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Comentários de Fábio Deus SAO PAULO / SP
Em 04/07/2008 09h57
O que está em pauta nessa discussão não é e/ou ao menos não deveria ser a liberdade de expressão dada a cada um de nós e claro que sou absolutamente a favor dela. Cada um tem direito total de expressar o seus desejos, as suas vontades e os seus sonhos. O que acha mais complicado e mais difícil é entendermos o que está por detrás do discurso, o que está escondido nas entrelinhas daquilo que está sendo exposto. Por exemplo, me recordo de ter ouvido poucas vezes falar em casos de pais que ao saber da "orientação" sexual do filho buscaram ouvi-lo e auxiliá-lo na compreensão desse fato em sua vida, pelo contrário, o que se vê são atitudes hostis, de ignorância primitiva e que se só faz aumentar a solidão e a dificuldade que ele (filho) tem de entender o que está acontecendo com ele(sim, porque muitas vezes somos cobrados por dar explicações por algo que nem sabemos do que se trata) e fatos como esse culminam em suicídios, casamentos por interesse (agradar aos familiares), uso de drogas e tantas outras mazelas. Ao meu ver tais atitudes não demonstram nem um pouco a preocupação dos pais com a "felicidade" dos filhos. Será que realmente estão preocupados com a felicidade dele ou com o que ás pessoas/familiares irão pensar? Ao meu ver, aqueles que se manifestam a favor da declaração da modelo estão corretos em dizer que ela pode querer ter as expectativas dela e assumi-las, porém por estar num meio abertoe abrangente de comunicação a forma e o que é dito deve ser mais responsável.

Em Filho gay
sem opinião
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Em 03/07/2008 14h02
Não me recordo de ter recebido nenhum formulário onde estivesse me dando, mais uma vez, "a opção" de ser gay, hetéro, bi, pan ou qual seja lá a orientação. Não quero ao expor a minha opinião tentar convencer ninguém de que ser homossexual é viver num mundo fantástico! Pelo contrário, estou tentando apenas mostrar que ao contrário do que muitos "imaginam" este fato não é uma opção. Tampouco quero ensinar a ninguém a gostar de nós gays, tento apenas esclarecer e dar a oportunidade aos que não vivem essa realidade de como as coisas não são tão fáceis como imaginam, porém sair do ponto zero na escala de conhecimento de um determinado assunto para enxergar as coisas por um ponto de vista mais neutro não é tarefa fácil, ainda mais quando se faz a "opção" por permanecer escondido no buraco negro da ignorância.

Em Filho gay
38 opiniões
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Em 03/07/2008 12h13
Aos desavisados;
Escolher (decidir) ser gay está no mesmo pacote das possibilidades de se optar por nascer com pela clara ou negra, numa família rica ou pobre, morar no bairro dos jardins em SP ou no extremo da zona leste. Sinto me ofedindo ao dizerem que "eu escolhi" ser gay e fico ainda mais estarrecido ao me informarem que eu tive "opção". Tive? Devo ser pouco inteligente ao escolher ser hostilizado na rua, caso demonstre meu interesse por rapazes, não poder expressar meu carinho por um igual ou ter que sofrer calado por não entender e não saber o por que tenho desejos diferentes dos meninos da minha idade. A única coisa que pude escolher dentro desse fato irremediável na minha vida é tentar amenizar a situação e buscar ser feliz com as minhas possibilidades. Não sofro mais por ser gay e optei por permanecer fora do armário, tendo orgulho daquilo que sou e sendo responsável por aquilo que quero para mim. É fácil, aos ditos hetéros, julgarem nós, tentarem nos trancar numa câmara de gás e acabar com as mazelas do mundo, porém não perceber que a limitação cognitiva (proposital) é a pior mazela que alguém pode carregar. Opção é não querer enxergar o óbvio e relembrando Nelson Rodrigues, o "óbvio ululante"!

Em Filho gay
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