Quero Ser Mãe
26/02/2004
Colunista da Folha Online
Em junho próximo, o Instituto Sapientiae (associação assistencial e educacional sem fins lucrativos), sob o comando dos especialistas em reprodução humana assistida Edson Borges Jr. e Assumpto Iaconelli, vai realizar a 2ª Campanha para a Preservação da Fertilidade. Assim como ocorreu no ano passado, a campanha visa esclarecer a população que a infertilidade deve ser encarada como uma doença e que, portanto, tem cura e também pode ser evitada.
Para garantir maior participação e interatividade com o público, os organizadores do evento estão lançando uma campanha para a criação do slogan que será adotado durante todo o evento. O casal que escrever a melhor frase-tema será premiado com o tratamento de infertilidade totalmente gratuito, incluindo toda a medicação. O casal pode encaminhar sua frase para o e-mail: frases@sapientiae.org.br ou pelo site www.sapientiae.org.br. As frases devem ser enviadas até 25 de maio.
A principal meta da campanha é mostrar que a reprodução assistida não pode ser apresentada como a garantia para a solução de todos os problemas de um casal infértil. Borges aponta que os avanços dessa medicina pode trazer sim um certo conforto ao casal que pretende ter filhos e se depara com a infertilidade, mas que é muito mais importante se prevenir enquanto jovem para não se desgastar mais tarde. Durante a campanha, haverá uma ação em um parque da cidade de São Paulo, onde, durante um dia, especialistas em reprodução humana assistida atenderão a população para esclarecer quaisquer dúvidas sobre a fertilidade masculina e feminina.
Campanhas como essa são muito bem-vindas e deveriam também ser encampadas pelas sociedade de ginecologia e obstetrícia ou de reprodução humana, ou, em última análise, pelo Ministério da Saúde. Fico imaginando o quanto país vai economizar em consultas ou procedimentos médicos inúteis no dia em que se tornar rotina nos consultórios de ginecologia uma investigação correta da infertilidade. Todos os dias recebo e-mails demonstrando o quão profundo é ainda o fosso que separa o que é preconizado nos protocolos da reprodução assistida e o que muitos médicos ainda fazem. O que mais pega é ainda a investigação falha. A mulher chega reclamando que não engravida e já sai do consultório com uma receita de Clomid ou Serofene. Já disse isso em outras colunas, mas não custa repetir. Afinal, a única esperança de mudança é com informação.
Abraços e boa semana a todos.
Clique aqui para ler o Espaço do Leitor
PARTICIPE COM OUTROS INTERNAUTAS DO FÓRUM DE INFERTILIDADE
Campanha premia melhor frase com tratamento grátis
CLÁUDIA COLLUCCIColunista da Folha Online
Em junho próximo, o Instituto Sapientiae (associação assistencial e educacional sem fins lucrativos), sob o comando dos especialistas em reprodução humana assistida Edson Borges Jr. e Assumpto Iaconelli, vai realizar a 2ª Campanha para a Preservação da Fertilidade. Assim como ocorreu no ano passado, a campanha visa esclarecer a população que a infertilidade deve ser encarada como uma doença e que, portanto, tem cura e também pode ser evitada.
Para garantir maior participação e interatividade com o público, os organizadores do evento estão lançando uma campanha para a criação do slogan que será adotado durante todo o evento. O casal que escrever a melhor frase-tema será premiado com o tratamento de infertilidade totalmente gratuito, incluindo toda a medicação. O casal pode encaminhar sua frase para o e-mail: frases@sapientiae.org.br ou pelo site www.sapientiae.org.br. As frases devem ser enviadas até 25 de maio.
A principal meta da campanha é mostrar que a reprodução assistida não pode ser apresentada como a garantia para a solução de todos os problemas de um casal infértil. Borges aponta que os avanços dessa medicina pode trazer sim um certo conforto ao casal que pretende ter filhos e se depara com a infertilidade, mas que é muito mais importante se prevenir enquanto jovem para não se desgastar mais tarde. Durante a campanha, haverá uma ação em um parque da cidade de São Paulo, onde, durante um dia, especialistas em reprodução humana assistida atenderão a população para esclarecer quaisquer dúvidas sobre a fertilidade masculina e feminina.
Campanhas como essa são muito bem-vindas e deveriam também ser encampadas pelas sociedade de ginecologia e obstetrícia ou de reprodução humana, ou, em última análise, pelo Ministério da Saúde. Fico imaginando o quanto país vai economizar em consultas ou procedimentos médicos inúteis no dia em que se tornar rotina nos consultórios de ginecologia uma investigação correta da infertilidade. Todos os dias recebo e-mails demonstrando o quão profundo é ainda o fosso que separa o que é preconizado nos protocolos da reprodução assistida e o que muitos médicos ainda fazem. O que mais pega é ainda a investigação falha. A mulher chega reclamando que não engravida e já sai do consultório com uma receita de Clomid ou Serofene. Já disse isso em outras colunas, mas não custa repetir. Afinal, a única esperança de mudança é com informação.
Abraços e boa semana a todos.
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Cláudia Collucci, repórter da Folha de S. Paulo, é mestre em História da Ciência pela PUC-SP e autora dos livros "Por que a gravidez não vem?", da editora Atheneu, e "Quero ser Mãe", da editora Palavra Mágica. Escreve quinzenalmente na Folha Online. E-mail: claudiacollucci@uol.com.br |
