Colunas

Quero Ser Mãe

05/12/2003

Espaço do leitor

BOAS NOVAS

Claudia

Lembra de mim? Sou eu, Giovanna, aquela que esteve com você na Bienal do Rio! Bem, estive afastada do Fórum por uns meses e só agora com a confusão da Odete que dei uma olhadinha por lá e resolvi te escrever para contar que já estou com 18 semanas de gestação. Tenho SOP e consegui engravidar no 3º ciclo de CLOMID. Já havia publicado no Fórum a minha gravidez, mas ainda não tinha reservado a você esta novidade. Como você mesmo sugeriu em seu autógrafo, acho que ventos férteis chegaram até mim.

Beijos e obrigada pelo apoio e pelo livro que continua sendo de cabeceira.

Giovanna

Resposta de Cláudia Collucci

Oi Giovanna, que boa notícia!! Parabéns pela gravidez. Desejo que os ventos fertilizadores continuem soprando sempre em todos os aspectos da tua vida.

Beijos

Cláudia

OVO CEGO

Meu nome é Luciana, tenho 29 anos e há 8 meses tento engravidar. Tomei Clomid e no segundo ciclo engravidei, porém ao fazer a ultra foi detectado que não havia embrião, ou seja, havia o saco gestacional vazio. Você deve imaginar meu desespero, isto faz 5 dias.

Fiquei super feliz pois estava grávida e de repente todo o sonho foi embora. Desde adolescente sonho em ser mãe, mas sempre fui muito ajuizada e só queria que isto acontece com a pessoa certa. Estou casada há 3 anos.

Como não expulsei, e mesmo que tivesse teria de fazer a curetagem e o fiz, para minha surpresa em todo o processo não senti dores. Nem na colocação do medicamento nem pós-curetagem. Isto é normal? Fiz há 5 dias e continuo sem sentir nada.

O meu médico falou que o que aconteceu comigo é o que eles chamam de "ovo cego" e que não tem nenhum problema em uma próxima gravidez. Isto é verdade? O que causa isso? Quanto tempo tenho de esperar para tentar novamente? A curetagem atrapalha em um novo processo? Já li que ela causa aderências. É verdade? Outros falam que após a curetagem é mais fácil engravidar, pois fica tudo limpo, é verdade??

Desculpas por todas estas perguntas, mais você deve imaginar como está minha cabeça. Muitas vezes não tem ninguém que te entenda.

Obrigada,

Luciana

Resposta de Cláudia Collucci

Luciana, entendo perfeitamente o que você está sentindo. Realmente não há uma explicação para a ocorrência do ovo cego. É um problema que acontece na divisão o óvulo que impede o crescimento do embrião. Acontece em quase 20% das gravidezes e, muitas mulheres, nem chegam a perceber que se trata de um aborto porque isso acontece antes mesmo de se suspeitar da gravidez.

Não há como evitar e nem se prevenir. Segundo os médicos, isso não se repete na próxima gestação. Após a curetagem, geralmente, há um sangramento durante uma semana.

Quinze dias depois deve ocorrer a expulsão do endométrio. Os médicos recomendam que as próximas tentativas de gravidez aconteçam depois de três meses do procedimento. Feita sob cuidados médicos, não há riscos de aderência, fique tranquila. Agora, minha amiga, tente acalmar o teu coração e preparar o teu corpo para uma gravidez.

Abraços e boa sorte,

Cláudia Collucci


GRAVIDEZ AOS 46

Olá, Claudia

Gostaria de uma orientação. Minha primeira gravidez foi aos 29 anos, sendo que eu tinha ovários policísticos. Um belo dia sem tomar nenhuma medicação descobri que estava grávida e tive uma filha que hoje tem 16 anos. Depois do nascimento de minha filha achava que voltaria a menstruar normalmente, mas continuei por alguns anos com a minha menstruação irregular. Após os 40 anos foi que passei a menstruar normalmente, também sem fazer nenhum uso de medicação ou anticoncepcional.

Atualmente aos 46 anos fiquei surpresa ao descobrir que engravidei em agosto, mas infelizmente essa gravidez me pegou desprevenida e eu estava psicologicamente me preparando para enfrentar a menopausa. Por vários motivos, inclusive por pânico de conceber um filho doente ou de colocar minha vida em risco e me achar velha demais para enfrentar a gravidez, decidi não levá-la adiante.

O que aconteceu depois é que nunca pensei que tal decisão fosse me deixar inconsolável e arrependida como fiquei, com um sentimento de culpa muito grande, me sentindo a pior criatura por ter renegado um filho que Deus me mandou e eu rejeitei estupidamente.

Estive com uma ginecologista e ela então pediu que eu fizesse uma ecogafria intravaginal para avaliar a situação do meu útero. Eu gostaria, se possível, de saber se após os exames estiver tudo em ordem eu ainda tenho chances de engravidar outra vez. O que mais quero no momento é resgatar o bebê que rejeitei e tenho medo de que agora seja tarde demais.

A minha médica disse que não é impossível, mas eu tenho uma certa pressa pois em janeiro completo 47 anos e cada dia da minha vida agora é muito precioso.

Tenho consciência do meu grande erro e da estupidez que cometi contra mim mesma, por isso estou aqui buscando mais orientação. Gostaria muito de obter uma resposta.

Desde já fico muito agradecida pela atenção,

Kátia

Resposta de Cláudia Collucci

Prezada Kátia,

Com objetivo de confortá-la, pense que às vezes nos é dada uma oportunidade de poder optar por algo melhor para nossa vida.

