Colunas

Quero Ser Mãe

02/06/2004

Espaço dos leitores

Nesta semana, o espaço do leitor traz respostas a dúvidas muito pertinentes e recorrentes neste espaço. Contei com a colaboração da dra. Cláudia Gazzo, responsável pelo setor de reprodução do Hospital do Servidor Estadual de São Paulo, e dos drs. Gilberto da Costa Freitas e Arthur Dzik, ambos do grupo Corplus. O dr. Dzil também é mestre e doutor em Reprodução Humana pela Faculdade de Medicina da USP e diretor do setor de Esterilidade conjugal do Hospital Pérola Byington.

Gostaria, mais uma vez, de esclarecer que todo trabalho neste espaço é voluntário e, infelizmente, não é possível ter a agilidade que muitos de vocês esperam.

CISTO OVARIANO

Olá Cláudia,

Meu nome é Cíntia, tenho 21 anos. Tento engravidar há quase um ano, sem sucesso. Quando tinha 14 anos fiz uma cirurgia, da qual foi retirado um cisto ovariano benigno. Nesta, um pedaço das trompas teve de ser também retirado. Há mais ou menos três meses fiz dosagem de hormônios e deu tudo ok. Fiz exame de tireóide e deu um pouco alterado. Segundo o médico, é uma porcentagem desconsiderável para se começar um tratamento.

Tenho muito medo de não poder ter filhos. A trompa é um órgão que se reconstitui? O pedacinho que foi retirado me trará algum problema? Há chances de eu ter filhos? A minha menstruação não é muito regular (atrasa ou adianta dois dias sempre).

Obrigada

Resposta

Prezada Cíntia,

Antes de mais nada, considere- se saudável, sem qualquer patologia que a impeça de engravidar.

Respondendo a sua questão referente à tuba uterina, este órgão não se reconstitui, porém, se a outra tuba não apresentar problemas, não há indicação para qualquer avaliação complementar.

Seus ciclos menstruais aparentam ser regulares, pois uma diferença de dois dias para mais ou para menos é considerado perfeitamente normal.

Abraços

Cláudia Gazzo

SOP

Olá Claúdia,

Tenho 25 anos, estou casada há um ano e meu marido e eu decidimos ter um filho. Tenho SOP e estou fazendo um tratamento que consiste no seguinte: tomar duas cartelas de anticoncepcional (Yasmim). Assim que terminar o Yasmim devo começar a tomar Vita E e, no segundo dia de menstruação, começar a tomar Clomid para ovular...

Já tomei as duas cartelas de Yasmim, comecei o Vita E e menstruei hoje, ou seja, amanhã tomarei o primeiro comprimido de Clomid (terei que tomar cinco comprimidos). Também faço controle de temperatura basal.

Segundo minha médica, o anticoncepcional é para assegurar a ovulação pois aumenta a probalidade de ovular assim, segundo pesquisas.

Minha SOP é, como os médicos dizem, terço de rosário ao redor do ovário. Qual a probalidade de engravidar com esse tratamento? Não estou muito ansiosa, pois se não der certo vou continuar o tratamento com postovan e clomid.

Agradeço antecipadamente,

Flávia

Resposta

Prezada Flávia,

A SOP é considerada uma das causas mais comuns de anovulação crônica ( falta de ovulação regular) e pode ser tratada de diversas maneiras, dependendo da manifestação clínica da paciente e do desejo de engravidar.

O uso de anticoncepcional prévio ao medicamento indutor da ovulação auxilia na resposta deste, além de regular o endométrio (camada glandular que reveste a cavidade uterina e que será a receptora do futuro embrião).

A chance de ovular com citrato de clomifeno (Clomid, por exemplo ) gira em torno de 40 % e de engravidar,15 %.

O tratamento com citrato de clomifeno deve ser realizado por no máximo três meses.

Abraços e boa sorte,

Cláudia Gazzo

CLOMID

Gostaria de saber se, sendo normal, eu posso tomar Clomid. Será que eu terei gêmeos ou dará algum problema em meu organismo?

Resposta

Prezada Grazihella,

A chance de uma gravidez múltipla ocorrer com uso de citrato de clomifeno (Clomid ) gira em torno de 20 %. As contra-indicações principais ao uso do citrato de clomifeno consistem em disfunção hepática ativa, sangramento menstrual intenso sem diagnóstico , presença de cistos ovarianos, com exceção das portadoras de síndrome dos ovários policísticos, gravidez em curso por ser teratogênico e tromboflebite ativa.

As reações adversas costumam ser dependentes da dose e duração do tratamento.

São de incidência mais freqüente as náuseas, distensão abdominal, dor pélvica, cansaço, visão turva e cefaléia. O efeito colateral mais grave, porém raro, é a chamada síndrome do hiperestímulo ovariano caracterizada principalmente por aumento dos ovários e formação de líquido intra-abdominal.

