Colunas

Diário, Depressão e Fama

03/10/2005

Mais um pouco de Festival Cultura

Mesmo antes da vaia no fim do Festival Cultura, seu organizador Solano Ribeiro, o rei dos festivais, tinha certeza de que o júri tinha estragado tudo com a vitória de "Contabilidade". Eu tinha lá e tenho cá minhas dúvidas. Afinal, vaia e polêmica, ao lado da qualidade das canções, foram a marca dos famosos festivais da Record, que Solano também dirigiu. O que me parecia atrapalhar o da Cultura era o horário: quarta à noite, dia de futebol.

Tanto Solano como eu estávamos enganados, pois o Festival ganhou a mídia tradicional, comunidades no Orkut e blogs. E a TV Cultura apresenta agora os video-clipes (ótimos) com as doze finalistas. Até esta coluna entrou na dança depois que escrevi o artigo relacionando o resultado final à morte de Koellreutter e à vanguarda que ele trouxe ao Brasil: recebi uma enxurrada de emails e perdi uma leitora fiel. Porém, se o DNA do júri não fosse de vanguarda, como escrevi, mas composto por Paulinho da Viola, Chico Buarque, Tinhorão, Paulo Vanzolini, por exemplo, "Contabilidade" talvez não tivesse passado das eliminatórias, algum gênero brasileiro teria vencido e o festival não teria tido seu final polêmico. Desculpem o tamanho da coluna de hoje: para registrar esse momento tanto histórico quanto improvável (quem acreditaria que o "programa de TV festival de música popular" ainda rendesse?) editei aqui várias das reações ao artigo. A primeira é do próprio Solano.

"Hermelino, não precisava ter me poupado ao não revelar que a frase "um vômito intelectualóide" foi pronunciada por mim. Minha resposta ao "respeite este júri" do Pedro Alexandre foi "e que este júri me respeite". Você não deve ter ouvido. Me causa estranheza que a palavra "programa" venha com uma carga de preconceito como se fosse coisa menor. O programa e em particular o de um festival de música popular tem de ser formatado como um painel onde cada tendência, quando possível, deve estar presente. A final, para que sua abrangência a transforme em algo importante, deve mostrar as várias correntes de tantas quantas estejam representadas. Vanguardistas ou não. O programa é mais importante do que as músicas que o compõe. Através dele elas existirão ou não, e seu sucesso vai depender do acerto nas escolhas. O júri, que por razões as mais singulares, prevaleceu como de vanguarda na final, não agiu como tal nas eliminatórias ao ignorar trabalhos modernos, interessantes e transformou o Festival num desfilar do velho. Posições refletidas nos resultados, que eu achava conservadoras, hoje considero reacionárias pela ação inconsciente ou premeditada de um pequeno núcleo do qual você não fazia parte. Tudo o que trazia qualquer resquício de ironia ou recado contestador era descartado. Nenhuma guitarra distorcida soou na final. Imperdoável para alguém atento e com a possibilidade de influir no que pode acontecer de novo na música do Brasil. A mim tanto fazia qual fosse a vencedora. O Festival Cultura precisava decolar, o que teria acontecido se a reação do público tivesse sido considerada desde as eliminatórias. Começar uma carreira com aquela vaia não é estigma que a jovem dupla merecia. Se classificada em segundo ou terceiro seria avaliada sem rejeições ou com poucas restrições. E por mais que possa parecer estranho, seria ouvida com mais cuidado pela mesma platéia que a repeliu. Olho o júri como um todo e considero que errei por não ter feito pesquisa mais profunda das tendências individuais. Cada jurado fazia parte do evento. Quem não se importava com o futuro do Festival como programa de TV não deveria estar lá. Não existiu a mais tênue visão de comunicação como um todo. Nem a vontade de considera-la. Ao contrário. Fizeram foco nos galhos da árvore e não enxergaram a floresta. O que levou sete meses para ser preparado ficou a depender dos conceitos de poucos egos. Sobrou a busca por preciosismos musicais, harmonias, acordes tortos, dissonantes e frases bem construídas. Mas, antes de tudo, faltou jovialidade e humor nas decisões. Humor, sem o qual o velho K teria achado esta terra insuportável." (Solano Ribeiro)

