Colunas

Quero Ser Mãe

01/08/2002

Espaço do leitor

ADOÇÃO

Cláudia, gostaria de parabenizá-la por sua matéria, dizendo que eu concordo com tudo isso que você escreveu. Que o governo e o Ministério da Saúde não dão importância para os casais e falam simplesmente para esses casais que "eles" têm coisas mais importantes para se preocupar.

Eu falo isso porque passei por esse problema, hoje superado, mas que na época magoou muito a mim e à minha esposa. Procuramos ajuda nos órgãos públicos e nos disseram simplesmente que era para adotarmos uma criança, porque "por qual motivo o governo vai financiar tratamento de infertilidade quando as ruas estão cheias de crianças sem pai e sem mãe, e que os orfanatos também estão cheios e representam muita despesas".

Só que todos esquecem que, assim como toda mulher sonha em se casar de véu e grinalda numa igreja bem bonita, também sonha em engravidar e desfilar com sua barriga enorme como todo mundo faz. Graças a Deus hoje tenho um filho lindo e maravilhoso (adotado), porque depois de duas tentativas de fertilização in vitro não conseguimos ter um biológico e gastamos todas as nossas economias e nosso tempo.

Deus nos iluminou e colocou esse filho tão sonhado nas nossas vidas. Filho esse que se tivesse nascido do meu espermatozóide e do óvulo da minha esposa talvez não seria tão maravilhoso. Duro foram as mágoas e os traumas sofridos durante todo o tratamento. É um tratamento que mexe com todo o lado emocional e financeiro de qualquer casal. A ansiedade quase sufoca e quando o exame de gravidez dá negativo é como se o mundo tivesse desabado sobre o casal. Quem sabe as pessoas que me incentivaram a adotar uma criança não estavam certas?

Mas esse assunto é outro assunto, e o processo legal para adoção também é bastante complicado e angustiante. Graças a Deus também já é uma página virada em minha vida. Vocês também poderiam escrever sobre esse assunto de adoção, que tal? Grande abraço,

Valmir

Valmir, obrigada pelo retorno e parabéns por terem se permitido viver essa fantástica experiência da adoção. Abordei essa questão ano passado, na ocasião do Dia das Mães (clique aqui para ler a coluna "Um olhar diferente sobre adoção"). Há também um artigo da escritora portuguesa Clara Pinto Correia, uma amiga muito querida, que depois de fazer cinco tentativas de FIVs, decidiu adotar dois meninos e está muito feliz. Clique aqui para ler o artigo.

Abraços,

Cláudia Collucci


TRATAMENTO GRATUITO

Já fiz uma tentativa de fertilização in vitro e não deu certo. A grana acabou e, no momento, estou desempregada. Parabéns pelo livro. Gostaria de saber se há tratamento gratuito no Brasil, especialmente no Nordeste.

Ana

Ana,

infelizmente não conheço nenhum centro que faça FIV gratuitamente no Nordeste. O único local no Brasil onde o tratamento é totalmente gratuito, incluindo os medicamentos, é no Hospital Pérola Byngton, em São Paulo, onde, aliás, há uma fila de espera para mais de um ano.

Abraços,

Cláudia Collucci


PERDAS GESTACIONAIS

Cláudia, parabéns!!!!!! Você já deve ter lidos centenas de e-mails de agradecimentos pela sua dedicação. Suas respostas não são apenas "técnicas", envolvem também sensibilidade, atenção e preocupação.

Estou com uma dúvida cruel. Vou contar um pouco do meu problema, será melhor para que entenda minha dúvida. Sofri duas perdas, uma em 97, no primeiro trimestre. Com muita insistência (minha), o médico acabou descobrindo que eu tinha útero bicorno e septado. Fiz cirurgia corretiva do septo em fev/2000, usei DIU por seis meses e em jul/01 engravidei novamente. Passei então pela segunda perda, já com 19 semanas. Foi constatado depois que eu tenho IIC - incompetência istmo cervical, ou seja, para a próxima gestação, terei de passar pela cerclagem. O fato é que após algumas consultas, acabei encontrando um especialista em reprodução humana. Então, foi pedido alguns exames, inclusive o teste pós-coito. Soube do meu médico que o TPC -teste pós coito- deu negativo. A conduta médica foi a de repetir o exame no 15º dia (tenho ciclo de 33 dias) do próximo ciclo, além de pedir o espermograma do meu marido.

O resultado do espermograma no ano passado foi normal. Este ano meu marido não fez o exame porque não quer. Ele está um tanto revoltado com essas perdas, fracassos, etc. Fiquei muito triste com o resultado do TPC, mas, ao mesmo tempo, fiquei encucada. Não tenho mais como confiar de imediato nos médicos, entende? Minhas perguntas:

  • É possível haver essa tal rejeição ao esperma, mesmo tendo engravidado duas vezes?
  • Pode haver alterações externas no teste, ocasionando erro no resultado?
  • Posso fazer apenas o teste de avaliação do muco para comparar os resultados?