Abraços,

Cláudia Gazzo

PÍLULA DO DIA SEGUINTE

Olá dra. Claudia,

Tudo bem? Estou com um problema e gostaria muito que você tirasse minha dúvida. No dia 24 de janeiro deste ano eu menstruei normalmente. Logo após os primeiros dias de fevereiro, no dia 13 de fevereiro, eu tive relação sexual sem métodos contraceptivos. Após 24h eu tomei a pílula do dia seguinte. No dia 20 de fevereiro eu sangrei de forma estranha. Parecia borra de café, com muito pouco sangramento. Então, no dia seguinte, tomei ginecoside e esperei que ela fosse descer de forma normal após cinco dias, mas isso não aconteceu. Então, no dia 28 de fevereiro fiz exame de sangue com o método Beta HCG e deu negativo para gravidez, mas até hoje minha menstruação não desceu. O que devo fazer?

Atenciosamente,

Flavia

Resposta

Prezada Flavia,

Você tomou a pílula do dia seguinte corretamente, dentro do prazo recomendado que deve ser no máximo 72 horas após relação sexual desprotegida. Sangramento vaginal em data imprevisível após o uso da pílula pode ocorrer, portanto, é de se esperar que tenha tido sangramento vaginal irregular.

Normalmente espera-se o retorno da menstruação espontânea normal, que pode ocorrer em tempo imprevisível. Durante essa fase da restauração do ciclo menstrual, orienta-se o uso de método contraceptivo de barreira, tal como camisinha.

Uma vez que tenha feito uso de Ginecoside, essa medicação pode ter colaborado para o retardamento da menstruação normal.

Caso o Beta HCG continue negativo, um tratamento hormonal para regular o ciclo menstrual pode ser indicado.

Abraços,

Cláudia Gazzo

DIFERENÇA DE REMÉDIOS

Gostaria que me informasse a diferença entre o Profase e o Clomid, pois já fiz e volto depois de quatro anos a fazer uso desses remédios. Há semelhança? Tenho 37 anos e já fiz cinco inseminações. Meu diagnóstico e de meu marido é Esca.

Cláudia

Resposta

Prezada Cláudia,

O citrato de clomifene (Clomid) é um estimulante da ovulação cujas ações são semelhantes as do hormônio feminino estrógeno (ação estrogênica). Apesar disso, também possui ação anti-estrogênica.

O mecanismo para estimular a ovulação ainda não é completamente conhecido, porém acredita-se que, devido sua ação anti-estrogênica, compete com os estrógenos principalmente no nível hipotalâmico e hipofisário (regiões localizadas no cérebro), aumentando a secreção dos hormônios folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH) pela hipófise. Esses hormônios, por sua vez, estimularão o ovário, produzindo a maturação do folículo que contém o óvulo.

A dose habitual, quando administrado isoladamente, é de 50 mg ao dia por cinco dias, iniciando-se entre o segundo e quinto dia do ciclo menstrual. Normalmente a ovulação tende a acontecer sete dias depois da ingestão do último comprimido.

O tempo máximo de estímulo ovariano utilizando- se o clomifeno é de três ciclos.

Profasi é um medicamento constituído do hormônio gonadotrofina coriônica humana ( HCG ) , cuja ação é praticamente idêntica a do hormônio luteinizante (LH) da hipófise. Ou seja, participa do desenvolvimento e maturação do folículo ovariano (estrutura que contém o óvulo) e, no meio do ciclo, desencadeia a ovulação. Além disso, facilita a liberação do óvulo pelo ovário e reinicia o processo de maturação oocitária (do óvulo).

Em outras palavras, o Clomid induz o ovário ao crescimento e desenvolvimento de folículos (estrutura que contém óvulo) e o Profasi desencadeia a ovulação do folículo já desenvolvido.

Abraços,

Cláudia Gazzo

SEROFENE

Querida Cláudia,

Parabéns pelo seu trabalho! Meu nome é Fabíola, tenho 28 anos e sou casada há três. Em setembro de 2003 engravidei um mês após parar de tomar pílula. Porém, com 14 semanas perdi o bebê. Passados 4 meses, eu e meu marido começamos a tentar uma nova gravidez através de coito programado. Como não tivemos resultados, meu médico receitou Serofene, que venho tomando há 7 meses.

Meu marido fez espermograma, e deu tudo ok. Agora fiz a histerossalpingografia e deu tudo normal, no entanto, a radiografia tardia mostra retenção parcial do meio de contraste na trompa direita e esvaziamento completo à esquerda.

O que isso quer dizer? Quais os possíveis tratamentos? Isso pode ter sido causado na perda do bebê ou na curetagem? Li na bula do Serofene que só é recomendado tomar este remédio por 3 meses, mas venho tomando há mais tempo. Pode fazer algum mal?

Um abraço, obrigada, e que Deus ilumine a todas!

Resposta

Prezada Fabíola,

Define-se infertilidade conjugal como ausência de gravidez após um ano de tentativa na vigência de relações sexuais regulares (cerca de três vezes por semana ou durante o período fértil em mulher ovulatória ) sem uso de qualquer método contraceptivo.