Bem, considerando uma futura gravidez, saiba que, mesmo tendo ciclos menstruais regulares e dosagens hormonais normais, a chance de engravidar por mês é muito baixa para mulheres com mais de 40 anos, quando comparada a mulheres com menos de 30, assim como é acentuadamente mais alta a chance de abortamentos espontâneos.

Porém, se tudo estiver dentro dos parâmetros normais, existe a possibilidade de engravidar. Recomenda-se que faça biópsia de vilo corial (biópsia da placenta em desenvolvimento) por volta da 12ª semana de gestação para se excluir mal-formação fetal.

Abraços

Cláudia Gazzo


FIV

Olá Claudia,

Parabéns pelos artigos publicados em sua coluna.

Meu nome é Mauro, tenho 34 anos e minha esposa Sandra, tem 32 anos, e após um ano de tentativas sem sucesso de gravidez procuramos especialistas em fertilização que após constatarem, por meio de espermograma, baixo número e motilidade dos meus espermas, nos aconselharam a iniciar o tratamento com as inseminações artificiais.

Na primeira tentativa, fizemos o tratamento com Clomid e Pergonal de 150mg por aproximadamente 8 dias. Engravidamos, mas fomos obrigados a interromper a gravidez pelo fato de o feto estar se desenvolvendo na trompa.

Após isso, fizemos mais duas tentativas de inseminação, mas sem sucesso. Fomos então orientados pelo nosso médico a fazer a FIV. Fizemos o tratamento com Synarel e Gonal 300mg por aproximadamente 8 dias, do 9o. ao 12o. dia foram adicionadas mais 150mg de Merional. Foram colhidos 4 óvulos, sendo 3 de má qualidade e um único inseminado, mas não transferido por má formação.

Antes de fazermos uma nova tentativa de FIV, gostaríamos de saber se a baixa ovulação pode ter sido causada pela videolaparoscopia? Se em nossa idade é indicado o tratamento com doses mais altas de medicação? Se há algum exame que possamos realizar de forma a verificar a qualidade dos óvulos produzidos? Se existe alguma forma de atestar a qualidade do medicamento utilizado para estimular a ovulação?

Um abraço,

Muito obrigado,

Mauro

Resposta da dra. Cláudia Gazzo

Prezado Mauro,

Suas questões são muitos frequentes entre casais que se submeteram à FIV sem o resultado desejado. A vídeo-laparoscopia não é responsável pelo baixo número de óvulos recuperados. A dose utilizada na indução da ovulação, considerando a idade da mulher não foi baixa.

Não há como testar a qualidade dos medicamentos (a qualidade já foi testada pelos laboratórios), mas há que se prevenir quanto ao prazo de validade, forma de acondicionamento e conservação do produto.

Abraços

Cláudia Gazzo


DÚVIDAS SOBRE ANTICONCEPCIONAL

Boa noite, Cláudia

Minha médica receitou-me Cerazette como método anticoncepcional. Vi que este medicamento é geralmente indicado para quem está amamentando e eu não tenho filhos. Vi também em alguns sites que esse método não inibe a ovulação, em outros inibe parcialmente e em outros ainda que inibe.

Fiquei em dúvida agora. Como este medicamento funciona no organismo? Posso ficar despreocupada, ele é realmente eficiente contra uma gravidez?

Obrigada

Tatiana

Resposta da dra Cláudia Gazzo

Prezada Tatiana

Cerazette é um anticoncepcional hormonal constituído apenas por progestágeno, e como tal, inibe a ovulação como qualquer outra pílula. Porém, para mulheres não lactantes, o efeito desejado faz-se com 15 dias de tomada, iniciando-se a cartela no primeiro dia menstrual. Não se faz intervalo entre as cartelas como nas demais pílulas combinadas. A partir da 2ª ou 3¯ cartela, a maioria das usuárias deixa de menstruar.

Abraços

Cláudia Gazzo


ENDOMETRIOSE

Boa tarde

Tenho 25 anos e descobri que tenho endometriose há 5 meses. Desde de dez/02 sentia dores e menstruava duas vezes no mês. Fiz vários exames e em nenhum deles havia indício de que eu pudesse ter endometriose.

Diagnóstico concluído apenas com a videolaparoscopia realizada em Maio/03. Após a cirurgia, comecei a tomar o cerazette. Tomei esse medicamento durante 4 meses.

Durante os dois primeiros meses não tive grandes problemas. Já no terceiro as dores e o sangramento voltaram. Comecei a me sentir mais mole, a pele e o couro cabeludo ficaram muito mais oleosos e os pêlos engrossaram. Passei a ter muitas espinhas, parecem que estão inflamadas e engordei 5 quilos. Devido a pouca eficácia, o cerazette foi trocado pelo Lupron.

Por meio de uma pesquisa na Internet descobri seu endereço e resolvi escrever. Li muitas coisas sobre essa 'nova' doença. E confesso que fiquei um pouco assustada. Principalmente quando li sobre uma moça que havia feito 4 cirurgias.

Continuo sentindo as dores e o sangramento persiste. Até procurei um homeopata. O que eu posso prever em relação à doença? Sabe me informar se esse medicamento que estou tomando agora produz o mesmo efeito que o cerazette?

Obrigada.

Viviane

Resposta da dra Cláudia Gazzo

Prezada Viviane

A endometriose é considerada uma doença crônica (assim com pressão alta e diabete) e, portanto, só haverá controle se a pessoa estiver sob constante acompanhamento médico. Infelizmente, apesar de muito comum hoje em dia, pouco se sabe sobre o que causa a endometriose. Acredita-se que os diversos tipos de endometriose (peritonial, ovariana ou de septo retovaginal) tenham etiologias --causas-- diferentes, assim, teoricamente, cada endometriose deveria ser tratada de maneira particular.

