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Comentários de Heberth Moreira
Em 08/10/2008 19h36
"Isso é uma forma didática de explicar a crise americana."
É assim:
O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça
"na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos
desempregados.
Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço
da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo
crédito).
O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de
emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um
ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o
pindura dos pinguços como garantia.
Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do
banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro
acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.
Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capítais e
conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro
inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu ).
Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com
fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.
Até que alguém descobre que os bêubo da Vila Carrapato não têm dinheiro para
pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência.
E nessa hora a vaca foi pro brejo!.

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