Comentários


Comentários de Robson Conti
Em 22/09/2008 21h37
Aos que estranham os resultados nas pesquisas de opinião em relação ao meio em que vivem, onde a popularidade do presidente atual é aparentemente muito mais baixa, penso haver dois motivos principais. O primeiro seria o próprio meio em que vivem, o qual muito provavelmente deve ser extremamente preconceituoso em relação a uma pessoa de origem humilde e não detentora da formação acadêmica neste meio considerada essencial para o exercício de altos cargos de administração seja lá do que for, ainda mais do próprio país. O segundo motivo é a falta de isenção e imparcialidade de quem quer que se proponha a fazer a pesquisa por conta própria. Os anti-Lula normalmente são pessoas que tem sua posição fartamente conhecida, geralmente evidenciada por uma verborragia vociferante e intimidadora o suficiente para impedir que os que o apóiam ou simplesmente toleram não se exponham ao (elevado) risco de contrariarem a intolerância e a truculência de seus adversários, em geral economicamente poderosos o suficiente para serem temidos. Já tive a oportunidade de expor minha posição em relação ao governo atual a pessoas que o criticavam e verifiquei a reação insana e ensandecida, típica de extremistas fundamentalistas que vivem na mais profunda alienação, desconhecimento e preconceito, retrógrados, obscuros e medievais. Já para o neutro e inócuo entrevistador dos institutos de pesquisa (e diante da urna) pode-se expressar livremente a real e verdadeira opinião. E apoiar/votar no Lula.

Em Eleições 2010
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Em 22/09/2008 20h59
A avaliação da atual administração apenas reflete os resultados por ela obtidos sob o ponto de vista pragmático de quem por ela é administrado. Ou seja, reflete os FATOS que a população brasileira observa. E ela observa que a vida melhorou para a imensa maioria das pessoas, mesmo para as que se opõem ao atual governo. O que elas vêem é outro país, em relação ao que habitávamos até 2003: economia crescendo a ritmos cada vez maiores, desemprego, analfabetismo e mortalidade infantil caindo, juros menores, dólar caiu para menos da metade(!), salário mínimo e IDH subiram muito (agora temos IDH considerado alto), dívida externa paga (temos + reservas que dívidas), auto-suficiência e abundantes reservas de petróleo, Risco Brasil (desconfiança do investidor externo) em torno de 10 vezes menor, Ibovespa (confiança do investidor interno) 5 vezes maior, renda média subindo, programas assistenciais muito + eficientes e estabilidade sem inflação, dentre outros. É claro que isto não é tudo, não estamos em um mar de rosas e há muito que melhorar. Afinal entre o nosso IDH (0,80) e o dos países mais avançados (acima de 0,95) há uma boa diferença. Não há no entanto como solucionar problemas gerados por cinco séculos de péssima administração em menos de uma década. O interessante é que estamos em caminho muito mais correto do que estivemos desde sempre e não nos desviarmos muito dele. É isto. Só. O resto é intriga. Da oposição, dos preconceituosos, dos míopes e dos exploradores.

Em Eleições 2010
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Em 12/09/2008 19h35
Depois de analisar um pouco mais a ordem com que se passaram os acontecimentos na Ossétia do Sul, passei a ter a nítida impressão de que as coisas se passaram exatamente como planejado pelos republicanos. O que houve lá foi exatamente uma provocação muito bem armada pela atual administração estadunidense para provocar uma crise a mais e assim fortalecer a posição de seu candidato nesta eleição. Caso o objetivo fosse retomar o controle da Ossétia do Sul, as tropas georgianas deveriam ter atacado da mais pesada maneira possível, não civis em uma cidade que dormia, e sim a única passagem existente entre as duas Ossétias, o rocky tunel. Sem esta passagem, um verdadeiro buraco de agulha entre os dois países, as tropas russas não teriam muito o que fazer e nem justificativa para tanto. Estaria praticamente consolidado o domínio militar georgiano na Ossétia do Sul, gerando uma situação de fato consumado, principalmente se não fossem duros demais com os sul ossetianos como o fizeram. Mas isto não serviria aos planos republicanos. Havia a necessidade de não deixar outra opção aos russos além da intervenção militar. Assim que os russos entraram na Ossétia do Sul, os georgianos recuaram sem baixas significativas, afinal o verdadeiro objetivo havia sido atingido: envolver a Rússia em um conflito, deixá-la como agressora e conseguir o apoio das potências ocidentais para a entrada da Geórgia na OTAN. Como garantia de que sua capital não seria tomada, Bush colocou tropas americanas lá.