O fato é que o tratamento depende do grau da endometriose (estadiamento: mínima, leve, moderada ou acentuada, segundo a classificação da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva). Tradicionalmente, o diagnóstico definitivo de endometriose é feito por laparoscopia (procedimento cirúrgico que requer anestesia geral na grande maioria dos casos), e nesse mesmo tempo faz- se a cauterização dos focos de endometriose ou retirada da cápsula do cisto ovariano que contém endometriose, desde que o mesmo tenha menos que 3 cm de diâmetro. Casos de endometriose de septo retovaginal são tratados de outra maneira. Há necessidade de fazer uso de um medicamento chamado análogo de GnRh por três meses e depois operar a paciente por laparoscopia.

Normalmente, os casos de endometriose mínima ou leve podem ser tratadas apenas com laparoscopia cirúrgica e os casos de endometriose moderada ou acentuada requerem, além do tratamento cirúrgico, tratamento medicamentoso, como combinações de estrogênios-progestogênios (pílulas, por exemplo), progestogênios apenas (micropílulas como o Cerazette, injeções trimestrais ou implantes), análogos de GnRh (os mais usados na década de 90) e danazol (muito usados nos anos 80). Esses agentes inibem o crescimento de implantes endometriais por supressão dos hormônios ovarianos e criação de um ambiente hipoestrogênico (pobre em estrógeno --hormônio envolvido no crescimento da endometriose).

O problema é que, todos esses tipos de tratamento prejudicam a mulher que deseja engravidar, porque inibem a ovulação. Por outro lado, quem não deseja ter filhos, metade das que têm dor, voltam a tê-la depois de interromper o tratamento. Baseado nestas evidências, outras formas medicamentosas têm sido aventadas, não se excluindo a cirurgia, bem entendido. São elas (ainda em caráter experimental):

1) Inibidores da aromatase:

Anastrazole e letrozole são inibidores principalmente de produção estrogênica de tecidos extra-ovarianos (tecido gorduroso, por exemplo) responsáveis pela recidiva de doença endometriótica. Poderiam ser usados em casos onde a paciente tem maior chance de produzir estrogênios. Acredita- se também que a cápsula de um cisto endometriótico contenha aromatase e assim essas substâncias poderiam agir, impedindo a recidiva de endometriose ovariana, tipo mais comum de retorno da doença.

2) Raloxifeno

Raloxifeno é uma droga que age especificamente sobre os receptores estrogênicos, excluindo-se o endométrio (tapete glandular que reveste a cavidade uterina) e mamas. Poderia ser usado para impedir a recidiva de endometriose, uma vez que, como se acredita que os focos de endometriose tenham receptores de estrogênio, poderiam ser usados como um forma de tratamento.

3) Agentes imunomoduladores e antiinflamatórios

Existe uma teoria que preconiza que as células do endométrio menstrual que regurgitam (uma parte da menstruação cai no abdôme- e isso é normal) implantam-se na cavidade abdominal, pois as células da imunidade são deficientes. Há outra corrente teórica que preconiza o seguinte: a endometriose advém de uma reação inflamatória pré-existente com implantação de células endometriais originárias do fluxo menstrual retrógrado. Assim, agentes que mediassem a imunidade ou que diminuíssem a reação inflamatória poderiam servir como moduladores na cascata da patogênese da doença e impedir sua progressão.

Concluindo. Cada caso é um caso e deve ser avaliado de modo individual.
Abraços

Cláudia Gazzo


DÚVIDAS SOBRE INSEMINAÇÃO

Boa tarde, dra. Claudia

Gostaria de saber se a senhora faz inseminação artificial. Eu e minha esposa estamos querendo ter um filho, mas eu não produzo espermatozóides suficientes para ela engravidar.

Aguardo um retorno

Junior

Resposta da dra. Claúdia Gazzo

Prezado Júnior,

sou médica ginecologista e trabalho na área de infertilidade conjugal, desse modo, a inseminação intra-uterina é uma das técnicas que utilizo para tratamento do casal, quando indicada.

Abraços

Cláudia Gazzo


DIETA E ANSIEDADE

Prezada Dra. Cláudia

Meu marido (38 anos) tem hidrocele e varicocele não acentuada (lado esquerdo), mas os espermogramas indicam uma baixa quantidade (11 - 18 milhões) e qualidade (70% anormais) dos espermatozóides. Todos meus exames deram normais (tenho 31 anos). Com a capacitação, o volume de espermatozóides bons aumentam significativamente (ficam em torno de 7,5 milhões bons --no caso do exame com os 18 milhões). Com este resultado, nosso médico nos indicou a IUI. Fizemos uma primeira tentativa no mês de outubro. O resultado: negativo.

1) Gostaria de saber se o uso de antiinflamatórios e antibióticos (garganta) pode ser a causa desta baixa quantidade, e também se há alguma dieta específica para aumentar a quantidade e melhorar a qualidade deles.

2) Choro muito e não paro de pensar no assunto. Sei que tenho boas chances de gravidez nas próximas tentativas, mas estou muito ansiosa e gostaria de saber se há algum medicamento que me faça 'acalmar' mas não prejudicando as futuras tentativas (devido aos componentes químicos). Já faço caminhadas de 1 hora e meia todos os dias, mas não está adiantando nada.