    Por favor, tente me ajudar. Preciso de uma orientação. Já li em sua coluna que o Dr. Eduardo Motta afirma que mais de 70% dos casais acabam engravidando espontaneamente.

    Tenho 30 anos e um desejo imenso de ser mãe. Obrigada por estar entre nós.

    Adriana Moraes

    Cara Adriana

    Segue a resposta do médico Rodrigo Pagani. Eu acrescentaria a seguinte dica: peça ao seu médico que investigue também possíveis problemas imunológicos, que também podem ser a causa das perdas gestacionais. Escrevi recentemente uma coluna sobre isso (clique aqui para ler "Abortos podem ser causados por problemas imunológicos").

    Abraços,

    Cláudia Collucci

    Resposta do médico Rodrigo Pagani

    O teste pós-coital é extremamente controverso. É muito difícil encontrar um teste que seja bem realizado. Por isso, costuma-se não dar valor a esse teste. O mais importante é a qualidade do seu muco, que é medido durante o período ovulatório. O fato de você já ter engravidado duas vezes com o sêmen do seu marido, já contradiz o resultado do exame. Peça ao seu marido que não desanime. A tarefa é bastante difícil, mas o resultado final é extremamente gratificante. O médico Eduardo Motta é um excelente ginecologista na área de reprodução e tem bastante experiência com cerclagem.


    INFERTILIDADE MASCULINA

    Cláudia, você está de parabéns pelo trabalho que vem fazendo. Após ler algumas de suas matérias, brotaram as minhas esperanças de ser pai biológico. Gostaria de esclarecer uma grande dúvida. Sou casado há dois anos, tenho 28 anos de idade e há mais ou menos três anos descobri minha infertilidade através de um exame de rotina (urologista). Fiz dois espermogramas que revelaram que a produção é baixa e todos são mortos. Inconformado, pedi ao meu médico uma certeza dos fatos e ele solicitou uma biópsia de testículos. Pelo resultado, há atrofia germinativa.

    Gostaria de saber se eu tenho alguma chance de ser pai biológico, se sim, me indique, por favor, um hospital aqui em São Paulo que ofereça este tipo tratamento gratuitamente. Grato

    Odair

    Odair, o único hospital que faz esse tipo de tratamento gratuitamente em São Paulo é o Pérola Byngton. Sei que a fila de espera por lá é bastante longa, mas vale a pena tentar. Segue abaixo a resposta do médico Rodrigo Pagani.

    Abraços,

    Cláudia Collucci

    Resposta do médico Rodrigo Pagani

    Hoje em dia, a ICSI (a técnica de Fertilização in Vitro mais moderna que existe) resolve o problema de homens como você. No entanto, antes de pensar em algum tratamento, deveríamos tentar descobrir a causa para sua baixa produção. Tenho certeza de que a Cláudia lhe dará nomes de especialistas em infertilidade masculina altamente referendados e lugares onde você pode ter o melhor tratamento possível.

    Cláudia, descobri este site recentemente e depois disso não consegui mais deixar de ler. O seu trabalho me traz muitos esclarecimentos, além de consolo. Eu não imaginava que o número de casais com problemas para ter um bebê fosse tão grande. E fico feliz em saber, pelos depoimentos, que algumas mulheres conseguem realizar esse sonho. Que as causas podem ser diversas, mas que na maioria dos casos há tratamentos e que existem recursos para vencer as tão difíceis barreiras. Não devemos desanimar.

    É por acreditar nisso que estou escrevendo. Tenho 32 anos e estou há dois anos tentando uma gravidez. Fiz alguns exames básicos, que deram resultados normais (tenho ovulação normal). Diante disso, meu médico sugeriu que meu marido procurasse um urologista e fizesse um espermograma e que, dependendo do resultado, ele prosseguiria com os meus exames. No primeiro espermograma o resultado foi baixo -12 milhões. O médico explicou que isso poderia estar acontecendo por vários fatores, entre ele o estresse. Solicitou o segundo, que teve um resultado de 13 milhões. Por recomendação do urologista, meu marido passou a tomar Clomid por 30 dias e fez novamente o espermograma, que deu um resultado de 40 milhões. Nesse período, conheci sua coluna e li que esse medicamento não era recomendado e que a invalidade desse tratamento já foi discutida em um consenso que reuniu 44 urologistas do país. Diante disso, meu marido mudou de médico, fez novamente um espermograma -o quarto-, que teve um resultado baixo. Esse urologista disse que não indicava o uso do Clomid, mas que como o resultado desse terceiro exame (40 milhões) tinha se elevado, ele achava que poderia ser feito uma nova tentativa no uso do Clomid, agora por 90 dias e, após esse período, fosse feito um novo exame.