Portanto, pelo que entendi de sua história, o casal não se enquadra propriamente na definição de infertilidade.

Porém, considera-se que a investigação do casal infértil, quando indicada, compreende uma série de exames protocolares envolvendo tanto a parte masculina quanto a feminina, pois em 40% dos casos a causa de infertilidade conjugal envolve associadamente tanto a parte masculina quanto a feminina.

Em relação ao resultado de sua histerossalpingografia, ressalvo que, embora seja um exame praticamente obrigatório na avaliação do fator tubário, apresenta falhas inerentes à própria técnica, ou seja, 30% dos resultados podem ser falso positivos (o exame pode acusar algum problema quando na verdade não existe).

Classicamente, o diagnóstico de certeza do fator tubário é dado por laparoscopia. Como esse procedimento nada mais é que uma cirurgia, costuma-se realizá-la somente depois que outros exames menos invasivos já tenham sido feitos.

O tratamento para algum problema tubário só é necessário quando as duas tubas estão doentes. O tipo de tratamento é variável segundo o diagnóstico.

A curetagem pode lavar à doença tubária, porém, não se pode afirmar em seu caso: primeiro, que tenha alguma doença e, segundo, muito menos que a curetagem tenha sido o fator desencadeante. Precisaria de mais elementos clínicos para esta análise.

Traçando uma pequena consideração, a prescrição de citrato de clomifeno por mais que três ciclos menstruais não é habitual.

Os efeitos colaterais a curto prazo não costumam ser exuberantes e, em geral, são dose dependentes. Desaparecem após suspensão do uso. Pausa de dois meses para utilização de novos indutores de ovulação é aconselhável.

Abraços,

Cláudia Gazzo

PROLACTINA

Olá Claudia,

Tenho tentado engravidar há mais de um ano. Fiz vários exames como videohisteroscopia diagnóstica, histerossalpingografia, exames hormonais...Enfim, meu médico constatou que eu estou com a prolactina muito alta para minha idade. Está em torno de 50. Com isso ele me receitou Parlodel 2,5mg e mandou que eu tomasse 42 comprimidos.

Estou mais ou menos na quarta semana e estou achando que não está fazendo efeito pois continuo com problemas na minha menstruação que, segundo o médico, poderia ser devido à prolactina alta. A minha menstruação vem uns 4 dias como borra de café depois dá uma parada de dois a três dias e vem a menstruação mais forte que permanece mais uns três ou quatro dias.

Isso é normal? É por causa da prolactina? Acho que isso está dificultado em saber quando realmente estou no período fértil. Entra ciclo e sai ciclo e não consigo engravidar. Será possível eu engravidar com essa medicação? Por que quando a gente quer engravidar aparecem tantos problemas?

Conto com sua ajuda para esclarecer essas dúvidas.

Obrigada,

Ericka

Resposta

Prezada Ericka,

Em geral, quem é portadora de hiperprolactinemia começa apresentar alterações progressivas da menstruação consistindo na diminuição do fluxo menstrual, atrasos menstruais e, por fim, falta de menstruação. Quando isso ocorre, na maioria das vezes a prolactina encontra-se com valores acima de 80ng/ml.

Outros problemas podem levar a aumento de prolactina, tais como hipotiroidismo, síndrome dos ovários policísticos, uso de medicamentos, etc.

Portanto, penso que para afirmar seu diagnóstico, outras causas de sangramento uterino anormal e aumento de prolactina tenham sido investigados.

Abraços,

Cláudia Gazzo

HCG

A partir de quantos dias, depois da fecundação, o nível de HCG aumenta e fica detectável?

Obrigada.

Resposta

Prezada Tatiane,

O hormônio mais específico para o diagnóstico de gravidez é a fração beta do hormônio gonadotrofina coriônica (Beta - HCG).

Quando ocorre a fertilização do óvulo, o Beta HCG pode ser detectado no sangue materno por volta do oitavo dia após a ovulação.

Abraços,

Cláudia Gazzo

CICLO IRREGULAR

Oi Cláudia,

Bom dia!

Meu nome é Jane, tenho 28 anos, estou casada há quatro anos e estou tentando engravidar há cerca de oito meses. Até agora nada. Meu ciclo não é regular, então meu médico receitou Clomid, mas a bula deste medicamento diz que ele é indicado somente para quem não ovula, o que não é o meu caso, já que fiz ultra-sonografia transvaginal e o próprio médico disse que um dos ovários estava um pouco maior porque havia ovulado há poucos dias.

O medicamento também tem um monte de contra-indicações. Ele (o médico) também não pediu nenhum outro tipo de exame para saber se tinha outros problemas. Então resolvi não tomar o medicamento. Você acha que o médico foi um pouco precipitado? Você acha que eu deveria ter tomado o Clomid?

Obrigada!