Obrigada pela ajuda,

Alessandra

Resposta da dra. Cláudia Gazzo

Prezada Alessandra

As prostaglandinas são substâncias que aumentam consideravelmente dentro do folículo ovariano que irá ovular e têm como função auxiliar na rotura do mesmo para que haja a expulsão do óvulo. O uso de alguns antiinflamatórios não hormonais inibem a síntese de prostaglandinas, e portanto, pacientes com diagnóstico de infertilidade conjugal deveriam ser aconselhadas a evitar o uso desse tipo de medicamento. Em relação ao impacto negativo sobre o resultado do espermograma de seu marido, não se pode responsabilizar o antiinflamatório e antibiótico como causa da baixa concentração de espermatozóides. Uma avaliação andrológica seria aconselhável. Porém, como referido, o resultado do sêmen processado é suficiente para indicar uma inseminação intra-uterina (IIU), como foi feito. Lembre-se que a chance de sucesso com a IIU gira em torno de 15 a 19%. Há medicamentos calmantes naturais a base de plantas, muito utilizados para ansiedade. Recentemente foi publicado um artigo em revista científica especializada, relatando os benefícios da yoga e acupuntura durante o tratamento-angustiante- da infertilidade conjugal.

Abraços.

Cláudia Gazzo


VACINAS

Claudia Colluci, demorou passar os dias para sua volta. Estou diariamente entrando no seu site para ver se já retornou. É muito bom saber que podemos contar com você, sei que você precisava de férias, afinal quem não precisa nos dias de hoje, principalmente na sua profissão. Bem, seja bem vinda novamente. Obrigada por você existir.

Claudia, meu nome é Rose. Eu e meu marido temos compatibilidade sangüínea, tenho endometriose já fiz três videolaparoscopias, a última no mês de junho. Já fiz uma FIV, mas não teve resultado. Nesta última, minhas trompas foram desobstruídas.

Meu medico disse que agora tenho toda a chance de engravidar naturalmente, mas está demorando muito. Ele falou que é para eu esperar até janeiro. Se não conseguir naturalmente ele vai me liberar para procurar ajuda novamente para fazer outra FIV.

Queria que você me esclarecesse se pode ser essa compatibilidade HLA que está prejudicando. Se é melhor eu providenciar as vacinas imunológicas logo para não perder tempo. Por favor me ajude mais uma vez.

Muito obrigada um super beijo e felicidades.

Rose

Resposta de Cláudia Collucci

Prezada Rose, como você sabe, as vacinas são bastante polêmicas. Há médicos que não acreditam na sua eficácia para casos de insucessos de FIV. Nessa situação, só mesmo o seu médico, que conhece o seu corpo e mais detalhadamente os exames que você realizou deve opinar sobre isso. Se as dúvidas persistirem, procure uma segunda opinião médica.

Abraços,

Cláudia Collucci

OVÁRIOS POLISCÍTICOS

Olá!!!!

Claudia, gostaria muito que você me ajudasse nesta dúvida. Meu nome é Débora e tenho 20 anos. Tenho ovários micropolicisticos e gostaria muito de engravidar, fui ao médico e ele me receitou o Ginecoside para a minha menstruação vir. Veio e depois mandou eu tomar o Postoval. Gostaria de saber se tomando esse medicamento consigo engravidar ou se seria necessário tomar um indutor de ovulação. Se necessário, gostaria de saber se poderia tomar o medicamento CLOMID sem nenhum problema? Ou então gostaria de saber o que faço para engravidar já que tenho ovários policisticos.

Agradeço desde já e aguardo ansiosamente uma resposta.

Débora

Resposta de Cláudia Collucci

Débora, segue resposta da dra Cláudia Gazzo. Mas lembre-se: jamais tome remédio, ainda mais se tratando de um indutor de ovulação sem acompanhamento médico. Abaixo, seguem as orientações da dra Cláudia Gazzo.

Abraços

Cláudia Collucci

Resposta da dra Cláudia Gazzo

Prezada Débora,

O uso do Postoval em SOP (síndrome dos ovários policísticos) tem a função de manter o endométrio (camada glandular que reveste a cavidade uterina) normal. É um medicamento que não induz a ovulação e também não impede que a mesma ocorra espontaneamente.

Como você não menstrua regularmente,portanto não ovula mensalmente, talvez fosse melhor associar um indutor da ovulação para aumentar as chances de sucesso para gravidez.

Porém, como a SOP tem expressões hormonais e metabólicas muito diversas, caberia uma análise mais abrangente de seu caso para melhores informações.

Abraços

Cláudia Gazzo


GRAVIDEZ INTERROMPIDA

Oi !!!

Me chamo Jonice e gostaria de receber e-mail sobre fertilidade. Fiquei grávida no início do ano e tive minha gravidez interrompida com 2 meses. O médico disse ser normal, ou seja, não havia nenhuma causa especifica.

Tenho 30 anos e me programei para ter um filho mais ou menos nesta época, mas desde então não consigo mais ficar grávida. Já tomei dois meses seguintes o remédio Clomid e nada. Será que o problema é comigo?

Gostaria de receber matérias sobre este tipo de caso: Gravidez interrompida.

Obrigada.

Jonice

Resposta da dra. Cláudia Gazzo

Prezada Jonice

Abortos espontâneos ocorrem com uma freqüência muito maior do que se imagina, cerca de uma em cada seis gestações. As causas mais comuns de aborto no primeiro trimestre são hormonais (deficiência de corpo lúteo, hiperprolactinemia ) e erro do código genético do feto(alteração do número e pareamento de cromossomos,etc).

Em geral, inicia-se investigação para causas de abortamento a partir da segunda ou terceira perda, e para causas de infertilidade quando se completa um ano de tentativa para engravidar sem sucesso.

Abraços

Cláudia Gazzo


GRAVIDEZ

Dra. Cláudia,

ovulei há 5 ou 6 dias. Tive relação sexual em todo o período fértil. A data da minha menstruação é para daqui a 7 dias. Já estou sentido cólicas e sintomas de TPM. Gostaria de saber se mesmo com estes sintomas posso estar grávida ou se não é comum estes sintomas para uma mulher grávida e principalmente de poucos dias?