    Meu marido está tomando há 30 dias, ainda faltam 60. Este mesmo médico também diagnosticou uma varicocele acentuada do lado esquerdo, mas explicou que a cirurgia não era recomendada, devido a idade do meu marido (37 anos). As chances de sucesso seriam de 30% somente. Ele disse que se o próximo exame não der bom resultado, devemos partir para as inseminações (o médico anterior não tinha diagnosticado essa varicocele, mesmo porque ele sequer examinou meu marido).

    Sendo assim, estamos totalmente em dúvida sobre qual caminho seguir. Minhas principais perguntas são: porque será que após o uso do clomid o exame teve uma elevação para 40 milhões. Será que foi esse medicamento que causou esta diferença de resultado? Meu marido deve continuar a tomar esse remédio? Quanto à varicocele, não é mesmo recomendada a cirurgia? Devemos procurar outro urologista? Eu deveria fazer outros exames mais detalhados? Será que nosso caso é mesmo de inseminação? Será que você poderia me indicar algum urologistas especialista em reprodução humana? Aguardo uma orientação, pois não sei exatamente que caminho devo seguir. Sei que não quero ficar parada, sem procurar alternativas e soluções para o meu caso. Sou uma pessoa tranquila e procuro não deixar a ansiedade se manifestar. Tenho alguns momentos de angústia, é claro, e fico triste, mas não deixo esses sentimentos tomarem conta da minha vida.

    Acredito que o meu dia vai chegar, por isso quero descobrir qual é o melhor caminho a seguir, quais são os problemas que realmente estão impedindo e qual o tratamento adequado.

    Agradeço imensamente pelo espaço e aguardo uma possível orientação. Um grande abraço,

    Cláudia Amadi

    Cláudia, segue a orientação do médico andrologista Rodrigo Pagani. Espero que esclareça algumas questões. O uso do Clomid para aumentar o processo de espermatogênese é mesmo bastante polêmico. Já li algumas pesquisas que mostram que, apesar dele aumentar em alguns casos o número de espermatozóide, isso não resulta em gravidez. É mais um mistério que a ciência não explica.

    Abraços,

    Cláudia Collucci

    Resposta do médico Rodrigo Pagani

    Estamos lidando com dois assuntos extremamente controversos. Primeiro, o uso do Clomid e segundo, o tratamento da varicocele. O Clomid, assim como qualquer outro tratamento hormonal para os homens, está indicado somente para alguns casos. A maioria dos homens não responde a esse tipo de tratamento, por isso, houve um consenso que estabeleceu que o uso indiscriminado dessa medicação não traria qualquer benefício. No entanto, seu marido teve a sorte de ser um dos poucos que responde ao tratamento. Logo, é válida a tentativa de estimular a produção dos espermatozóides novamente. Porém, é sabido que não necessariamente ele volte a responder.

    A varicocele também tem um tratamento bastante discutido. A Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, da qual faço parte, orienta que o homem que tiver infertilidade expressada com qualquer alteração no sêmen, tem a indicação da cirurgia. Sabemos também que alguns fatores influem na resposta, entre eles a idade. Tomo como conduta pessoal, operar os homens com varicocele que tiverem os exames hormonais normais, desde que a esposa não tenha outros problemas e que também não tenha a idade avançada. No caso do seu marido, que responde a medicação, também há uma chance muito boa de responder a cirurgia.


    OVÁRIOS POLICÍSTICOS

    Meu nome é Michelle, tenho 20 anos. Minha menstruação sempre foi irregular. Atualmente estou passando por uma fase bastante estressante em minha vida, com vários problemas emocionais. Para minha surpresa, parei de menstruar há quase dois meses. Fui à médica e fiz ultra-som. Foi constatado que tenho ovários policísticos e descontrole hormonal.

    Estou desesperada, tenho muito medo de ficar infértil. A médica me receitou um anticoncepcional, chamado Mirella, para regular minha menstruação. Pelo que entendi estou com dois problemas, descontrole hormonal e ovários policísticos. Um é consequência do outro? Com a pílula será possível tratar e ficar curada? Esse distúrbio pode ser consequência de estresse ou dieta severa? Por favor, me ajude a esclarecer essas dúvidas

    Um forte abraço,

    Michelle

    Resposta do médico Rodrigo Pagani

    O estresse e dieta severa podem sim influenciar no seu ciclo menstrual. Os hormônios são produzidos através do colesterol. Por isso, se você não estiver realizando uma dieta balanceada, pode não estar produzindo hormônios suficientes. A pílula irá corrigir o seu ciclo menstrual e poderá sim curá-la, mas é necessário comer direitinho. Só gostaria de deixar tranquila, que o seu caso é bastante fácil de ser resolvido e não precisa ter medo de ficar infértil.


