Brasileiros ocupam 3º lugar no ranking de hóspedes de hotel gay em Buenos Aires

Nesta sexta-feira (23), a partir das 19h, a Assembléia Legislativa de São Paulo, em frente ao parque Ibirapuera, recebe a 5ª edição do Fórum Internacional de Turismo GLS com o tema "A Construção do Produto Inclusivo".

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Piscina do Axel de Buenos Aires; rede quer cinco novos hotéis nos próximos cinco anos

O evento, além de um debate entre especialistas no mercado brasileiro, contará também com a apresentação de projetos internacionais bem-sucedidos como a Parada Gay de Vancouver, organizada por Ken Coolet, e a rede de hotéis gays Axel, com sede em Barcelona e filial em Buenos Aires.

Antes da apresentação, Santi Ruíz, gerente geral do Axel de Buenos Aires, conversou com a Folha Online sobre o potencial do turismo gay no Brasil, o perfil dos freqüentadores do hotel e planos para o futuro da cadeia.

Entre outras coisas, Ruíz afirmou que os brasileiros são o terceiro maior público mundial da filial argentina, que consumiu 5 milhões de euros em sua concepção.

O gerente afirmou também que a rede pretende criar cinco novos hotéis nos próximos cinco anos, começando por Berlim, que receberá seu Axel entre março e abril de 2009.

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Folha Online- Existe algum projeto para trazer a rede Axel para o Brasil?

Santi Ruíz- Nosso único projeto concreto é o da filial de Berlim, na Alemanha, que deve receber o Axel entre março e abril do ano que vem. Mas, com certeza, nós não descartamos o Brasil por seu imenso potencial dentro do turismo gay mundial. Temos um plano de abrir cinco novos hotéis nos próximos cinco anos. Ainda não temos as cidades definidas, porém, é certo que São Paulo e Rio de Janeiro estão entre as mais fortes candidatas da lista.

Folha Online- Por que a rede escolheu o bairro de San Telmo [onde imóveis são mais baratos do que em bairros como Recoleta e Palermo] e não outro de maior identificação com o público gay para a construção do Axel Buenos Aires?

Ruíz- Esta é uma discussão que está em voga atualmente em Buenos Aires, porque existem outros bairros que são considerados mais modernos, gays ou movimentados que San Telmo na cidade, como Palermo, por exemplo. Porém, preferimos San Telmo por ser um bairro tradicional, histórico e que passou por diversas mudanças nos últimos anos, quando começaram as reformas nas fachadas e as mudanças de muitos artistas para a região. Além disso, o bairro, cheio de referências culturais relevantes, está ao lado do centro e de Puerto Madero, duas áreas muito importantes da cidade. Nosso projeto é de longo prazo. Palermo pode estar na moda agora, mas San Telmo é San Telmo e sempre será.

Folha Online- Qual é o perfil do público que se hospeda no hotel?

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Quarto do hotel Axel, em Buenos Aires, cujo maior público são os casais gays masculinos

Ruíz- O Axel de Buenos Aires abriu em outubro de 2007, há sete meses, e agora podemos definir melhor o público que freqüenta o hotel. A característica principal de nossos visitantes é que todos buscam algo mais no hotel além da hospedagem. É por isso que sempre tentamos criar um ambiente, um espaço vivo, com restaurante, bares, cheio de eventos, atividades e interação entre os hóspedes e os locais. Nosso principal público são casais de homens gays, seguido por homens solteiros gays. Depois, vêm os casais de lésbicas e, por fim, heterossexuais, que também se hospedam conosco. Já no que se refere à nacionalidade, nossos principais públicos são os norte-americanos e os europeus. A seguir, estão os visitantes do Brasil, nosso maior mercado dentro da América Latina, e os chilenos que têm uma grande importância também, mas nada comparada com o Brasil.

Folha Online- A Axel pensa em criar uma nova linha de hotéis mais econômicos, como muitas redes de hotelaria vem fazendo no mundo, e assim atrair outro público?

Ruíz- Atualmente, nossa cadeia tem este perfil de estar em grande cidades, principalmente em regiões cêntricas e que possuam uma forte característica "gay friendly", e atendendo a um público de classe média e alta. Hoje nosso foco é neste segmento dentro do turismo gay, mas isto não impede que possam surgir novos produtos com o selo Axel. Não descarto a idéia de ramificar a rede e ter novas linhas mais econômicas e populares.

Folha Online- Como será a apresentação da rede Axel no fórum desta noite?

Ruíz- Durante a palestra, vamos falar sobre como nasceu a rede, o que nós oferecemos, como chegamos a nossas filiais, os estudos de campo para novos hotéis, como o de Berlim, e a chave do nosso sucesso com o público gay. Estamos muito contentes por participar de uma iniciativa como o fórum e queremos apoiar o evento nos próximos anos. Isso nos ajuda muito também. Temos recebido grande ajuda do Brasil, seja com divulgação em revistas ou parceiros em agências de viagens que nos indicam. Não por acaso, temos um carinho muito grande pelos brasileiros.

Axel Hotel
Onde: r. Venezuela, 649, San Telmo
Quanto: diária entre US$ 173 a US$ 385, dependendo do período do ano
Site: www.axelhotels.com

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Videocast

Participantes da festa de lançamento da quinta edição da revista "Junior", no clube Glória, em São Paulo, falam sobre agressões motivadas pelo preconceito sexual. Eles também explicam por que vão à Parada Gay, citando, por exemplo, a importância do tom político da manifestação.

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	Divulgação
	Ben Cohen desbancou Beckham como atleta mais desejado por gays, segundo pesquisa da revista "Gay Times"