Um abraço e abrigada pela atenção

Ana Maria

Resposta da dra Cláudia Gazzo

Prezada Ana Maria

Os sintomas de gravidez iniciam-se, em geral, por volta da 4ª semana de gravidez. Portanto, acho precoce associar com precisão seus sintomas a uma gravidez. O diagnóstico mais precoce de uma gravidez é o teste sangüíneo de beta hCG.

Abraços

Cláudia Gazzo

ENDOMETRIOSE 2

Olá Claudia,

Tenho 30 anos e em jun/03 descobri que tinha endometriose de grau 2, então a minha médica prescreveu Lupron Depot, após a videolaparoscopia.

Após a 3ª injeção comecei a sentir uma queimação na região do tórax, uma sensação de angústia, insônia, falei com a médica e ela então me passou Aplause para reposição hormonal, tem dias que estou bem e tem dias que fico muito mal, essa queimação na região do tórax é que me deixa angustiada e me incomoda. Os músculos da região toráxica ficam doloridos.

A médica falou que devo terminar o tratamento pois estas reações desaparecem com o término do tratamento, porém ainda faltam 2 injeções.

Estes sintomas são normais? Podem deixar sequelas? É conveniente terminar o tratamento ou devo abandoná-lo? Acabei lendo algumas coisas na internet (Um site americano chamado: As vitimas do Lupron)que me deixou preocupada.

Agradeço a sua ajuda.

Raquel

Resposta da dra. Cláudia Gazzo

Prezada Raquel

Os efeitos colaterais mais frequentemente observados em usuárias de análogo do GnRh (Lupron é um deles) incluem os sintomas observados na menopausa, tais como ondas de calor, alterações do humor e secura vaginal, cujos efeitos são temporários. Como sua principal queixa refere-se a dor torácica, talvez fosse pertinente investigar outra causa deste sintoma.

O tratamento clássico de endometriose grau II (endometriose leve) dependendo da localização da doença, pode ser apenas cirúrgico, porém, como foi indicado tratamento completar com análogo de GnRh, seria preferível que continuasse o
tratamento até o término.

Abraços

Cláudia Gazzo

PREOCUPAÇÕES

Olá Cláudia, tudo bem?

Minha esposa tem 26 anos e está grávida de 7 semanas. Na última sexta-feira dia 24/10/2003 fomos a uma obstetra para fazermos o primeiro diagnóstico da gravidez.

Minha esposa fez uma ultra intravaginal e em um ovário está o bebê e no outro um cisto hemorrágico. É o nosso primeiro filho e eu gostaria de saber o que é um cisto hemorrágico e o que ele pode provocar em minha esposa?

Obrigado!

Márcio

Resposta da dra. Cláudia Gazzo

Prezado Márcio

Primeiramente, espero que tenha se confundido ao informar que o neném encontra-se em um dos ovários, pois o local correto da implantação do embrião é no útero.

A gravidez inicial é mantida por hormônios produzidos no ovário e só depois da 8ª semana, a placenta adquire função completa para tal.

O local do ovário que secreta hormônios para garantir a gravidez é a área onde anteriormente existia o folículo ovulatório. Uma vez ocorrida a ovulação, o folículo ovulatório transforma-se em corpo lúteo (ou cisto hemorrágico), libera progesterona e pode ser visualizado por ultra-som aproximadamente até a 10ª semana de gestação.

Abraços

Cláudia Gazzo

TENTATIVAS FRUSTRADAS

Cara Cláudia, minha esposa já fez inseminação, FIV, doou até óvulos aqui em Brasília para conseguir a FIV e foi em vão. Depois disso, a barriga dela inchou e a menstruação dela só vem atrasada, 2 a 40 dias de atraso e fortes dores ao pé da barriga, pressão baixa etc... Fiz espermograma, tudo ok.

Minha esposa fez todos exames pedidos e nada. Estou desesperado pois ela mandou uma mensagem que estava querendo se matar. Não tenho condições de pagar um FIV novamente.

Será que pode nos ajudar. Eu tenho 28 anos e ela 30 anos. O que faço? Tem alguém em Brasília que pode nos ajudar? Ela está na fila de espera no governo 1.250 e só fizeram 450. Disseram para ela que tem até 40 anos para engravidar me ajude. Pelo amor de Deus.

Karlos

Resposta da dra. Cláudia Collucci

Caro Karlos, primeiro é preciso que a sua mulher se tranquilize. Avise a ela que o estresse emocional só pioram as coisas. Se tiver difícil, procure ajuda terapêutica. Em segundo lugar, se vocês já fizeram todos os exames e está tudo bem, dêem tempo ao tempo enquanto esperam. Estamos cansadas de ver exemplos de pessoas que fizeram várias FIVs e, depois que relaxaram, a gravidez aconteceu naturalmente. Boa sorte para vocês.

Cláudia Collucci


CISTOS OVARIANOS

Boa tarde

Tenho 27 anos, sou casada e pretendo engravidar no ano que vem. Há mais ou menos 1 ano fiz US transvaginal e descobri que no ovário direito estava com alguns cistos. No esquerdo, uns três. Fiz tratamento por três meses com Selene e voltando a fazer o exame eles haviam todos desaparecidos.

Minha pergunta é a seguinte: será que tenho SOP ou os cistos que eu tinha são normais? Vou ter dificuldade para engravidar? Quando parar de tomar o remédio eles voltarão?

Muito obrigada pela atenção.