    OVÁRIO POLICÍSTICO 2

    Sou portadora de SOP e estou tentando engravidar -sem sucesso- há quatro meses. Gostaria de saber quais as chances de uma pessoa como eu (tenho 23 anos e os sintomas são: cólicas, espinhas e irregularidade no ciclo) engravidar sem tratamento -se é que é possível.

    Fui a uma ginecologista e ela me disse que a SOP é uma característica e não uma doença, portanto não seria necessário tratamento, mesmo sabendo que gostaria de engravidar o quanto antes.

    Aguardo ansiosa um retorno. Atenciosamente,

    Valdilene T. Tunussi

    Valdilene, segue resposta do médico Rodrigo Pagani. Só gostaria de acrescentar que a investigação de infertilidade de um casal deve começar depois de um ano de tentativas. Quatro meses ainda é um período curto para se preocupar.

    Abraços,

    Cláudia Collucci

    Resposta do médico Rodrigo Pagani

    De fato, não é uma doença, e por isso é muito fácil de ser tratada. Costuma-se dizer que mulheres com SOP são ótimas para qualquer tipo de tratamento para infertilidade. No entanto, aconselharia você a procurar um especialista em reprodução humana, para ter certeza que é somente esse o problema, ok?


    INCOMPATIBILIDADE

    Claudia,

    Lendo uma coluna da Folha Online sobre as causas da infertilidade, me deparei com o assunto que não consigo resposta. Já fiz vários tratamentos para engravidar, sem sucesso. Então há quatro anos, adotei um nené. Agora voltei a tentar engravidar. Depois de tantos exames feitos antes sem apresentar problema nenhum, fizeram o teste pós-coito e descobriram que todos os espematozoides estavam mortos (isso porque eu insisti nesse exame). Quando fiz as duas inseminações, os espermatozóides precisaram ser colocados no óvulo. Os médicos dizem que pode ser incompatibilidade com meu marido, ou alergia, e que nenhum de nós dois tem problemas. Existe isso? O que é?

    Ouvi falar que existe um medicamento, pois não pretendo fazer mais inseminação -acho muito caro. Gostaria de ouvir a opinião de um especialista, pois nenhum médico fala direito. Será que há alguma clínica em Curitiba que faça inseminação de graça ou por convênio? Se não tiver solução para nosso caso, pretendo adotar uma menina, mas gostaria de engravidar. Se tiver remédio, gostaria de saber. Quem sabe resolve meu problema!!

    Agradeço desde já a sua atenção.

    Atenciosamente,

    Mylene

    Cara Mylene,

    O resultado do teste pós-coital pode indicar dois possíveis problemas: o seu muco cervical pode estar hostil, o que provoca a morte dos espermatozóides ao passarem pelo canal cervical. A hostilidade do muco pode ou não estar relacionada com uma baixa taxa de estrógeno. Os seus hormonais estão, ok? Outra coisa que precisa ser checada é qualidade dos espermatozóides do seu marido. Só um espermograma bem feito é capaz de dizer se eles têm motilidade e morfologia compatíveis para a migração até o óvulo. Outra questão que não ficou clara no seu e-mail: você disse que fez duas inseminações, mas que os espermatozóides precisaram ser colocados dentro do óvulo. Essa informação é incoerente. A inseminação consiste em selecionar uma quantidade de espermatozóides viáveis e injetá-los no canal cervical. A fertilização ocorre naturalmente. A técnica que consiste em colocar espermatozóide dentro do óvulo chama-se ICSI e é indicada para homens com poucos espermatozóides viáveis.

    Acho que você e o seu marido precisam conversar novamente com o médico e discutir essas questões todas. Perguntem sem receio e não saiam com dúvidas. Desconheço a existência de clínicas de reprodução assistida que façam o procedimento gratuitamente em Curitiba. Os convênios também não cobrem o tratamento.

    Abraços,

    Cláudia Collucci


    Olá, Cláudia,

    volto ao seu espaço para perguntar a você e, principalmente, às colegas leitoras, que informações têm para me dar sobre acupuntura para mulheres com problemas no ciclo, de ovulação...

    É que vi, há um tempo atrás, um anúncio de uma clínica que se dispunha a fazer três meses de tratamento, duas vezes por semana. Se a mulher não engravidasse, dizia o anúncio, o dinheiro era devolvido.

    Achei interessante para o meu caso (pois já foi constatado que não tenho nenhum problema de ordem anatômica dos órgãos), mas como nunca ouvi nenhum relato de sucesso dessa terapia, gostaria que me dessem indicações se pode valer a pena ou não. Será que é sério? Podem mais uma vez me ajudar?

    Obrigada e um abraço.