Jane

Resposta

Prezada Jane,

Um ciclo menstrual regular é aquele em que o intervalo entre os primeiros dias de cada período menstrual se repetem. Ou seja, a menstruação vem a cada 28, 30 ou 32 dias, com variação de até três dias entre um ciclo e outro. 95% dos ciclos menstruais regulares são ovulatórios, o que implica dizer que o contrário também é verdadeiro. Ou seja, ciclos irregulares são, em geral, anovulatórios. Porém , em alguns meses , a ovulação pode acontecer espontaneamente.

Quando uma mulher com ciclos regulares menstrua aproximadamente doze vezes ao ano, uma outra, com ciclos irregulares, pode ovular quatro ou cinco vezes ao ano, por exemplo, diminuindo, portanto, a taxa de fecundidade ao ano.

Caso seja feito o diagnóstico de oligoovulação (ovulações que ocorrem menos vezes ao ano), o tratamento vai depender da causa do problema. Assim, cabe ao seu ginecologista dar o diagnóstico e indicar a melhor conduta terapêutica.

Abraços,

Cláudia Gazzo

UTROGESTAN

Dra.Cláudia,

Fiz uma indução de ovulação e estou grávida de algumas semanas. Estou utilizando o Utrogestan 200 mg (não é fabricado pela Enila, é um medicamento francês do laboratório Besins International). Gostaria de saber se teria como me informar onde comprar esse medicamento mais barato através de algum representante em São Paulo.

Aguardo resposta. Obrigada pela atenção.

Cristiane Chaves

Resposta

Prezada Cristiane,

Antes de mais nada parabéns pelo sucesso. Espero que esteja tudo bem com você.

Infelizmente, o Utrogestan é um medicamento que, freqüentemente, apresenta problemas em sua revenda, além de ser um medicamento caro como qualquer outro tipo de progesterona utilizada para esse fim.

O que posso informar é o telefone dos delivery que trabalham com medicamentos importados para que faça uma pesquisa de preço: Remessa Rápida (tel. 0/xx/11/5581-4087), Entrega Rápida (tel. 0/xx/11/4330-8639/ 4125-6167), Plena (tel. 0/xx/11/6161-3456), ARP Med (tel. 0/xx/11/3024-3399), Solução Rápida (tel. 0/xx/11/5561-6001), SAR (tel. 0/xx/11/5589-3876), Qualifarma (0800-114757), Fertiline (tel. 0/xx/11/3064-3822 / 6463-3364) e Ultrafarma (tel. 0/xx/11/5591-1469).

Abraços,

Cláudia Gazzo

ENDOMETRIOSE

Prezada Claudia,

Tenho 28 anos e há três retirei um ovário e uma trompa por causa da endometriose. Atualmente o meu ovário tem vários quistos de endometriose e estou a tomar Decapeptyl (dois meses) para em seguida fazer F.I.V, tendo em vista que no ano passado fiz duas inseminações no Brasil e não consegui engravidar.

A minha dúvida é a seguinte: nas análises que fiz no quarto dia de menstruação, a FSH era de 3,65 e o Estradiol 17B de 155. Terei reserva ovárica?

Agradeço sua resposta.

Raquel

Resposta

Prezada Raquel,

Habitualmente, a maneira mais simples de avaliar a reserva ovariana consiste na dosagem sangüínea de FSH e estradiol no segundo ou terceiro dia do ciclo menstrual espontâneo (ou induzido se a paciente não menstrua normalmente).

Os valores considerados normais variam em função de cada grupo populacional estudado em cada serviço. De modo geral, os valores normais estão compreendidos entre 10 e 12 UI/ml para FSH e até 50 pg/ml para estradiol.

Se o FSH estiver normal, ou seja, abaixo de 10 - 12 UI/ml e o estradiol acima de 50pg/ml, recomenda-se a realização do teste do citrato de clomifeno, pois o FSH pode estar normal às custas de estradiol alto.

O teste do clomifeno consiste na ingestão de 100mg de acetato de clomifeno administrados do quinto ao nono dia do ciclo menstrual e são dosados FSH e estradiol no terceiro e décimo dia do ciclo. Espera- se encontrar valores de FSH dentro da faixa de normalidade depois do uso de citrato de clomifeno.

Abraços,

Cláudia Gazzo

ULTRA-SOM

Cara dra.Claudia,

Preciso muito de sua ajuda. Hoje fiz um ultra-som endovaginal e acusou "imagem anecoica alongada anexial direita". Você poderia me dizer o que é isso? Já fiz a histe, mas graças a Deus não deu nada. Estou tentando engravidar já faz um ano e nada. Tenho 30 anos. Aguardarei respostas.

Um grande abraço.

Resposta

Prezada Ana Paula,

A imagem anecóide anexial relatada no laudo do ultra-som não tem diagnóstico preciso, pois o ultra-som é um exame muito sensível, porém pouco específico para certas patologias, principalmente das tubas uterinas.

Anexo uterino significa tubas ou ovário, de modo que a imagem cística (anecóide) relatada pode ser de origem tubária ou ovariana.

