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Brasil lado B

18/02/2002

No agreste, moda não é frescura

Grife da região é trocada por muamba paraguaia

Em Santa Cruz do Capibaribe, agreste pernambucano, a 190 km do Recife, moda não é frescura. Terra da sulanca, confecção feita a partir de sobras de tecidos, a cidade tem pobreza, como todo o país, mas o desemprego é quase zero.

Toda casa e fundo de quintal têm uma "maison" cheia de costureiros e costureiras que despacham peças comercializadas em todo o Nordeste.

E não somente na região. O Paraguai também tem sido um grande cliente da grife do agreste. O serviço é o seguinte: os nordestinos levam a sulanca e fazem escambo com as novidades eletrônicas daquelas bandas. Por isso, a feira de Caruaru, louvada por Luiz Gonzaga como o maior mercado a céu aberto do mundo, tem o seu farto segmento "made in Taiwan". Globalização do Quarto Mundo é isso aí.








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