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Brasil lado B

24/12/2001

A Sony e a guerra dos mascastes

O Brasil da clandestinidade nunca foi tão rápido no gatilho como agora, por ocasião do lançamento do disco de Roberto Carlos, o "MTV Acústico". Uma nova guerra dos mascates. Os discos piratas venceram a corrida e chegaram às calçadas e ruas do centro de SP dois dias antes da coletiva do Rei, na primeira quinzena de dezembro.

Foi a primeira vez que a pirataria conseguiu vender a sua mercadoria antes de um disco aportar nas lojas. Golpe suficiente para endoidar os executivos da poderosa Sony. A gravadora realiza uma investigação interna para saber quem, entre os seus funcionários, venderam a matriz do CD aos camelôs.

A multiplicação desordenada do disco do Rei foi tão acelerada que endoidou a economia informal: começou ser vendido no centrão de SP por R$ 10, caiu para R$ 5 -preço médio da pirataria - e virou banana em fim de feira, a até quatro por R$ 10. Nas lojas, para ouvir os "detalhes tão pequenos de nós dois", o pobre cidadão apaixonado precisa morrer com pelo menos R$ 20.

Mais detalhes: os discos da rua já vêm com selo de garantia e o alerta da indústria fonográfica contra a pirataria. E você que não caia na besteira de chamar o produto de "disco pirata", que será alertado pelos mascates: "Pirata não, o CD é alternativo". Ah, bom.

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