As patologias mais freqüentemente encontradas com essas características (cística e alongada) são tubárias, tais como hidrossalpinge (acúmulo de líquido em tubas dilatadas e obstruídas), hidátide de Morghani ( pequeno cisto da parte terminal das tubas).

O diagnóstico de certeza muitas vezes requer a indicação de laparoscopia (cirurgia que permite a visualização dos órgãos abdominais através da realização de pequenas incisões).

Abraços,

Cláudia Gazzo

GRAVIDEZ

Dra. Cláudia,

Boa noite!

Em primeiro lugar, parabéns pelos artigos publicados na Folha. Suas respostas são sempre muito objetivas e claras.

Minha noiva está com a menstruação atrasada há 22 dias. Optamos pelo teste de gravidez vendido pelas farmácias e deu negativo. Mesmo assim, como o ciclo não se normalizou após alguns dias, fizemos o Beta HCG e o resultado foi não conclusivo. Isso porque os parâmetros do laboratório indicam que, para ser considerado positivo, o teste deveria dar acima de 30mm/ml e o exame deu 13,5. Nesse caso, ainda segundo o exame, o diagnóstico considerado negativo seria abaixo de 10mm/ml.

O teste da farmácia é mesmo seguro? Quais são as chances de gravidez nesse caso? Existe alguma outra situação de aumento do Beta HCG sem gravidez? Como a menstruação já está atrasada há 22 dias, caso houvesse mesmo a gravidez, haveria alguma dúvida no teste? O Beta HCG já não estaria em níveis bem mais elevados nesta altura da gestação?

Obrigado e um abraço.

Rubens

Resposta

Prezado Rubens,

O exame mais seguro para diagnóstico de gravidez é o Beta HCG sangüíneo, pois dependendo do teste urinário, a sensibilidade do método pode ser mais baixa.

Exame cujo resultado é duvidoso deve ser repetido, além de associado à história clínica da paciente, assim como ao exame físico ginecológico.

Quando uma mulher menstrua e ovula regularmente, quando grávida, vinte e dois dias de atraso já seriam suficientes para o exame urinário ser detectável com níveis apropriados. Outras situações, tais como ovulação tardia, erro de data menstrual, etc. merecem atenção para o diagnostico correto.

Gravidez ectópica ( fora do útero), ameaça de abortamento, assim como câncer de ovário (este muito raramente) são condições médicas também a ser consideradas.

Abraços,

Cláudia Gazzo

FALTA DE GRAVIDEZ

Boa noite, dra. Claudia,

Parabéns pelo seu trabalho!

Tenho 22 anos, namoro há 3 anos e nunca engravidei. Não utilizo nenhum método anticoncepcional e não temos nenhum problema. Por que isso acontece? O que devo fazer? Esses tratamentos sao demorados?

Obrigada,

Juliana

Resposta

Prezada Juliana,

A investigação de infertilidade conjugal é iniciada após um ou dois anos de tentativa, mantendo o casal relações sexuais regulares (cerca de três vezes por semana ou, pelo menos, durante o período ovulatório da mulher), sem uso de qualquer contraceptivo e sem que uma das partes tenha algum antecedente que autorize o tratamento imediato não necessitando a espera de um ano, tal como atrasos menstruais importantes (ciclos longos e irregulares), história de endometriose, doença inflamatória pélvica, caxumba seguida de orquite no homem, testículos que não desceram à bolsa escrotal, varicocele, etc.

A rotina da investigação do casal compreende a consulta médica e exame físico, assim como a realização de dosagens hormonais no sangue, ultra-som transvaginal, histerossalpingografia, espermograma e histeroscopia. Tudo isso pode ser realizado em um período menor que dois meses.

O tratamento e sua duração dependerá do diagnóstico feito.

Abraços,

Cláudia Gazzo

PROLACTINA

Boa tarde!

Vou ser bem direta. Há algum tempo apresento um líquido(espécie de leite) que saem dos meus seios quando apertados. Como na época que descobri tal líquido procurei uma ginecologista e ela me falou que devia ignorar pois era um problema de hormônio, não me importei. Na época tinha 19 anos. No entanto, agora, aos 25 anos, um médico me alertou que eu devia fazer um exame de sangue e foi detectado que minha prolactina estava em 39. A médica achou que está alta e que isso poderia dificultar que eu engravidasse. Estou há mais ou menos 10 meses sem tomar anticoncepcional.

A médica me passou um comprimido (que não lembro o nome) para que eu tomasse durante 40 dias e agora terei que repetir o exame. Se der prolactina alta novamente terei que fazer o RX em sala turca(acho que é assim que se escreve).

O que eu gostaria da senhora é que me desse mais informações sobre essa doença para que eu fique tranqüila, pois infelizmente ainda não encontrei um médico que me dê informações precisas.

Desculpe o tamanho do texto é que realmente estou um pouco triste por achar que não vou poder engravidar.

Por favor me responda logo!

Obrigada.

