Futebol & Cia.
05/12/2002
Colunista da Folha Online
Ciente de que, na última vez em que arrisquei dar palpites, mesmo ressaltando que eram só PALPITES, não previsões, pois, no futebol, não é possível prever o que quer que seja, já que um simples cartão vermelho ou, ainda mais aleatório, um salto alto podem mudar o panorama de qualquer partida, junto-me à maioria e reconheço que a final paulista do Brasileirão-02 é imprevisível.
Aliás, até a chegada do Santos à final é algo que ninguém arriscava prever há três semanas, quando o Peixe mal conseguia a classificação para o mata-mata. O Corinthians, por outro lado, é o time do ano e, contrariando a análise deste comentarista, mostrou que estava só cozinhando o galo no final da fase de classificação e que tem poder para buscar um resultado adverso, como ocorreu contra o Fluminense.
A final é imprevisível pelo simples fato de que, no momento, ambas as equipes poderiam reclamar para si o direito de ser a campeã de um campeonato tão disputado e aleatório. O Timão porque, além de chegar à final do campeonato brasileiro, já venceu a Copa do Brasil e o Rio-São Paulo. Ademais, tem um técnico altamente capacitado, que consegue tirar o melhor de seus comandados.
Já o Santos do mata-mata dispensa comentários. Foram duas extraordinárias partidas na Vila Belmiro, marcando três gols tanto contra o São Paulo, que fora o líder da primeira fase, quanto contra o eficiente time do Grêmio. Alberto, Robinho, Diego, Renato, Elano e companhia mostraram que o futebol ofensivo também pode ser vencedor e garantiram um lugar na final para o Peixe.
Nas outras duas partidas, na casa do adversário, os santistas mostraram-se pragmáticos, jogando pelo resultado e, no caso do confronto contra os são-paulinos, esperando o momento certo para explorar as falhas da defesa inimiga. Aliás, erra quem acusa os meninos da Vila de exagerar, de abusar do preciosismo, pois, via de regra, as jogadas espetaculares santistas são objetivas.
Assim, desta vez, para a infelicidade de meus leitores que adorariam tirar uma casquinha do comentarista após um palpite errado, não arrisco nada. Faço questão, no entanto, de lembrar que as duas partidas extraordinárias do Santos na fase final foram na Vila Belmiro.
Ou seja, se for levado a cabo o plano de obrigar o Peixe a jogar os dois confrontos da final no Morumbi, queiramos ou não queiramos, o Corinthians terá a vantagem de jogar duas vezes em casa. Respeito o argumento dos que se preocupam com a segurança dos torcedores, mas sinto-me compelido a refutá-lo.
Afinal, a Vila mostrou-se segura nas dois últimos jogos lá disputados. Para tanto, basta que o número de ingressos seja limitado a 20 mil, como ocorreu nas partidas contra o São Paulo e contra o Grêmio. O Peixe não merece ser castigado após exibir um futebol que encheu os olhos de seus torcedores e dos amantes do futebol em geral.
Clique aqui para conferir tudo sobre o Campeonato Brasileiro.
Cuidado com o palpite para a final!
MÁRCIO SENNE DE MORAESColunista da Folha Online
Ciente de que, na última vez em que arrisquei dar palpites, mesmo ressaltando que eram só PALPITES, não previsões, pois, no futebol, não é possível prever o que quer que seja, já que um simples cartão vermelho ou, ainda mais aleatório, um salto alto podem mudar o panorama de qualquer partida, junto-me à maioria e reconheço que a final paulista do Brasileirão-02 é imprevisível.
Aliás, até a chegada do Santos à final é algo que ninguém arriscava prever há três semanas, quando o Peixe mal conseguia a classificação para o mata-mata. O Corinthians, por outro lado, é o time do ano e, contrariando a análise deste comentarista, mostrou que estava só cozinhando o galo no final da fase de classificação e que tem poder para buscar um resultado adverso, como ocorreu contra o Fluminense.
A final é imprevisível pelo simples fato de que, no momento, ambas as equipes poderiam reclamar para si o direito de ser a campeã de um campeonato tão disputado e aleatório. O Timão porque, além de chegar à final do campeonato brasileiro, já venceu a Copa do Brasil e o Rio-São Paulo. Ademais, tem um técnico altamente capacitado, que consegue tirar o melhor de seus comandados.
Já o Santos do mata-mata dispensa comentários. Foram duas extraordinárias partidas na Vila Belmiro, marcando três gols tanto contra o São Paulo, que fora o líder da primeira fase, quanto contra o eficiente time do Grêmio. Alberto, Robinho, Diego, Renato, Elano e companhia mostraram que o futebol ofensivo também pode ser vencedor e garantiram um lugar na final para o Peixe.
Nas outras duas partidas, na casa do adversário, os santistas mostraram-se pragmáticos, jogando pelo resultado e, no caso do confronto contra os são-paulinos, esperando o momento certo para explorar as falhas da defesa inimiga. Aliás, erra quem acusa os meninos da Vila de exagerar, de abusar do preciosismo, pois, via de regra, as jogadas espetaculares santistas são objetivas.
Assim, desta vez, para a infelicidade de meus leitores que adorariam tirar uma casquinha do comentarista após um palpite errado, não arrisco nada. Faço questão, no entanto, de lembrar que as duas partidas extraordinárias do Santos na fase final foram na Vila Belmiro.
Ou seja, se for levado a cabo o plano de obrigar o Peixe a jogar os dois confrontos da final no Morumbi, queiramos ou não queiramos, o Corinthians terá a vantagem de jogar duas vezes em casa. Respeito o argumento dos que se preocupam com a segurança dos torcedores, mas sinto-me compelido a refutá-lo.
Afinal, a Vila mostrou-se segura nas dois últimos jogos lá disputados. Para tanto, basta que o número de ingressos seja limitado a 20 mil, como ocorreu nas partidas contra o São Paulo e contra o Grêmio. O Peixe não merece ser castigado após exibir um futebol que encheu os olhos de seus torcedores e dos amantes do futebol em geral.
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 Ronaldo Fenômeno e seu Real Madrid, que conquistaram o Mundial interclubes em Yokohama, no Japão. É curioso como o craque brasileiro cresce em momentos decisivos. Assisti a algumas de suas últimas apresentações no Espanhol, e ele não jogou nada, mas quando coisa vale caneco... |
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Márcio Senne de Moraes é formado em administração de empresas, pós-graduado em ciência política pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris, redator e analista do caderno Mundo da Folha de São Paulo e escreve para a Folha Online às quintas-feiras E-mail: futebolecia@folha.com.br |