    Rose

    Rose, sempre desconfie de promessas milagrosas. Não existe comprovação científica nenhuma de que acupuntura garante uma gravidez. Sou adepta dessa técnica e sei, por experiência própria, que ela é excelente para diminuir a ansiedade e até regularizar o ciclo menstrual. Também conheço relatos de pessoas que conseguiram eliminar cistos ovarianos após tratamento com acupuntura. Mas, cada pessoa reage de maneira diferente. Assim como a homeopatia, a acupuntura trabalha a pessoa com um todo. É preciso que todo o organismo estava equilibrado. Por isso, acredito que profissional sério nenhum pode garantir uma gravidez após "x" meses. A gravidez pode até acontecer, mas nunca saberemos se foi em razão da acupuntura ou simplesmente porque aconteceu.

    Abraços,

    Cláudia Collucci


    FIV MAIS BARATA

    Oi Cláudia! Tudo bem? Primeiramente gostaria de parabenizá-la pelo site. Graças a Deus ainda existem pessoas que se preocupam, de uma certa forma, em ajudar seu semelhante.

    Cláudia, gostaria que você me informasse os endereços onde posso fazer uma FIV com custo mais baixo, pois este ano já fiz uma tentativa e não deu certo. Isso sem contar os gastos, que não tão baratos. Gostaria muito que você me desse uma luz, onde eu poderia procurar. Fique com Deus! Muito sucesso!!!!!

    Mônica

    Mônica,
    tenho conhecimento de alguns locais em São Paulo. O hospital Pérola Byngton é o único que faz o tratamento totalmente gratuito, mas há uma longa fila de espera. O Hospital São Paulo e a Santa Casa cobram apenas o medicamento, que, como você sabe, responde por metade do valor do tratamento. A clínica Santa Joana e a Asssociação para Estudos da Fertilidade têm preços até 40% inferiores aos praticados no mercado. Abraços,

    Cláudia Collucci


    COLUNA

    Oi Cláudia, somente hoje, 11/7/02, descobri sua coluna -excelente coluna. Como devo fazer para acessá-la diariamente? Ela é diária? Desde já, muito grata,

    Eliane

    Cara Eliane, obrigado pelo retorno. A coluna é quinzenal, embora no mês de julho, em razão das minhas férias, ela tenha sido publicada apenas uma vez.

    Abraços,

    Cláudia Collucci


    CLÍNICAS

    Cláudia, por favor, me informe quais são as clinicas mais reconhecidas e com melhores resultados na reprodução assistida aqui no Brasil.

    Hilda

    Hilda, é muito complicado te dar essa informação porque não há nenhum dado oficial que ateste esses resultados. Cada clínica fornece suas taxas de gravidez e de bebês nascidos (é sempre importante saber essa última porque a primeira pode facilmente maquiar a realidade). Portanto, o melhor caminho é trocar idéias com pessoas que já fizeram tratamentos em algumas delas para então se decidir. Desconfie de promessas milagrosas. As chances reais de gravidez a cada tentativa dificilmente ultrapassam a 30%.

    Abraços,

    Cláudia Collucci


    CLÍNICAS 2

    Prezada Cláudia, gostaria de ter informações de tratamento grátis para engravidar aqui no Rio de Janeiro. Obrigada!

    Marcia

    Marcia, desconheço qualquer local no Rio com tratamento inteiramente grátis.

    Abraços,

    Cláudia Collucci


    FILHO A QUALQUER PREÇO

    Oi Cláudia, Como é que está? É com muito prazer que lhe estou novamente a enviar um e-mail! Muitos parabéns pela tese, fico muito contente por si! Quanto ao seu artigo, concordo plenamente, mas... cuidado quanto à pergunta "se não é excesso de egoísmo querermos um filho a qualquer preço?" Eu lhe respondo prontamente que não, não é excesso de egoísmo! Isto porque é o próprio mundo dos férteis que nos diz que "um filho não tem preço", que "dava a minha vida pela do meu filho" e nós acreditamos e sabemos que é verdade.... Provavelmente é exactamente esse amor incondicional que todas nós queremos sentir custe o que custar, e achamos que é legitimo senti-lo.

    É esse amor incondicional que você começa a acumular, a acumular, por o filho que não vem, e fica desorientada por não o poder descarregar! Nós, os inférteis, não somos loucos, não andamos a sujeitarmo-nos a esta história toda de hormônios, injecções na barriga, frustrações e depressões por masoquismo, ou por capricho! É bom que todos entendam que "gerar uma vida" é muito importante para todos e os que não podem apercebem-se melhor disto! A solução não passa necessariamente ou imediatamente por fazer viagens com o marido, comprar um cão ou adotar uma criança e quando a solução passa por aqui é porque tudo isto já foi muito chorado, muito pensado e muito sofrido! Para esta aceitação do problema também "existe o momento certo"!!!!!!!!

