Comentários


Comentários de Ângelo Pessoa
Em 22/06/2009 11h15
A crise na USP apresenta várias facetas distintas. Dificilmente podemos reduzí-la a apreciações maniqueístas ou nitidamente partidárias, como têm se expressado um parte dos comentários aqui (de direita hidrófoba ou de esquerda sectária), alguns até, com um grau de autoritarismo estarrecedor. Como a matéria se refere à questão do balanço interno de poder na USP, cumpre destacar que, apesar da reforma com a departamentalização na década de 1970, promovida pela ditadura, o modelo anterior, a Cátedra, nunca desapareceu efetivamente da USP. O poder dos titulares é marca registrada dessa permanência do modelo catedrático. Se isso pode, em alguma medida, contribuir para alguma firma de excelência acadêmica; por outro lado pode trazer distorções, como a do marcado elitismo e autoritarismo que leva a com que determinados Professores ou grupos reunam uma expressiva parcela de poder institucional e sejam cercados por verdadeiras cortes, com hierarquias crescentes e com exemplos de bajulação (mais do que o respeito intelectual devido), que nada contribuem para uma oxigenação do ambiente acadêmico. Arejar as instâncias de poder interno, mantendo certos padrões de excelência, seria uma alternativa, até para impedir que outra distorção nefasta para a vida Universitária - o corporativismo - se apresentasse como a solução para esses problemas.

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