Resposta de Cláudia Collucci

Olá, é difícil responder essas perguntas sem conhecer o seu exame. Apenas o médico, através da análise da ultrassonografia é capaz de avaliar se os cistos são característicos da SOP. Geralmente eles formam uma espécie de "colar de pérolas" no ovário, ou seja, são concentrados nas extremidades do órgão. Também não é possível saber se vc terá ou não dificuldades de gravidez. Isso só se descobre tentando engravidar. Tranquilize-se, converse com seu ginecologista e exponha a eles suas aflições.

Abraços,

Cláudia Collucci

FÓRUM

Prezada Claúdia,

Espero que o forum não termine. Nunca participei dele, porém acompanho sua coluna e percebo o quanto esse contato virtual faz bem a todas aquelas que desejam e sofrem para ter o tão desejado filho.

Imagino que a luta não seja fácil e ás vezes somente o apoio dos familiares não é suficiente para enfrentarmos as barreiras.

Fico feliz por cada uma que consegue o tão esperado bebê e fico na torcida pelas demais.

O seu espaço é uma base de apoio não só para mulheres que estão tentado engravidar e sim para todas nossas que passamos por outros problemas de saúde que ás vezes os médicos também não acham explicação.

Parabéns pelo seu trabalho e não deixei que uma maça podre estrague as demais, pondo assim a perder todo o pomar.

Abraços,
Cleia

Resposta de Cláudia Colluci

Ok Cleia, estou estudando outras formas para não ter que acabar com o fórum ou torná-lo restrito aos assinantes do UOL. Obrigada pelo apoio.

Abraços,

Cláudia Collucci


TRATAMENTO ALTERNATIVO

Olá Claudia, li um artigo seu na Folha Online que fala sobre tratamentos para fertilidade que sejam alternativos. Meu namorado é estéril, mas eu e ele queremos muito ter um filho. Por isso, queria saber mais informações a esse respeito, de infertilidade masculina.

Um abraço.

Aguardo resposta.

Isabeli



Resposta de Cláudia Collucci

Isabeli, primeiro é preciso saber se realmente o seu namorado é estéril e o grau dessa esterilidade. Isso só quem pode dizer é um andrologista (médico urologista especialista em infertilidade) depois de uma avaliação física e de exames que ele deve pedir.

Abraços,

Cláudia Collucci


TROMPAS OBSTRUÍDAS

Tenho 33 anos, não possuo filhos e estou com as duas trompas obstruídas e com útero meio crescido. Gostaria de saber se a laparoscopia é recomendável e a sua eficácia para uma futura gravidez natural ou se devo partir logo para uma FIV?

Por favor, mande resposta também sobre o plano Mediservice em reprodução humana e ode poderei fazê-lo pelo plano.

Pela atenção agradeço antecipadamente.

Atenciosamente,

Leticia

Resposta de Cláudia Collucci

Letícia, creio que para você ter certeza que as duas trompas estão obstruídas você deve já realizado uma histerossalpingografia. A partir desse exame, o médico já poder ter diagnóstico sobre o melhor caminho. Vai depender muito do grau da obstrução. Muitos médicos, nessas circunstâncias, aconselhavam direto a FIV. Outros, se verem possibilidade de a desobstrução ocorrer com a laparoscopia, vão preferir indicar a cirurgia. Como o assunto é controverso, sugiro que vc consulte pelo menos dois médicos antes de tomar a decisão. Sobre o plano Medservice, ele é empresarial. Não há como contratá-los individualmente. Além disso, eles voltaram atrás em alguns pontos e, agora, a empresa precisa autorizar a FIV. Não é automático, ou seja, além de ter o plano, é preciso que o departamento pessoal da empresa autorize o procedimento.

Abraços,

Cláudia Collucci


DIABETES

Oi, meu nome é Wanda, tenho 31 anos e comecei a tomar diane35 com 16 anos. Acho que fui muito mal-orientada. Hoje tenho 31 anos e não consigo engravidar. O pior é que tenho ovários policisticos. Por isso, tomei o diane. Tenho 115 kg, rosto com pêlos e espinhas e diabetes, ou seja, um quadro clinico desesperador para quem quer ser mãe.

Então te pergunto: será que tem jeito? Já me falaram que sim, mas se emagrecer, coisa que não ocorre... Então. Queria saber se quem tem diabetes pode ter filhos e se tomar insulina pode ter. Já vi várias mulheres gordas terem filhos. Então gostaria de saber o que você acha.

Desde já agradeço.

Um beijo!!!

Wanda

Resposta de Cláudia Collucci

Wanda, hoje, com estudos mais detalhados do metabolismo de carboidratos e da gestante, os médicos conseguem saber como e quando intervir numa gravidez e melhorar o prognóstico materno e fetal de uma gestante diabética. Hoje com uma boa equipe composta de obstetra, endocrinologista, nutricionista, enfermagem, psicóloga, anestesista e neonatologista experientes, há ótimos resultados no desfecho da gravidez da diabética.

Abraços,

Cláudia Collucci


HOSPITAL DAS CLÍNICAS

Bom dia!

Claudia eu leio sua coluna sempre e gostaria de saber se você já tem alguma informação recente sobre o Centro de Reprodução do Hospital das Clínicas, pois já estou na fila aguardando há mais de 2 anos. Meu número é 55F.

Obrigada.

Aparecida Potente

Resposta de Cláudia Collucci

Aparecida, soube que o HC retomou o atendimento e já tem, inclusive, uma gravidez. A promessa é que a partir de 2004 sejam atendidos 40 casais por mês. Tente se informar no centro como está a sua posição na fila.

Abraços,

Cláudia Collucci

VITAMINAS

Prezada Claudia, já sou pai de uma menina de 7 anos e já passei por uma cirurgia de varicocele há oito anos atras. No momento estamos tentando engravidar novamente (eu tenho 35 anos e minha esposa 40), fato ocorrido no ano passado, mas infelizmente ocorreu um aborto espontâneo.