Tatiane

Resposta

Prezada Tatiane,

A principal função da prolactina em seres humanos é estimular a produção de leite durante a o período gestacional e puerpério. Fora dessa fase, níveis altos de prolactina podem ocasionar a secreção láctea e provocar distúrbios menstruais.

Dependendo da técnica e do laboratório, níveis de 5 a 25 ng/ml são normais, acima de 100 ng/ ml sugerem presença de tumores benignos na glândula que produz prolactina (hipófise). Níveis intermediários podem estar associados a outras doenças, como hipotiroidismo e síndrome dos ovários policísticos. Em geral , níveis acima de 80 ng/ml causam falta de menstruação.

Recomenda-se colher amostra de sangue para dosar prolactina pela manhã em jejum, estando a paciente em repouso, pois o estresse aumenta os níveis desse hormônio.

As causas de hiperprolactinemia são inúmeras e, curiosamente, para quem desconhece, o próprio estímulo mamilar (apertar o bico do seio, por exemplo) pode ocasioná-la.

O tratamento visa a correção da galactorréia, correção da irregularidade menstrual, assim como controle do crescimento do tumor benigno da hipófise, se presente.

Cabe lembrar que nem toda galactorréia tem que ser tratada por não estar associada a nenhuma doença.

Abraços,

Cláudia Gazzo

DÚVIDA REMÉDIOS

Dra Claudia,

Fiz uma videolaparoscopia em fevereiro de 2003 e foi confirmada endometriose no ovário esquerdo. Depois da cirurgia usei Zoladex por seis meses.

Em setembro de 2003 terminei o tratamento e, desde então, estou tentando engravidar e nada. Meus exames deram todos normais, endometriose controlada, espermograma do meu marido normal e nada.

A minha médica resolveu optar pelo uso do Clomid + Premarim. Ainda não comecei a usar, mas devo dizer que a bula do Clomid me deixou bastante assustada e apreensiva. Será que é seguro ?

Tenho 36 anos e há oito meses estou tentando engravidar e nada. Um certo médico me indicou o uso de Duphaston, mas soube que ele serve para segurar o feto quando se engravida.

Quero entender, afinal, o que devo usar. Estou muito confusa. Devo começar o Clomid ainda neste mês de maio, mas estou cheia de dúvidas. Dá para me ajudar? Por favor me esclareça essas dúvidas.

Obrigada,

Adenilza

Resposta

Prezada Adenilza,

O tratamento da endometriose depende do tipo, localização e extensão da doença (mínima, leve, moderada ou grave).

Os mecanismos da endometriose que levam à infertilidade compreendem desde alterações anatômicas dos órgãos comprometidos até o envolvimento do sistema imunológico.

Infelizmente a endometriose ainda é uma patologia enigmática, pois a causa da doença e, conseqüentemente, seu tratamento não são completamente desvendados pela ciência.

Classicamente o tratamento consiste em remoção cirúrgica por laparoscopia dos focos endometrióticos e complementação medicamentosa para os casos moderados e graves.

Na endometriose mínima ou leve, após a cirurgia costuma-se aguardar uma gravidez espontânea até o período de um ano de tentativa. Pacientes acima de 35 anos, o tempo pode ser abreviado e não se descarta a indicação de inseminação intra-uterina e/u fertilização in Vectra.

Cada caso deve ser analisado individualmente.

Abraços,

Cláudia Gazzo

FALHA DE TRATAMENTO

Claudia,

Boa tarde!

Meu nome é Fabiana, tenho 26 anos, um filho do meu primeiro casamento e agora, no segundo casamento, não consigo engravidar.

Meu marido tem 27 anos e já fizemos todos os exames de investigação de fertilidade e não encontramos nada.

Já fiz quatro inseminações sem sucesso e uma fertilização in vitro (que ocorreu em 25 de dezembro do ano passado), mas a gestação só chegou até a oitava semana. Tive um aborto retido.

Havia desistido de novos tratamentos, pois tomei muitos remédios e com isso ganhei 12 quilos e tive um estresse emocional muito grande, além dos gastos financeiros que foram consideráveis.

Enfim, gostaria de agendar uma consulta, pois não consegui (apesar de ter tentado) desistir de ter mais um filho. Isso é difícil, tendo em vista que na primeira gravidez engravidei tomando anticoncepcional.

Aguardo uma orientação.

Grata,

Fabiana

Resposta

Prezada Fabiana,

Antes de mais nada gostaria de expressar minha solidariedade em relação ao seu sofrimento.

Infelizmemte ainda hoje há causas de infertilidade conjugal não passíveis de identificação clínica. Sabe- se, por exemplo, que o espermatozóide pode não conseguir fertilizar o óvulo e que o embrião pode não conseguir se implantar no útero. Esses fatores são causas de infertilidade, porém não há testes existentes para constatá-los.

Quem sabe não seja um desses fatores o responsável pela falta de sucesso desejado?

