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Nutrição é Saúde

26/03/2002

Farelo de arroz combate colesterol, câncer e prisão de ventre

ANDRÉA GALANTE
colunista da Folha Online

O arroz faz parte da alimentação de mais da metade da população mundial. Na China, há registros de que o alimento é cultivado desde o ano 27 a.C. No Oriente, é símbolo de vida e fertilidade.

Atualmente, utilizamos o arroz polido (arroz branco) -produto resultante do beneficiamento do arroz integral. O grande problema é que durante o processo o arroz perde o gérmen e as camadas externas, e com elas parte de seu valor nutritivo.

O farelo de arroz, sub produto do arroz, é considerado um excelente alimento funcional. Mas apesar de seu alto teor de nutrientes e de fazer bem ao nosso organismo, o jogamos fora.

A enfermeira Rita de Cássia de Carvalho, que estudou e dissertou sobre o assunto, constatou que o farelo ajuda na prevenção e tratamento de algumas doenças crônico-degenerativas, como a hipercolesterolemia (colesterol alto), alguns tipos de câncer e o diabetes. O alimento também ajuda a prevenir a prisão de ventre, a cárie dental e o beribéri, além de atuar na eliminação de produtos tóxicos, como o chumbo. Veja a tabela da composição nutricional do farelo de arroz:

INFORMAÇÃO NUTRICIONALPOR 100 GRAMAS
Calorias ( Kcal)450
Proteína ( g )14
Carboidratos ( g )49,5
Gordura ( g )22
Sódio ( mg)10,6
Potássio ( mg )1645
Tiamina (mg )3,1
Niacina (mg)45
Ferro ( mg )18,4


É claro que outros estudos devem ser realizados para que tenhamos mais informações, mas uma coisa é certa: atualmente, o farelo de arroz, por apresentar valor nutritivo e substâncias capazes de melhorar nossa saúde, já pode ser considerado um alimento funcional. E o melhor de tudo é que o farelo é extremamente barato e um recurso melhor do que os laxantes para fazer o intestino funcionar.

Segundo Rita, a quantidade recomendada diariamente para a obtenção dos benefícios está em torno de 60g, quantidade equivalente a quatro colheres de sopa do produto. O farelo pode ser acrescentado em vários pratos, como no bolinho de carne, feijão, tortas e pães, já que seu sabor não é acentuado.

Até a próxima!
Andrea Galante é mestre e doutora em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de São Paulo, e presidente da Associação Brasileira de Nutrição. Escreve quinzenalmente na Folha Online, às terças-feiras.

E-mail: andrea.galante@uol.com.br

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