"Hermelino, sensacional, fiquei emocionado (inclusive pelo adjetivo "pacífico", que acho que eu nunca tinha recebido!, haha...)! Mesmo, de verdade. Também planejei escrever sobre o quiproqüó no meu blog, mas ainda não levei a cabo (tenho até uma entrevista pronta com o Solano!, mas não deu tempo de preparar ainda). Mas, como rola um debate espontâneo e incontrolável no modelo blog, o assunto também rendeu fogueiras e incêndios por lá, dê uma olhadinha se puder, participe se quiser (www.pedroalexandresanches.blogspot.com/). O debate tá todo na janelinha correspondente ao tópico "Cassado?" (afinal, não foi só Mr. K que sobrevoou a nossa pequena -- e feliz? -- historinha: "Contabilidade" subiu no dia em que Roberto Jefferson caiu...). Reitero que adorei conhecer um pouco mais da tal "vanguarda paulistana", em especial a parte encarnada na figura de Hermelino Neder." (Pedro Alexandre Sanches, cujas iniciais dão PAS, paz)

Pô, Hermelino, então o vencedor é filho do Wandi?! (Wagner Mangueira, escritor).

"O júri errou. Duvido até que "júri" faça sentido nos dias de hoje. A vencedora pode até ser uma boa música, mas tem uma letra completamente datada e desinteressante (aí discordo do seu texto... a letra não é esquisita, é ruim e óbvia)! no conjunto, portanto, é uma canção popular menor! E em festival só participa música com letra! a letra é fundamental na canção popular! "Contabilidade" venceu e vai ser esquecida pelas pessoas como outras canções que venceram outros festivais (ex: "Como um ladrão" do Carlinhos Vergueiro). E eu, que não sou músico, mas me deleito com nossos compositores populares há muitos anos, até acredito quando diz que a melodia pode ser inovadora, compasso 5/4, diabo a quatro, mas também não tem faísca (como dizia o Eça de Queiroz, arte tem que ter faísca!). Certo está o grande Tom Zé: "só faço essas músicas complicadas, porque não sei fazer música bonita!". O que aconteceu? porque a linda canção do Viáfora não ficou nem entre as primeiras? boa música... (fica na cabeça da gente sem grudar daquele jeito insistente de "Achou") e tem uma linda letra! descreve exatamente o momento da desesperança ... o júri pensa de modo tão imediato que não percebe o talento? Mas foi um lindo festival. E seu texto também é especial." (Mario Rui Feliciani)

"Gostei muito desta coluna, que vem cheia de conhecimento e mais ainda de emoção. Admirável e comovente. Uma homenagem perfeita ao mestre e, por tabela, aos leitores. Fiquei contente em ver você na Cultura -- um gato! Não gostaria de estar na posição de vocês, porque achei o nível dos concorrentes muito alto. Deve ter sido difícil escolher. Penso que nada entendo de música, porque as que "escolhi" não ganharam -- "Choro Alegre" e "Classe Média". Adorei, não só as canções, como a interpretação de ambas. Queria entender por que foi escolhida aquela "Cassorotiba", que temos a impressão de já ter ouvido, com outras letras, pela vida afora..." (Sônia Bruna, a poeta)

"Muito bom poder ler tal ponto de vista sobre o festival. Acho que tanto como participante (eu estava entre os 5198) como público, fica a alegria de ver a festa, verdadeiro significado de onde vem festival, para tanta música importante num Brasil tão carente de boas sonoridades. Nesse instante existem centenas de pessoas numa comunidade Orkut, se esfaqueando pelo resultado, pedindo a cabeça do Wandi, falando em corrupção com dinheiro público, nepotismo e outras mazelas, que estão longe de uma leitura sobre o que realmente foi música e espetáculo. De fato, é direito achar ruim esta ou aquela não ter ganho, mas o exercício de apurar tudo e criar fantasmas sobre um espetáculo, sobre uma oportunidade há tantos anos calada e silenciada, mostra que as pessoas estão sim cada vez mais contidas em seus saberes e nada dispostas a aceitar o jogo do novo. É isso ai, espero que venha um novo festival!" (Renato Claudino, arquiteto)

