Ooops
17/03/2005
Quanto mais jornalismo na TV, melhor. E se ele tem qualidade e é ancorado por uma dupla contida e com ótima química, melhor ainda. É o caso de Marcos Hummel e Janine Borba no "Fala Brasil". A propósito, o jornalismo da Record de forma geral vai bem, mas com ressalvas: alguém precisa urgentemente reduzir a quantidade de chavões que contaminam as matérias da casa. No caso do "Domingo Espetacular", por exemplo, a quantidade de trocadilhos nos textos das reportagens está de doer. Deixem os chavões para quem entende disso: o Homem Chavão.
Anos atrás esse diretor agradou o país com a novela "Pantanal", que trazia uma nova linguagem na TV, com suas loooongas tomadas da natureza, vários closes, fotografia carregada e aquela trilha sonora de cordas exageradas e (então) melodiosas. Quase 20 anos depois, o senhor Monjardim não vira o disco. Em "América", ele segue abusando da mesma fórmula que, sim, ele criou, mas já está para lá de surrada. O que era estilo, virou uma chatice de galocha. O que era marca registrada, virou carne-de-vaca*. O que era impactante, agora causa bocejos.
* Embora a gente saiba que carne-de-vaca é uma árvore da família das estiracáceas (Styrax acuminatum), a expressão também é usada em alguns locais para designar algo "enfadonho", "repetitivo", "comum".
Veja também
Leia o que já foi publicado sobre o "Fala Brasil" e sobre Jayme Monjardim
Leia as colunas anteriores
Quem é legal, quem irrita
Quem é legal
Marcos Hummel e Janine Borba
Marcos Hummel e Janine Borba
Quanto mais jornalismo na TV, melhor. E se ele tem qualidade e é ancorado por uma dupla contida e com ótima química, melhor ainda. É o caso de Marcos Hummel e Janine Borba no "Fala Brasil". A propósito, o jornalismo da Record de forma geral vai bem, mas com ressalvas: alguém precisa urgentemente reduzir a quantidade de chavões que contaminam as matérias da casa. No caso do "Domingo Espetacular", por exemplo, a quantidade de trocadilhos nos textos das reportagens está de doer. Deixem os chavões para quem entende disso: o Homem Chavão.
Quem irrita
Jayme Monjardim
Jayme Monjardim
Anos atrás esse diretor agradou o país com a novela "Pantanal", que trazia uma nova linguagem na TV, com suas loooongas tomadas da natureza, vários closes, fotografia carregada e aquela trilha sonora de cordas exageradas e (então) melodiosas. Quase 20 anos depois, o senhor Monjardim não vira o disco. Em "América", ele segue abusando da mesma fórmula que, sim, ele criou, mas já está para lá de surrada. O que era estilo, virou uma chatice de galocha. O que era marca registrada, virou carne-de-vaca*. O que era impactante, agora causa bocejos.
* Embora a gente saiba que carne-de-vaca é uma árvore da família das estiracáceas (Styrax acuminatum), a expressão também é usada em alguns locais para designar algo "enfadonho", "repetitivo", "comum".
Veja também
Ricardo Feltrin, 42 anos, editor-chefe da Folha Online, escreve sobre os bastidores do mundo artístico às quintas e apresenta o programa Ooops! no UOL News às segundas-feiras. E-mail: ooops@folha.com.br |