Neste ano ano já realizei três espermogramas com resultados alterados, segue abaixo os resultados do laboratório :

Espermograma realizado em 15/9/2003

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS :

Cor : creme opalescente
Viscosidade : aumentada
Tempo de Liquefação : > 60 minutos
Volume : 3.8 mL

Foram observados 65% de espermatozoides vivos, dos quais 35% móveis.

GRAU DE MOTILIDADE :

G-0 (movimento pendular) : 7%
G-1 (movimento circular) : 58%
G-2 (mov. progress. lento) : 35%
G-3 (mov. progres. rapido) : 0%

CONCENTRAÇÃO DE ESPERMATOZOIDES :

Número de espermatozoides/mL : 41.5 x10 (6)
Número de espermatozoides/ejaculação : 157.7 x10 (6)

MORFOLOGIA :

Normais : 12%
Anomalias de cabeça : 48%
Anomalias de cauda : 30%
Anomalias de peça intermediaria : 8%
Gota citoplasmatica : 2%


Espermograma realizado em 9/10/2003

CARACTERISTICAS FISICAS :

Cor : cinza opalescente
Viscosidade : ligeiramente aumentada
Tempo de Liquefação : 40 minutos
Volume : 2.2 mL

Foram observados 75% de espermatozoides vivos, dos quais 10% móveis.

GRAU DE MOTILIDADE :

G-0 (movimento pendular) : 55%
G-1 (movimento circular) : 25%
G-2 (mov. progress. lento) : 20%
G-3 (mov. progres. rapido) : 0%

CONCENTRAÇÃO DE ESPERMATOZOIDES :

Número de espermatozoides/mL : 27.5 x10 (6)
Número de espermatozoides/ejaculação : 60.5 x10 (6)

MORFOLOGIA :

Normais : 7%
Anomalias de cabeça : 58%
Anomalias de cauda : 25%
Anomalias de peça intermediaria : 6%
Gota citoplasmatica : 4%

Para isso o meu médico receitou vitaminas C e E mais o remédio CLOMID por 90
dias. Pesquisando este medicamento (citrato de clomifeno) notei em diversas
literaturas que este remédio é para estimulo de ovulação feminino, sendo
assim gostaria de saber qual o resultado desta prescrição médica para o
homem e seus efeitos colaterais.

Desde já fica o meu agradecimento,

Renato

Resposta do médico Rodrigo Pagani

Renato, se os espermogramas, apesar de não terem sido feitos em laboratório de referência, mostram um bom número de espermatozóides, boa motilidade e quanto à morfologia se ela for a estrita também é boa. Não adianta tomar Clomid. Estudos mostraram que Clomid/Serofene é tão eficaz quanto Vit C para homens, ou seja, não faz nada, a não ser em alguns poucos casos.Acho que o problema em questão passou a ser a idade da sua esposa.

Acredito que vocês possam se beneficiar com uma técnica de reprodução assistida.

Rodrigo Pagani

HISTEROSSALPINGOGRAFIA

Olá! Meu nome é Ana, e gostaria de maiores informações sobre o exame de histossalpingografia. Minhas dúvidas são as seguintes: realizei este exame na clínica Santa Lucia em Botafogo no Rio de Janeiro no dia 30/10/03 sentir uma cólica muito forte e um sangramento que durou algumas horas , o médico que realizou esse exame disse estar tudo bem, já fiz uma série de exames, pois tento engravidar a + ou - 1 ano e 3 meses e minha doutora disse que só faltava esse para constatar algo de errado, já que todos outros estão ok inclusive o espermograma do meu marido. Mas estou preocupada porque surgem vários comentários sobre esse exame, inclusive ouvir falar que quando a mulher engravida ela pode ter filhos com problemas devido a quantidade de iodo que é injetada, e gostaria de saber também qual o tempo após o exame que uma mulher pode fazer tentativas novamente para tentar a gravidez sem ter nenhum problema. E se realmente é verdade que quanto maior é a dor, mais obstruída está a trompa.

Aguardo uma resposta.

Desde já agradeço,

um abraço.

Resposta de Cláudia Collucci

Olá Ana, não não é verdade. Quando a trompa está obstruída, o exame é quase indolor, porque, o que provoca a dor, é a passagem do líquido contrastante pelas tubas e quando ele cai no endométrio. Quanto há obstrução, ele quase não dói. Sobre possíveis problemas causados pelo iodo, fique tranquila. Não há qualquer risco para o bebê.

Não é preciso nenhuma pausa para tentar engravidar. Aliás, há estudos que mostram que, no mês seguinte ao exame, dobram as chances de a mulher engravidar.

Abraços,

Cláudia Collucci


ADOÇÃO

Oi, li seu artigo sobre adoção e achei interessante, pois sou mãe adotiva desde o início do ano. Achei o grupo de discussão sobre infertilidade muito bom e participei pois tenho dificuldade de engravidar. Pensei se você poderia dar a sugestão da criação de grupo de discussão pais de coração.

Gostaria de receber a resposta.

Tatiana

Resposta de Cláudia Collucci

Tatiana, cheguei a dar essa sugestão ao grupo, mas são poucas as pessoas que estão abertas para essa opção, infelizmente. Você poderia entrar no fórum e fazer a sugestão, o que acha?

Abraços,

Cláudia Collucci


MIOMAS

Oi amiga,

Tenho mioma e cisto de ovário, será que tem um tratamento alternativo, tenho medo de cirurgia, mas tenho uma vontade enorme de ser mãe. Me ajude, por favor.