"Parece mentira, meu caro Hermelino Neder. Depois de 20 anos a inteligência paulista regada à PUC quer ainda impor ao Brasil uma vanguarda que não se sustenta em pé nem na Vila Madalena. Realmente, se estivéssemos nos anos 70, faria algum sentido dar a "Contabilidade" o prêmio de melhor música. Pelo estranhamento. Pelo compasso inusitado. Será que o júri ainda não entendeu que a tal vã-guarda paulista já deu o que tinha de dar, e fazendo as contas não foi muito. As pesquisas do Rumo desaguaram num beco sem saída que os periféricos do Hip-hop resolveram muito melhor sem queimar a mufa com Adorno, estruturalistas, descontrustivistas e outras balelas que passam longe de Música Popular ou de Música de Massa, como quer a "Tia" Caetano. E o que dizer de Arrigo que está encenando eternamente sua "Clara", mas seus atonalismos tem eficácia estética reduzidíssima. Esse biscoito fino a massa nunca haverá de comer. Guinga talvez tenha resolvido melhor essa equação no âmbito da canção popular, utilizando a escala de tons inteiros e algumas pontas dodecafonicas, na medida certa e o principal: intuitivamente. O que dizer dessa caricatura de música que não bebe no ritmo recorrente, ancestral, como o fazem Lenine, Chico César, Zeca Baleiro, apenas para citar alguns dos expoentes de uma nova linguagem na música, que opera com o cérebro (alguns até teorizando como os vanguardeiros) mas fala mesmo é com o corpo. É hora de acordar para o Brasil e o mundo real, que quer dançar com o universo, quer o funk, quer o suingue, quer o calipso na feira do Pará, o reaggae de São Luís. Até Wisnik deixou isso claro no seu livro o som e o sentido: as pontas se encontram. O atonalismo deságua no mântrico, o dodecafonismo é a enxaqueca da música ocidental tentando parir uma Atená pela cabeça esquecido que na coxa carrega dionísio (o germe da mu-dança). Valeu, Hermelino, mas o júri se acha pós-moderno e é mais saudosista que o Tinhorão. Depois de Reich, Gestalt, Biosfera, Decifração do Código Genético, Inteligência Emocional, como ficar pensando só com a cabeça?" (Eduardo Kruffer, neto de baiana, neto de paulistas, carioca).

"Só hoje, via site Gafieiras, li seu artigo sobre a decisão final do júri no festival. Fã de Tatit desde a época do Rumo, acompanho tudo o que ele faz, e gosto muito. Não acompanhei o festival, só vi o compacto na cultura, as duas músicas, lado a lado. Gostei bastante da canção cantada por Ceumar, mas confesso que ao ouvir "Contabilidade", fiquei meio imobilizado. Algo de muito fino ali. Mas ela só podia ter levado vaia mesmo. O público parecia querer sair cantarolando com Ceumar/Tatit/Dante vencedores. Não, ganhou o refinamento. Realmente, que colhões teve o júri pra enfrentar a horda. Uau! Lembro do discurso de alguns quarentões que às vezes encontro, que decretam que Chico Buarque, por exemplo, já era. Eles pareciam curtir quando a melodia do artista os pegava pela víscera, e quando o engajamento político era explícito. Não conseguem perceber, porém, a pobreza musical e harmônica das canções daquela época comparadas às do Chico mais recente, por exemplo, de "As cidades". Dá muito mais trabalho ouvir e apreciar o Chico recente. Não, a massa quer algo rápido, palatável, pra sair cantando e dançando. E o júri aí lhes mostrou, corajosamente, que a coisa não é bem assim. É preciso refinar o senso estético, educar o ouvido. Leva tempo, mas é necessário. Enfim, parabéns, senti orgulho do júri." (Luis G. Fragoso)