    O que eu acho é que não me sinto no direito de dizer, seja a quem for, para parar! Só a própria pessoa é que sabe e sente qual deverá ser esse momento e se deverá existir. Mesmo que a dor de não ter um filho passe, seja de que forma for, tenho a certeza que vai existir sempre uma dorzinha pequenina na alma até ao fim. Resta-me respeitar esse querer -provavelmente eu também já quis assim- be não sei se vou voltar a querer dessa maneira que todos acham, até eu nesta altura, muito exagerada ou obsessiva........

    E olhe que eu estou a escrever isto mas sinto-me a grávida infértil mais feliz do mundo!!!! A nossa decisão de adotar uma criança foi muito pensada, mas hoje em dia já sinto o meu filho a crescer no meu coração e na minha alma, e já lhe estou a transferir todo o meu amor. Já penso e peço a Deus que ele seja feito com muito amor, que ele nunca sinta que a mãe o rejeitou, mas que apenas não pode cuidar dele, e que eu e o meu marido queremos muito ter um filho e por obra de Deus ou do destino é exactamente ele que cresce no nosso coração e vai ser nosso filho! A sensação de termos muito amor para lhe dar é fantástica!!!!

    E mesmo que até lá eu tenha um filho biológico, deste que cresce no meu coração já estou eu grávida ...se assim for melhor, eu sou filha única e nunca achei graça nenhuma!

    Continuo a agradecer-lhe do fundo da minha alma tudo o que têm feito por mim, você Cláudia e toda a sua equipe, que provavelmente não têm noção, mas têm feito muito mesmo!

    Mais uma vez obrigada e um grande beijo cheio de carinho da amiga portuguesa,

    Maria

    Maria, querida, concordo com cada palavra sua e quando eu disse "excesso de egoísmo" estava me referindo a casos muito particulares de tratamentos de reprodução assistida que podem trazer sequelas futuras às crianças. Cada dia mais me preocupo muito com a falta de ética existente nessa área e que muitos casais, por estarem excessivamente absorvidos pelo processo, nem ao menos param para refletir sobre as consequências de certos tratamentos.

    Falo especialmente da ICSI e da transferência de citoplasma. Segundo alguns especialistas, ainda serão necessárias mais três ou quatro gerações para se saber se essas técnicas são realmente seguras. É aí que me pergunto: vale mesmo a pena um filho a qualquer preço, mesmo que no futuro ele tenha doenças cromossômicas?

    Sabe Maria, cada dia me convenço mais de que muitos dos problemas de infertilidade de causas desconhecidas têm fundo puramente emocional e me irrito quando constato que a maioria dos médicos descarta esse fator e só preocupa com o lado físico da questão. Nos últimos meses, tenho recebido várias notícias de mulheres que engravidaram naturalmente, algumas com diagnósticos médicos de que a gravidez só aconteceria com a FIV.

    Minha última coluna foi uma divagação com propósito de provocação mesmo, no sentido de estimular o debate, de levar as pessoas a pensarem sobre tudo isso. Fiquei muito feliz com o seu e-mail porque acho que você captou bem o propósito da idéia. De coração, boa sorte na sua "gravidez", seja ela qual for. Saiba que gosto muito de ter notícias suas.

    Um grande beijo,

    Cláudia Collucci


    OVO CEGO

    Cláudia, primeiramente gostaria de parabenizá-la pela feliz idéia de abrir espaço para o assunto "infertilidade", que muitas pessoas não dão grande importância. Somente nós, que passamos por isso, sabemos quanto sofrimento e tentamos entender e procurar alternativas para solucionar esse problema. Após três anos de tentativas, quando já estava com médico marcado para fazer ICSI, descobri que estava grávida. Meu marido tem baixa produção de espermatozóides com baixa motilidade. Ele já fez a cirurgia da varicocele, tomou clomid + trimedal para estimular a produção e agora está fazendo acupuntura. Nem pude acreditar quando vi o teste positivo em minhas mãos, mas a minha alegria durou apenas 8 semanas... tinha somente o saco gestacional, mas não existia o embrião, ou seja, ovo cego.

    Conversando com outras pessoas, pude perceber que esta "infelicidade" tem acontecido com certa frequência, mas que não se sabe a origem. Gostaria de saber da opinião de algum especialista, se existe algum estudo ou diagnóstico das causas que levam uma pessoa a desenvolver um "ovo cego". Agradeço desde já e gostaria de compartilhar minha experiência com outras pessoas que tenham passado pela mesma experiência.

    Cara, até tentei pesquisar mais sobre o "ovo cego", mas não encontrei quase nada, apenas definições formais, bem no estilo da resposta do médico Fábio. A classe médica, de uma forma geral, não dá muita importância a esse fato, bastante frequente nas gestações e que, de forma alguma, prejudica ou influencia em uma nova gravidez. Já ouvi vários relatos de mulheres que, assim como você, viveram esse experiência. E, para todas, foi uma grande dor, porque, a partir do momento do teste positivo de gravidez, já se sentem carregando um filho. Um abraço,

    Cláudia Collucci

    Resposta do médico Fabio Macedo

    Uma gravidez sem o desenvolvimento de embrião não deve ser motivo de preocupação, logo não deveria procurar muitas respostas. Provavelmente esta gravidez teve uma falha no desenvolvimento embrionário, mas nada que deva interferir em uma nova gestação.


