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Comentários de Daniel Oliveira da Paixão CACOAL / RO
Em 14/09/2007 10h18
Conselho de ética do Senado é uma farsa
A absolvição de Renan Calheiros, na quarta-feira, tornou explícita uma verdade inquestionável: o Conselho de Ética do Senado e de muitas outras casas legislativas neste país não passa de uma farsa, um engodo, um sofisma. Os próprios senadores estão constrangidos, tanto quem votou contra, quanto quem votou a favor do arquivamento do processo.

Esse alagoano meticuloso, arrogante e prepotente, não mereceria a compaixão dos demais parlamentares. Se tivesse sido humilde, renunciado à presidência do Senado, eu olharia a situação com outros olhos. Até aceitaria a sua absolvição, mas diante de sua petulância vejo que sua absolvição foi um mal ao país, uma mancha histórica. A geração atual sente nojo dessa palhaçada e as gerações vindouras lembrarão de que, no início do século XXI, o Brasil era habitado por um povo sem poder de indignação, um bando de covardes que assistia passivamente políticos corruptos dominarem o país a seu bel prazer e a não ter ninguém que os confrontasse.

Poder de indignação não é para qualquer um
O que desgraça o nosso país não são os políticos e sim esta gente brasileira que não sabe se indignar, não sabe reagir à altura. Onde está a 'brava gente brasileira, com destemor servil'? Ou a sociedade reage ou deixaremos de ser nação e viveremos à mercê de um bando de anarquistas sanguessugas prontos para sugar as reservas nacionais e a oprimir uma miríade de seres desprovidos de alma cívica e de dignidade.

Em Absolvição de Renan
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