Em Conflitos na Geórgia
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Em 12/09/2008 09h04
Inacreditável. É profundamente emblemático e revelador de incapacidade, incompetência para gerir conflitos, falta de conhecimento de ciência política e história, além de falta bom senso mínimo para quem já tenha atingido a idade adulta, alguém dizer que pretenda declarar guerra a uma potência nuclear (ainda mais contra a Rússia) por praticamente qualquer motivo que seja, exceto se diretamente atacado, é evidente, como fez a Dona Sarah Palin. E que ainda disse que não houve provocação para a atual intervenção russa (ou mais exatamente da Ossétia do Norte) no conflito entre a Geórgia e a Ossétia do Sul! As mais de mil pessoas, em sua maioria civis, mortas em Tskhinvali pelas tropas georgianas em algumas horas(!) não são motivo suficiente? O que mais me preocupa é que esta senhora é virtual candidata a presidência da mais poderosa nação do planeta (afinal o candidato à presidência já está com idade avançada e caso algo ocorra a ele, esta senhora é quem vai estar no comando). Tenho a nítida impressão de que o que aconteceu na Ossétia do Sul foi exatamente uma provocação armada pela atual adminstração estadunidense para provocar uma crise a mais e assim fortalecer a posição de seu candidato (um falcão) nesta eleição. Caso o objetivo fosse retomar o controle da Ossétia do Sul, as tropas georgianas deveriam ter atacado da mais pesada maneira possível não civis em uma cidade que dormia e sim a única passagem existente entre as duas Ossétias, o rocky tunel. A Rússia mordeu a isca. Só!

Em Eleições nos EUA
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Em 05/09/2008 14h49
Senhor Moderador,
Segue restante do comentário anteriormente enviado (não sei se o mesmo foi recebido na íntegra).
Novamente agradeço.

Pode-se perguntar ainda qual a diferença entre a mesma ação russa declarada inadmissível pelo atual governo estadunidense e a invasão de Granada em outubro de 1983 por tropas de ninguém mais ninguém menos que os próprios Estados Unidos (!) para alegadamente proteger, também "preventivamente", estudantes americanos de serem feitos reféns. Creio que a resposta, evidente, seria algo que no fim das contas teria como significado que "nós somos bons, estamos sempre certos e podemos fazer qualquer coisa, mesmo as que são inadmissíveis para os outros que não são nossos aliados ou capachos".

Em Conflitos na Geórgia
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Em 05/09/2008 14h44
Senhor moderador,
Solicito a sua gentileza e a especial atenção em permitir a publicação do artigo em sua íntegra, tendo em vista o mesmo conter uma seqüência de exposições que não pude exprimir dentro do limite de 1500 caractéres.
Antecipadamente agradeço.
Pode-se perguntar à diplomacia estadunidense qual a diferença entre a ação militar russa para proteger a vida e a integridade física de pessoas (civis ou militares, não importa, eram pessoas - e se eram civis a situação é ainda mais séria) na Ossétia do Sul, desrespeitando fronteiras internacionalmente reconhecidas, da Geórgia neste caso, e a ação militar turca que desrespeitou as fronteiras internacionalmente reconhecidas de Chipre em julho de 1974, que lá instalaram a República Turca de Chipre do Norte, atualmente reconhecida apenas pela própria Turquia e que tem como hino nacional o próprio hino turco! Ambos, russos e turcos justificaram tê-lo feito para protegerem a cidadãos seus, porém do ponto de vista da diplomacia do governo estadunidense, a diferença é total: afinal os turcos são importantes aliados militares e os russos uma potência rival. Só. Se bem que no caso da Ossétia do Sul milhares de pessoas haviam sido barbaramente mortas em poucas horas e em Chipre a invasão foi "preventiva". Mas nada disto importa, afinal a Rússia é rival, isto é, ruim, e a Turquia é aliada, isto é, boa, não é? Pode-se perguntar ainda qual a diferença entre a mesma ação russa declarada inadmissível pelo atual governo estadunid