    LAPAROSCOPIA

    Oi Cláudia, eu sou a Rita que sempre escreve pedindo ajuda. Eu gostaria de saber se após uma laparoscopia eu posso retornar ao trabalho. É que eu vou fazer uma laparoscopia, mas não gostaria de ficar muitos dias fora do trabalho. Desde já te agradeço você e aos médicos que nos ajudam. Grata,

    Rita

    Resposta do médico Fabio Macedo

    O retorno às atividades após a laparoscopia normalmente se dá de 3 a 10 dias, dependendo da atividade que desenvolve e das condições da cirurgia.


    INSUFICIÊNCIA LÚTEA

    Boa tarde, Cláudia

    Sou admiradora do seu trabalho. Gostaria de tirar uma dúvida: estou tentando engravidar há um ano (novidade né??). Tenho insuficiência lútea. Quero saber se esse problema dificulta mesmo ou não, pois tenho encontrado informações muito desencontradas à respeito. Meu ciclo menstrual é regulado e o que sinto de diferente em mim são umas cólicas fracas no período fértil. Um abraço.

    Cíntia

    Resposta do médico Fábio Macedo

    Este diagnóstico está mais associado a abortamento, mas poderia ser causa de infertilidade, que é facilmente corrigido com reposição de progesterona natural. É aconselhável procurar também outras causas para a possível infertilidade.


    RESULTADO DE ULTRA-SOM

    Oi Cláudia

    Meu marido fez um ultra-som da bolsa escrotal. Eu gostaria de saber a definição do resultado porque não entendi e a nossa consulta vai demorar. Resultado: Quadro compatível varicoceles esquerdas calcificação (residual?) no testículo esquerdo. Essa foi a conclusão do ultra-som. Aguardo sua resposta. Um beijo e que Deus te abençoe.

    Resposta do médico Fabio Macedo

    Precisa associar todos os dados e não apenas a ultrassonografia. É importante saber se há alguma alteração a nível do espermograma. A cirurgia para correção da varicocele deve levar em consideração inúmeros aspectos, como o tempo de infertilidade, a idade do casal e qual o grau de comprometimento do exame do sêmen.


    CLOMID

    Até onde sei, não sou estéril, mas venho tentando engravidar há meses e nada! Gostaria de saber mais a respeito do uso do Clomid e quais seus efeitos e contra-indicações... Alguém pode me auxiliar?

    Cinthia

    Resposta do médico Fabio Macedo

    É uma droga que induz a ovulação e tem o seu grande benefício em pacientes que não ovulam. Deve ser orientada pelo médico, já que pode apresentar alguns efeitos colaterais relacionados à hiperestimulação e gravidez múltipla.


    CONDIÇÕES DOS ÓRGÃOS

    Gostaria de saber quais exames podem mostrar as condições necessárias dos órgãos reprodutivos femininos para que uma mulher engravide. Grata,

    Cecilia

    Resposta do médico Fabio Macedo

    Primeiramente esta avaliação só deve ser recomendada em mulheres que são portadoras de infertilidade. Avaliar a ovulação com dados clínicos (regularidade do ciclo e sinais sugestivos de ovulação), ultrassonografia ginecológica, avaliação da permeabilidade tubária (Histerossalpingografia), Histeroscopia (estuda a cavidade uterina) e laparoscopia (avalia ovários, trompas e presença de aderências ou endometriose).


    USG TRANSVAGINAL

    Venho também usufruir desse espaço e aproveito para parabenizá-los pela qualidade do serviço prestado. Gostaria de obter orientação com relação ao resultado de uma USG transvaginal solicitada pelo meu ginecologista, que poderá avaliá-la só daqui a dois meses, data do meu retorno.

    Pretendo engravidar, não tenho filhos ainda, estou com 36 anos, meu ciclo menstrual é regularmente de 28 dias, não faço uso de anticoncepcionais e o parecer final da USG foi: Útero com o volume conservado, apresentando leve alteração textural, compatível com miomas incipientes. Aumento volumétrico dos ovários, ambos com padrão polimicrocístico. Cisto simples contíguo no ovário esquerdo, provavelmente éxofitico ovariano.

    A informação que gostaria de obter é se existe necessidade e possibilidade de tratamento e se a presença dos cistos servem de impedimento para uma gravidez. Agradeço de antemão a atenção dedicada para o meu relato. Ciente de que maiores informações deverão ser prestadas pelo meu médico, gostaria apenas de uma informação técnica, a fim de amenizar a ansiedade e o longo tempo que terei de aguardar até o retorno ao meu médico.

