segunda a sábado às 21h10, e apresentador do programa de entrevistas "É Notícia", aos domingos à meia-noite. E-mail: kennedy.alencar@grupofolha.com.br |