Penso que, se ainda não os fez, os testes relacionados à imunidade e presença de auto-anticorpos para algumas doenças poderiam ser realizados. As doenças de caráter imunológico podem interferir com a fertilidade, implantação embrionária e abortamentos. Requerem tratamento específico de acordo com o diagnóstico.

Se tudo estiver normal, o tratamento clássico para infertilidade conjugal sem causa conhecida consiste na fertilização in vitro, após falha até de três tentativas de inseminação intra-uterina.

Abraços e boa sorte.

Cláudia Gazzo

GRAVIDEZ

Boa tarde.

Estou com uma dúvida e gostaria que alguém pudesse me ajudar. Minha última menstruação foi no dia 20 de março de 2004. No dia 20 de abril suspeitei da gravidez. Fiz o teste de farmácia que deu negativo. Marquei uma consulta com meu médico no dia 26 de abril e ele pediu o Beta HCG. Fiz e deu 344ml, positivo de poucas semanas.

Retornei no meu médico e foi pedida uma ultra-som para saber a idade gestacional. Fiz no dia 7 de maio. Quando foi constatado que havia um saco gestacional medindo 16mm e não visualizou o embrião. Fiquei apavorada.

Liguei para meu médico e ele pediu um novo Beta HCG. Fiz e deu um resultado de 5.250ml. Bom prognóstico. Marcamos uma ultra-som para o dia 17 de maio. Aí vem a dúvida. Será que ainda estou grávida? O saco gestacional vazio secreta o Beta HCG? Será que fiz as contas erradas? Será que mesmo com esse tamanho de saco não daria para ver o embrião? Mesmo sem ter sintomas posso ter feito um aborto? Na próxima ultra-som tem que aparecer o embrião? Existem casos extremos de medida desse saco gestacional e quais são?

Me ajude, tenho uma filha de 6 anos e gostaria muito de engravidar novamente!

Obrigada de coração.

Georgiana

Resposta

Prezada Georgiana,

Não vejo motivos para preocupação. Para se ter uma idéia, o saco gestacional deve ser visibilizado no interior da cavidade uterina com níveis séricos de Beta HCG a partir de 1000 mUI/ml; a vesícula vitelínica quando acima de 7.200 mUI/ml e o embrião com batimentos cardíacos quando maiores que 10.800 mUI/ml.

Gestação anembrionada (sem embrião visível ao ultra-som devido morte fetal precoce) é diagnosticada quando na presença de um saco gestacional maior que 11mm não se consegue ver a vesícula vitelínica ou quando maior que 18mm não se consegue visualizar o embrião.

Abraços e boa sorte.

Cláudia Gazzo

APENDICITE

Olá Claudia,

É possível uma baixa produção de espermatozóides (1 milhão) ser causada por uma apendicite supurada? Teria algum tratamento?

Patricia

Resposta

Na verdade, não seria bem a apendicite supurada a causadora da baixa produção de espermatozóides, mas sim a provável febre que o paciente tenha apresentado.

A elevação da temperatura testicular pode influir na espermatogênese, produzindo vários tipos de alterações no sêmen, que se manifestam apenas cerca de três meses após, uma vez que o período necessário para transformação de uma célula jovem em espermatozóide é de 75 dias e para atravessar toda a via canalicular são necessários mais 15 dias.

Conseqüentemente , todo o resultado de qualquer tratamento deve ser avaliado após 3 meses pelo menos.

Abraços,

Cláudia Gazzo

ZOLADEX

Oi Claudia,

Tudo bem?

Achei muito interessante esse espaço e gostaria de perguntar quais os efeitos colaterais do uso de Zoladex, pois meu médico diagnosticou endometriose grau leve e tenho 32 anos e estou com receio de utilizar.

Um abraço.

Patricia

Resposta

Prezada Patrícia,

O Zoladex é um hormônio sintético análogo do LHRH ( hormônio produzido em um local do cérebro ). A administração contínua do medicamento leva à queda das concentrações sangüíneas de estradiol (hormônio ovariano) que acontece notadamente por volta do 20º dia após administração da primeira ampola. Com o tratamento contínuo , os níveis de estradiol permanecem baixos comparáveis ao estado de menopausa.

Doenças cujo crescimento é alimentado pelo estradiol, portanto, podem regredir ou desaparecer.

As usuárias do medicamento costumam deixar de apresentar menstruação, podem sentir ondas de calor e ressecamento vaginal. Não se recomenda o uso por tempo superior a seis meses por haver a possibilidade de desenvolvimento de osteoporose. Hipertensão, embora com menos freqüência, pode ser relatada.

Em geral, os sintomas são transitórios e suprimidos cerca de 12 semanas após a interrupção do tratamento.

Abraços,

Cláudia Gazzo

CISTO OVARIANO

Me chamo Luciana, tenho 30 anos e comecei a tentar engravidar em fevereiro de 2003. Após oito meses, ou seja, em outubro de 2003 engravidei no primeiro ciclo com o Clomid e tive uma gravidez anembrionária fiz uma curetagem em 17 de novembro e minha menstruação veio normal em 18 de dezembro, após 30 dias.