    Um abraço

    Alice

    Resposta do médico Fabio Macedo

    Alice, um dado que não está muito claro é como um cisto é simples e ao mesmo tempo exofítico? Penso que ou seja uma coisa ou outra. Se é simples pode ser um cisto funcional que pode regredir espontaneamente ou com o uso de anticoncepcional por 8 a 12 semanas. Se é exofítico deve fazer uma laparoscopia diagnóstica. Leve seu exame ao seu médico para interpretar à luz da realidade.


    Boa tarde, Cláudia!
    Meu nome é Roberta Mara, tenho 26 anos e meu marido chama-se Marcos e tem 33 anos. Estamos na tentativa de uma gravidez desde novembro de 2001. Por volta do mês de abril resolvi procurar uma médica, pois estava achando estranho não ter conseguido engravidar até aquele momento. Meu ciclo estava normal até 30 dias no máximo, depois começou a ficar mais longo 33 dias. A médica resolveu me pedir dois exames (prolactina e progesterona), o prolactina estava normal, porém o de progesterona estava muito baixo 0,67, sendo que deveria estar no mínimo 10. Então ela me receitou Clomid.

    Comecei tomando um comprimido de 50 mg do 5 ao 9 dia desde que veio minha menstruação. Tomei dois meses e nada e o meu ciclo ainda continuou com 33 dias. Daí retornei da médica e ela resolveu pedir o espermograma do meu marido, pediu para eu dobrar a dose de Clomid, fazer outro exame de progesterona e retornar ao consultório. Os exames não ficaram prontos, mas já estou apavorada, pois estou com medo do remédio não estar fazendo efeito. Gostaria, se possível que você me dissesse, se devo ou não continuar com Clomid, se devo procurar outro médico ou se já devo fazer outros exames. Descobri o seu e-mail através da internet e espero poder contar com você. Um abraço.

    Roberta Mara

    Resposta do médico Fabio Macedo

    Acho que você está sendo bem assistida pela sua médica. Pela dosagem da progesterona você tem alguma dificuldade para ovular. A medicação de escolha inicial é o Clomid. O que você deve fazer é ter paciência e deixar o médico fazer o ajuste da medicação até que possa resolver o seu problema.


    MÃE FUTURA

    Oi Cláudia!
    Estou te escrevendo pela segunda vez e quero te agradecer de novo pelo seu trabalho, seu profissionalismo e sua disposição em nos ajudar nessa luta. Montei uma página pessoal na internet e um grupo de discussões chamado "Mãe Futura", onde eu e outras mulheres fazemos um intercâmbio de informações e apoio.

    Esperamos com isso, descobrir as melhores clínicas em eficiência e preço justo, além de saber as novidades em tratamentos alternativos e trocar experiências.

    Sua coluna têm nos fornecido informações importantes e nos ajudado a saber qual caminho seguir. O Fórum também é um espaço especial para nós.

    Muito obrigada por tudo! Um grande beijo,

    Célia Bittencourt

    Oi Célia, bem interessante essa idéia da página. Acho que toda informação sobre esse assunto é bem-vinda porque, como dá para perceber, ainda há muita carência de informação. Quanto à progesterona natural, achei o assunto bem interessante. Prometo olhá-lo com carinho e te retorno assim que for possível. Abraços,

    Cláudia


    AGRADECIMENTO

    Prezada Cláudia,
    foi com muito prazer que descobri a sua coluna. E é com muita admiração que lhe dou os parabéns pela incrível iniciativa e pelo trabalho sério e útil que vem fazendo.

    A questão da infertilidade é um desafio tão grande que às vezes parece que a gente não vai ser capaz de suportar. Nem toda ajuda, infelizmente, consegue ser eficaz e tocante. E é isso que encontramos aqui: a seriedade e competência de vocês dão a credibilidade necessária para que realmente "valha a pena", com a sensibilidade na medida certa.

    Muito obrigada e muita luz para vocês continuarem esse caminho tão bonito!
    Um abraço

    Ana Paula

    Ana Paula, obrigada pelo retorno. Às vezes, confesso que não é fácil lidar com minhas próprias emoções sobre assunto e com as das leitoras ansiosas por informações e por extravasar as emoções. Procuro sempre fazer um esforço adicional porque realmente sou apaixonada pelo tema.

    Abraços,

    Cláudia Collucci
    Cláudia Collucci, repórter da Folha de S. Paulo, é mestre em História da Ciência pela PUC-SP e autora dos livros "Por que a gravidez não vem?", da editora Atheneu, e "Quero ser Mãe", da editora Palavra Mágica. Escreve quinzenalmente na Folha Online.

    E-mail: claudiacollucci@uol.com.br

    Leia as colunas anteriores

  • FolhaShop

    Digite produto
    ou marca