Obrigada,

MICEAS,

Resposta de Cláudia Collucci

Miceas, fica difícil qualquer sugestão com tão pouca informação à respeito dos miomas e cistos. É preciso saber tamanho, localização, etc. Sobre os tratamentos alternativos, dependendo do caso, a acupuntura pode ser uma boa aliada, embora não existam estudos científicos demonstrando esses resultados.

Abraços,

Cláudia Collucci

PERDA DO BEBÊ

Tenho 26 anos e dois anos e nove meses de casada. No início do ano eu e meu marido decidimos que já estava no momento de arrumarmos um bebê, então no mês de março eu parei de tomar anticoncepcional e no mês seguinte estava grávida. Imagine, foi a maior alegria para nós e para todos os familiares e amigos. Estava tudo transcorrendo muito bem, até que fiz o segundo ultra-som com aproximadamente 20 semanas, no dia 08/08, quando constatou que eu estava com olighodramnio relativo. No dia 22/08, eu repeti o ultra-som para confirmar se realmente havia a perda de líquido, não deu outra. Choramos muito, pois a partir deste momento sabíamos que poderíamos perder nossa menina a qualquer momento. Para tentar reverter à situação tive que ficar de repouso absoluto. No dia 26/09, fiz outro ultra-som e ficou constatado que não havia mais líquido amniótico e eu estava com apenas 28 semanas de gestação eo bebê com peso e tamanho insuficiente. No dia 01/10 o médico me receitou um corticóide para poder interromper a gestação no dia seguinte. Fui para o hospital na manhã seguinte cheia de esperança, mas o quadro do nosso bebê não estava nada bom.

Repeti o ultra-som e a situação estava complicadíssima, ela já estava fraca, com água no pulmão e outras complicações. Foi então que passamos pelo pior momento, tivemos de decidir o que fazer, pois o médico havia nos dado três alternativas, sendo que todas eram terríveis. A primeira era interromper o parto através de uma cesariana onde ela teria uma mínima chance de sobrevivência, a segunda induzir o parto normal onde ela não teria possibilidade de nascer viva e a terceira ir para casa e esperar para ver o que aconteceria. Mais uma vez, choramos muito, eu e meu marido não sabíamos o que fazer, mas com fé em Deus decidimos pela primeira opção, afinal tínhamos que nos apegar na melhor alternativa. Às 13:46h iniciou-se a cirurgia, e às 14:10 ela nasceu, mas como já era previsto ela não resistiu e nasceu morta. Foi uma dor terrível, afinal esperávamos nossa filhinha com muito amor e carinho. Mas como Deus sabe o que faz, e nisto acreditamos fielmente, estamos conseguindo levar a vida adiante muito bem e se Deus nos permitir vamos tentar no início do ano outro bebê. O motivo pelo qual eu perdi o líquido não foi constatado.

Obrigada por me ouvirem e espero que mais este caso sirva de conforto para outras mulheres que também perderam seus bebês ainda em seu ventre.

Melissa

Resposta de Cláudia Collucci

Melissa, obrigada pelo seu comovente depoimento. Certamente ele conforta outras mulheres que perderam seus bebês. Muita boa sorte na próxima tentativa. Fique com Deus.

Cláudia Collucci


EMBRIÕES IMPERFEITOS

Claudia,

Chamo-me Ana, tenho 28 anos e já fiz 3 Fertilizações in Vitro, sem qualquer resultado positivo. Apesar de ser portuguesa decidi ir a Espanha mais exatamente ao IVI (instituto valenciano de infertilidade) porque pesquisei bastante sobre esta área e descobri que este instituto procedia a um exame que em Portugal ainda não está acessível às doentes, ou seja, ao diagnóstico pré implantacional dos embriões. Este exame é feito quando existem sucessivas falhas na implantação dos embriões, que era o meu caso.

Descobrimos que todos os meus embriões são cromossomicamente imperfeitos. Todos eles apenas têm 1 cromossoma. Depois do choque e de me desesperar com esta notícia estou a tentar recolher informação sobre a doação de óvulos, visto ser a última hipótese que eu tenho de ter uma maternidade, claro que eu sei que me resta a adoção, mas o desejo de ter uma, apenas uma, gravidez minha é muito grande.

Por favor se me puder ajudar, diga-me o que sabe sobre este assunto, inclusive se tem dados sobre a %de sucesso, ou mesmo sites onde eu possa investigar mais sobre o assunto.

Acredite que é este desejo que me tem mantido alerta para a vida e que me faz nunca desistir de ser mãe e feliz.

Agradeço-lhe do fundo do coração.

Ana

Resposta de Cláudia Collucci

Ana, as chances de gravidez com óvulos doados é a mesma daquela que você teria se tivesse óvulos saudáveis (considerando a hipótese de o problema mencionado estar relacionado aos seus óvulos). É importante, porém, descartar a possibilidade de existir problemas genéticos com os espermatozóides do seu marido. Aqui no Brasil, a grande dificuldade reside em obter óvulos para doação. Muitas clínicas adotam um programa de doação em que a mulher receptora paga o tratamento da mulher doadora (que tem óvulos normais, mas não consegue engravidar por problemas do marido ou porque tem trompas obstruídas, por exemplo). Conheço pelo menos dois sites que tratam do assunto:

www.eggdonor.com e www.conceptualoptions.com/Home.htm

Dê uma busca no Google que há bastante informações sobre o assunto.

Abraços e boa sorte,

Cláudia Collucci

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Cláudia Collucci, repórter da Folha de S. Paulo, é mestre em História da Ciência pela PUC-SP e autora dos livros "Por que a gravidez não vem?", da editora Atheneu, e "Quero ser Mãe", da editora Palavra Mágica. Escreve quinzenalmente na Folha Online.

E-mail: claudiacollucci@uol.com.br

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