Tive que evitar por três meses por conta de problemas de troca de plano de saúde. Liberei há dois meses e nada. Fiz uma ultra-som próximo de menstruar e apareceu um pequeno cisto no meu ovário esquerdo medindo 1,31cm, (é funcional?). Quanto ao ovário direito a textura está conservada e o útero medindo 7.3 x 4.6 x 3.7 cm (65.0 cm3) textura sônica conservada. Eco endometrial medindo 0.79cm fundo de saco posterior sem alterações ecográficas evidentes.

É normal meu período fértil ser de 10 de maio a 14 de maio e no dia 18 de maio já começar a ficar com os seios doloridos? Esse cisto é algo preocupante? Tenho medo de engravidar e acontecer novamente. Isso pode ocorrer (gravidez anembrionária)?

Quando engravidei aconteceu algo interessante: pedi para o meu médico para fazer ultra-som seriada para investigar a ovulação e ele falou que não seria necessário, mas passou um exame de progesterona que, para minha surpresa, mostrou um índice muito baixo, tanto que pensei que com certeza não iria engravidar naquele mês, mas foi o contrário, estava grávida. Esta baixa de progesterona deverá ter sido a causa de o feto não desenvolver?

Gostaria imensamente que respondesse às minhas dúvidas.

Grata desde já.

Luciana

Resposta

Sim, é muito comum a mastalgia pós-ovulatória. Aliás, este é mais um indício de que você está ovulando.

O cisto não é preocupante. Essas características ultrasonográficas são de um cisto funcional, provavelmente pós-ovulatório.

Uma nova gravidez anembrionária pode sim acontecer, porém, muito raramente, a principal causa de gestação anembrionada é genética, de difícil repetição. Se tivermos duas gestações anaembrionária torna-se necessário uma avaliação genética e hormonal mais detalhada.

A causa de uma gestação anaembrionada é genética. A dosagem baixa de progesterona foi o efeito de uma gravidez não evolutiva e não a causa.

Arthur Dzik

ANOVULAÇÃO CRÔNICA

Oi Cláudia,

Desculpe a insistência, mas estou te enviando mais um email, agora bem preciso. Descobri que tinha anovulação crônica quando notei que saía leite dos meus seios. Corrigi esse problema com o Tenag e os níveis de prolactina voltaram ao normal. Desde então venho tentando engravidar há um ano e meio, quando comecei a tomar Clomid 50 mg e apresentei diarréias horríveis por causa do remédio. Meu médico então resolveu trocar pelo Serophene e até hoje ando tomando ele, só que 100 mg (2 x 50), no quinto dia após a menstruação e depois de uma semana começa o período fértil, desta vez o meu médico indicou Profasi 5000 em associação para tomar no inicio do meu período ovulatório. Só que na cidade onde eu moro e nas vizinhas ninguém consegue achar essa injeção.

Por que mesmo nos níveis normais sai ainda um pouquinho de leite dos seios? Para que serve essa Profasi 5000 e qual seria o passo a seguir deste tratamento? É necessário se fazer uma videolaparoscopia? Meu médico disse que só em ultimo caso. Qual a sua opinião?

Obrigada !

Mônica

Resposta

Prezada Mônica,

A hiperprolactinemia (que provoca a saída de leite dos seios) é uma das causas de anovulação crônica, mas existem outras. O primeiro passo seria talvez baixar ainda mais a dosagem de prolactina com outras medicações, como a Bromoergocriptina.

Você necessita realmente induzir a ovulação com monitoramento ultrassonográfico seriado. Se não for possível na sua cidade, não indicamos a indução, pois pode haver risco de gravidez múltipla e isso é um problema...

O Profasi (Gonadotrofina Corioônica Humana) é uma medicação para datear a postura ovular para a realização do coito programado. A videolaparoscopia teria eventual indicação se o resultado de um exame mais simples, como a histerossalpingografia, apresentasse alguma alteração nas suas trompas.

Arthur Dzik

GRUPO SANGÜÍNEO

Oi, tudo bem?

Meu nome é Edson e queria saber se pode haver problemas se um homem do grupo sangüíneo A negativo e uma mulher do grupo sangüíneo B positivo tiverem um filho.

Agradecia que me ajudasse com esta questão.

Obrigado.

Resposta

Não, o problema poderia acontecer se a mulher fosse RH negativo e o marido RH positivo com um filho RH positivo. Nesses casos ainda existe a vacina (Rogan, Matergam) para evitar a eritroblastose fetal numa eventual gestação posterior.

Arthur Dzik

Abs,

Cláudia Collucci
Cláudia Collucci, repórter da Folha de S. Paulo, é mestre em História da Ciência pela PUC-SP e autora dos livros "Por que a gravidez não vem?", da editora Atheneu, e "Quero ser Mãe", da editora Palavra Mágica. Escreve quinzenalmente na Folha Online.

E-mail: claudiacollucci@uol.com.br

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