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Retratos da China

22/03/2005

Cultura

da Folha Online

O Festival da Primavera

Chien-min Chung/AP
China comemora o Festival da Primavera
Numa civilização milenar da Nação Chinesa, as festas tradicionais têm uma simbologia rica e poderosa. Entre as festas chinesas, destaca-se o Festival da Primavera, que eqüivale ao Natal e ao Carnaval do Brasil, em termos de importância cultural.

Durante os dias de festa, as ruas, os parques, as lojas e as casas são ornamentadas com as conhecidas lanternas vermelhas, além de flores e fitas coloridas.

Muitas famílias colam na porta de entrada de casa um papel colorido com o símbolo da "felicidade". Um detalhe interessante: colocado com a cabeça para baixo. Isso porque o verbo "inverter" tem a mesma pronúncia que "chegar" e com esta forma de colocação, significaria a "chegada da felicidade'.

Durante a festa, o povo, tanto das cidades como do campo, promove as danças de dragão (são montados imensos bonecos de papelão, manejados por pessoas) ou de leão, acompanhados de gongos e tambores.

Nessa época, a tradição é o cumprimento entre as pessoas com as frases "Chun Jie Hao" ou "Gong Xi Fa Cai" --podem ser traduzidas por 'Feliz Festival da Primavera', equivalente a Feliz Ano Novo, e "Muita fortuna para você no ano que entra".

A ópera de Beijing

Reuters
Cena da famosa ópera de Beijing
Entre mais de 300 variedades de óperas locais tradicionais da China, a ópera de Beijing é a mais difundida entre a população.

A ópera de Beijing, que recebeu este nome porque se formou na referida cidade no início do século XIX, mistura teatro, música, dança e artes marciais, com movimentos precisos e leves. O visual é famoso ao redor do mundo, montado com as túnicas coloridas e de mangas largas, as máscaras pintas e os leques.

Em mais de 200 anos de atividades, se acumularam mais de mil peças. Nos 50 anos desde a fundação da República Popular da China, o Estado e o povo passaram a dar ais atenção ainda à ópera de Beijing.

Os autores profissionais e os artistas criaram programas que, além dos temas históricos, abordam os temas das guerras revolucionárias modernas, da edificação socialista e da vida do povo.

A acrobacia

Reuters
Acrobacia é tradição da cultura do país
A arte da acrobacia na China tem destaque desde o período antigo e remonta 2.500 anos de história. Segundo registros, no início as apresentações eram apenas competições de força, em que homens lançavam e manejavam rodas e objetos pesados, mostrando destreza.

Foi apenas na dinastia Han, com início em 206 a.C. (antes de Cristo), que se popularizou a representação acrobática. Os espetáculos em que homens e mulheres, além de contorções, faziam malabarismos com o corpo, passaram a ser mais recreativos e realizados tanto nos banquetes imperiais como nas celebrações populares.

A acrobacia da China se difundiu, assim, de geração em geração e invadiu o mundo. Entre os números antigos mais famosos estão: "atravessando argolas", "jogo de diabolôs", "jogos com jarras", "jogos com pratos giratórios" e "equilíbrio de grandes taças na cabeça".

Depois da fundação da República Popular da China, em 1949, a arte se desenvolveu mais ainda. De 1981 a 1997, o país ganhou 35 vezes o "Prêmio Presidente da República da França", o principal prêmio do Festival Internacional de Acrobacia.

Desde 1987, se comemora cada dois anos o 'Festival de Acrobacia Internacional de Wuqiao da China', em que conjuntos nacionais e estrangeiros participam de competições e fazem exibições.

Com informações da Embaixada da China no Brasil

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