"Recebi o seu belo texto de uma ex-colega do colégio Fernão Dias. Pude então compreender melhor o critério adotado pelo júri e, sobretudo, apreciar o seu estilo elegante de escrita. O entusiasmo com o texto me fez enviá-lo imediatamente ao Dante. Mas um dia ainda conversamos melhor sobre isso. Grande abraço." (Luiz Tatit, um dos compositores de "Achou". Dante Ozzetti, que ele cita, é o outro compositor)

"A TV Cultura, no meu conceito, era uma das poucas emissoras considerada de maior credibilidade no País. O que foi visto ontem no Festival Cultura, a escolha da melhor letra, arranjo e música, mostra que mesmo na TV educativa, temos reflexo do que acontece neste País. Quem diria, a cultura na "Contabilidade" fraudando os talentos e os produtos da nova música do Brasil! Sugiro um novo slogan para o Festival Cultura: "Festival Cultura, a mais nova fraude no país." (Rosely Rezende)

"Ficamos realmente muito felizes com o seu texto na Folha Online. Muito bonito, ficamos honrados e realmente muito agradecidos pelo seu apoio e sensibilidade. Está sendo um pouco duro para a gente a receptividade de uma parte do público, mas estamos tranqüilos e muito felizes com o resultado do festival da Cultura. Foi uma grande honra, independentemente do resultado, fazer parte desse festival." (Danilo Morais, um dos compositores e cantores de "Contabilidade")

"Fica difícil começar esse email, que é só pra agradecer, do fundo do fundo, pelo seu artigo, que é simplesmente brilhante." (Ricardo Teperman, o outro compositor e cantor de "Contabilidade")

"Gostei muito do seu artigo sobre Koellreutter e o festival. Fiquei imaginando o clima durante a decisão do júri. Eu, provavelmente, votaria num empate de "Contabilidade" e "Achou", mas mesmo assim achei a decisão corajosa. Foi divertidíssimo ver Gilberto Gil ser impedido de falar pelas vaias e a Cuca-barata-tonta sem saber o que fazer. Só lamento não ter visto o Solano dando "pitís" de produtor-que-sabe-do-que-o-povo-gosta." (Anônimo)

"Obrigado pelo artigo: honesto e sensível. Honestamente também, acho que vocês se equivocaram mesmo, ansiosos para ouvir algo de inédito. Não tinha e para quê? Com tanta riqueza na nossa diversidade musical, inclusive ali representada, não precisa ser só essa a preocupação para se identificar um grande trabalho. Vocês escolheram a mais nova sim, mas a pior das doze -- ingenuamente pretensiosa. Credo! Coitados do compositores de "Achou", receberam uma condenação injusta, não pelo segundo lugar, mas por perder para "Contabilidade"." (Luiz)

"Permita-me entrar em suas reflexões. Em primeiro lugar: a vanguarda aconteceu e passou, igual a onda do forró e do sertanejo. Infelizmente alguns querem cravá-la na história, como referência estética. Não cola, o formato é impopular demais. Sob o ponto de vista técnico da escolha, só posso dizer por mim: achei que o letrista se perdeu nos versos. Começa bem, mas na segunda estrofe mete "acionistas espocando a silibina especulando tanto que arde a alta do preço do preservativo de baixa qualidade", e outro, "varões exibem vis calculadoras" que são de um mau gosto sem precedentes na música brasileira. Quanto ao compasso 5/4, que ficou transparente para 99% da platéia e 70% do júri apenas depois que a Magda comentou (a menos que você ache que Carlos Calado e PAS manjem alguma coisa de compasso), acho uma batida sem cadência que gera finais de frase mal encaixados, não dançável, que causa estranheza ao corpo. Num tema instrumental, deve ter seu valor, mas aí reside outro demérito da canção: eram apenas duas frases melódicas se intercalando. A interpretação dos meninos, desculpe, mas não se seguram como profissionais. Fica legal de ver na França cantando cover, mas bicho, ali só tinha gente altamente escolada e por isso eles não despertaram a simpatia da platéia, carisma é uma questão séria. Apresentação amorfa não segura uma platéia. Qual foi a intenção do júri mutante eu não sei, gostaria muito de ver as notas da Joyce. "Contabilidade" tem algum valor? Sim, lógico que tem, dá pra incluir num CD, tocar num show, mas ganhar um festival, jamais. A menos que tenham preparado aquela velharia justamente pra dar o prêmio a jovens inspirados na vanguarda paulistana. Como música nova é interessante, mas o festival foi todo construído com música velha, um festival "Cassorotiba". É justo eleger a ilha? O júri peitou uma platéia sábia que tinha sua escolha bem construída no swingue brasileiro, na interpretação primorosa, na poesia bem amarrada. A vaia foi pra escolha, não foi pros meninos. Os caras devem ser uns tremendos gente fina, o Danilo é um melodista inspirado como pude perceber em seu site, mas ali não se seguraram. Tudo isso associado a um regulamento deficiente, cheio de amarras e compositores participantes que iam se desclassificando e ecoando pelos corredores que só tinham participado a convite do Solano. Não se pode mesmo condenar eles ao limbo por serem filho e sobrinho de quem são, seria covardia. Mas é indecente dar à platéia esse tratamento de massa burra, dizer um "foda-se" ao gosto dos outros, igualzinho o congresso faz com a gente, quando faz uso do mesmo dinheiro que bancou o festival. Mas enfim, para os que já não tem espaço, sendo filho ou amigo do amigo ou não, festival a mais, festival a menos ... não há nada que faça diferença. Aí sim, Koellreuter morreu." (Sonekka, compositor em treinamento)

