Ooops
30/06/2005
Merecedor de um "quem é legal" eterno, Tom Zé está neste momento divulgando a música popular brasileira em turnê pela Europa. Não, amigos, nada a ver com o tal "Ano Brasil na França". Porque, ao que parece, os atentos organizadores do evento não se lembraram de Tom, apesar do seu nome estar escrito em letras garrafais (e piscando) na parede da música nacional. Fora o talento, Tom Zé tem duas belas e raras virtudes no nosso metido panteão artístico: humildade e doçura.
Em 2005, a música clássica em São Paulo não poderia ter perdido mais: primeiro, o ranço mútuo entre John Neschling e Roberto Minczuk, que levou à saída do segundo da Osesp. Depois, o descaso com que o norte-americano Ira Levin foi tratado pela Prefeitura de São Paulo, fazendo-o picar a mula da sinfônica municipal. Perdemos todos. O primeiro caso mostra a vitória dos egos dos gênios sobre as próprias genialidades. O segundo mostra a incompetência administrativa diante da oportunidade única de termos um regente como Levin na cidade. Só falta agora decidirem atrapalhar o trabalho do Jamil Maluf também. Tsk, tsk... francamente...
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Leia o que já foi publicado sobre John Neschling, Roberto Minczuk e Ira Levin
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Quem é legal, quem irrita
Quem é legal
Tom Zé
Tom Zé
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Tom Zé, é ele mesmo. |
Quem irrita
Picuinhas na música clássica
Picuinhas na música clássica
Folha Imagem |
Neschling e Roberto Minczuk |
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Ricardo Feltrin, 42 anos, editor-chefe da Folha Online, escreve sobre os bastidores do mundo artístico às quintas e apresenta o programa Ooops! no UOL News às segundas-feiras. E-mail: ooops@folha.com.br |