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03/10/2002

Nomes da rodada

MÁRCIO SENNE DE MORAES
Colunista da Folha Online

Burro burro! Clama a torcida tricolor. O incompreensível Oswaldo aperta as mãos do amistoso Levir e caminha para as explicações no vestiário. O incompreensível não fala a verdade sobre a limitação técnica de Gabriel e se explica citando uma tática, segundo ele muito utilizada no futebol, que se trata de substituir um lateral por um zagueiro. No caso são-paulino, o zagueiro é Ameli (pela madrugada!). Aliás, o tropeção que ele deu no pé de Munhoz será, certamente, uma das dez cenas mais ridículas do campeonato. E vou mais adiante, se Ameli começar a entrar em muitos jogos, pelo menos três das dez cenas mais ridículas do campeonato o terão como personagem principal.

O amistoso, administrador do caos alvi-verde, se equilibra em mais um empate, sem expulsões, um avanço. Marcos faz grandes defesas, mas não é um destaque tão grande como no jogo contra o Santos. Aí aparecem as mãos do amistoso, que, nada amistosamente, há duas semanas, falou que sua equipe precisava de homens que assumissem responsabilidades (de acordo com a imprensa referindo-se a uma possível falsa contusão de Marcos). O goleiro voltou a ser santo, outro avanço. Pois é, parece que o Palestra já conheceu o fundo do poço. O ruim é ainda ser o último na tabela com um jogo a mais que o Goiás e dois a mais que o Paysandu e o Paraná, os três times que seriam rebaixados, além do Palmeiras, até o momento. O bom é que não tem como piorar. O Palmeiras tem que acertar a zaga. A solução, como diria um amigo, seria dar umas gotinhas de Gardenal para o Alexandre antes dos jogos.

São Paulo e Palmeiras vivem situações diferentes no campeonato, mas ambas perigosas. Já o Corinthians... O Parreira no Corinthians me lembra o Malan na Economia. Um mantendo estabilidade e outro a posição. Afinal o Corinthians é um bom time, tem excelentes laterais, mas o esquema tático é o forte. Quem diria que a saída do Ricardinho não afetaria a equipe corintiana? Bom, ainda estamos na metade do campeonato, agora as forças começarão a ser medidas... Algumas nem precisam. O São Caetano é impressionante. É só estar assistindo a um jogo qualquer do Brasileirão na televisão que aquela bolinha irritante aparece para anunciar os gols da antiga equipe de Picerni, agora de Mário Sérgio. Mudam-se os técnicos mas a equipe continua vitoriosa. O São Caetano me lembra o que eram os grandes times brasileiros no passado.

E o Robinho? É impressionante como o anonimato é tênue no futebol.

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Márcio Senne de Moraes é formado em administração de empresas, pós-graduado em ciência política pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris, redator e analista do caderno Mundo da Folha de São Paulo e escreve para a Folha Online às quintas-feiras

E-mail: futebolecia@folha.com.br

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