"Gostei muito da sua matéria, parabéns." (Fabio Tagliaferri, um dos músicos da banda do festival)

"Que linda coluna sobre tudo, sobre música, professores, gente, critérios, músicos, festivais, Rio, São Paulo. Adorei. Acho que todo mundo vai adorar. A Folha Ilustrada ou o caderno Mais não querem publicar a coluna dessa semana? Como assinante da Folha, acho que teria tudo a ver. Merece um lobby ... Sua leitora mais sincera." (Cláudia Mello, minha aluna e amiga)

"Li sua crônica de hoje na Folha e gostei muito. Estive outro dia à procura de livros sobre aprendizado musical do mestre Koellreutter e não consegui. Você pode me dar uma dica?" (Guarabyra)

"Moro em SP e há pouco, participei do Festival Cultura, chegando até a semifinal, com a canção "Mãe Canô". Muito interessante, esclarecedor ler sua matéria, já que a final da competição, pra mim e pra muita gente, ficou sem ser compreendida. Pelo resultado, pelo público injuriado, enfim... Aposto que ainda está ecoando na tentativa de entendimento pelas pessoas que acompanharam o festival essa questão de paternidade do vencedor que, pra muitos, não passou de simples marmelada. Não comento sobre a decisão do júri, porque é uma questão muito relativa (o gosto). E muito mais por conhecer Danilo. Porém, confesso, que depois de ler teu artigo, me deixei acreditar por alguns minutos que tudo que aconteceu foi positivo e para o bem da 'nova canção brasileira'. Sucesso pra você. Vou continuar lendo tuas matérias." (Leandro Medina)

"Você vai me desculpar: seus argumentos podem até ser bem articulados, dignos de quem sabe se expressar muito bem, que é o seu caso, mas agora a minha decepção foi maior: eu não sabia que um dos compositores da música "Contabilidade" era filho do Wandi. Tá explicado porque essa bosta de música ganhou. Sim, essa bosta de música sim, pois é uma bosta bem das fedidas. E se você realmente gostou daquilo, você tem muito mal gosto, meu filho. Repito: aquela música é uma bosta! é um lixo! jamais deixaria aquela música tocar no meu aparelho de som! Quem deveria ter ganhado era "Achou", sem a menor sombra de dúvida. Que decepção, Hermelino! Eu era fã da sua coluna. Agora eu nunca mais vou ler. Fui!" (I.)

Ih ...
Hermelino Neder é compositor e professor de música. Venceu vários prêmios nacionais e internacionais por suas trilhas sonoras para cinema. É doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Tem canções gravadas por Cássia Eller e Arrigo Barnabé, entre outros.

E-mail: nederman@that.com.br

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