Em Conflitos na Geórgia
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Em 26/08/2008 20h28
Por tudo o que li e por tudo o que observei, não tenho a menor dúvida da autorização e até auxílio do governo estadunidense na preparação do ataque das forças georgianas à Ossétia do Sul: ninguém seria louco em quantidade suficiente para atacar forças de paz russas sem garantias de que não seria varrido do mapa pelo contra-ataque russo. E esta garantia só quem pode atualmente dar é o governo estadunidense. Resta tentar descobrir o motivo que levou a administração Bush a apoiar esta aventura irresponsável dos atuais governantes da Geórgia quando antes a havia impedido. Pensando um pouco mais e com um pouco a mais de calma, o que mudou entre hoje e 2004 ou 2006? Resposta: eleições americanas complicadas e sem possibilidade de uso do terrorismo, do Iraque ou do Afeganistão para justificar o voto nos falcões republicanos. Como fazer o eleitorado americano ficar amedrontado o suficiente para apoiar a continuidade de uma administração marcada pelo medo e pelo temor de inimigos declarados e ocultos? Simples. Bastou financiar a campanha de um maluco à presidência da Geórgia em 2004, reequipar e treinar o exército georgiano, enviar tropas americanas para exercícios de guerra dentro da Geórgia e soltar a coleira que prendia os loucos cães de guerra. Foi criada, com longo planejamento uma crise sob medida para encher o povo dos Estados Unidos de temor e de necessidade de uma liderança dura e aguerrida para enfrentar a crescente ameaça russa. Quem morreu que reclame com Deus.

Em Conflitos na Geórgia
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Em 25/08/2008 21h40
Ora, se os russos tivessem reagido de modo a causar o mesmo dano que os gergianos causaram aos ossetianos do sul em termos de perda de vidas humanas, teríamos tido acima de 50 mil mortos civis georgianos. Graças a Deus e ao bom senso de algumas pessoas isto não ocorreu. O que a diplomacia estadunidense e européia está fazendo é proteger bandidos, é usar dois pesos e duas medidas (ao Milosevic puniram, o que foi muito correto aliás), é estimular impunidade, e usar a lógica dos cães, os quais distinguem a quem atacar e a quem proteger pelo grau de conhecimento e amizade, ou seja quem não conhecem é atacado e quem conhecem é protegido, de maneira amoral e absolutamente discriminatória. Isto pode ser normal para cães, irracionais que são, mas não para seres humanos, dotados de racionalidade e princípios éticos que deveríamos ser. Neste caso os georgianos agem de maneira bárbara e são portanto os representantes claros da barbárie e quem os protege, estadunidenses e europeus ocidentais, também (não todos, apenas as pessoas que os suportam. Países não existem).

Em Conflitos na Geórgia
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Em 25/08/2008 21h36
Em ambos os casos os ataques foram em total surpresa de modo a impedir qualquer reação ou defesa por parte de suas vítimas que além de tudo eram civis desarmados, homens, mulheres e crianças. O que você acharia de estar em casa, tranqüilo e sossegado, colocar as crianças para dormir, deitar-se para repousar e pouco tempo depois ter a sua residência atingida por um míssil ou por obuses de artilharia pesada? E que ainda não conseguisse ser ajudado pelas ambulâncias que teriam sido proibidas pelas tropas georgianas de prestar socorro aos feridos? O interessante é que após os ataques de 11 de setembro, os russos, que há muito tempo estavam alertando às potências ocidentais sobre o perigo representado pelos que se dizem fundamentalistas islâmicos, tanto que estavam em sérias refregas com eles desde o fim da década de 1970 no Afeganistão e depois na Chechênia, apoiaram o contra-ataque estadunidense com serviços de informações e mercenários, principalmente no Afeganistão. E agora, numa atuação em que não consigo deixar de sentir uma profunda indignação, quando os terroristas georgianos executam uma massacre contra a população de uma cidade que dormia, a diplomacia dos Estados Unidos e da Europa Ocidental agiu prontamente para proteger não aos Ossetianos do Sul e sim aos georgianos em face do uso de uma suposta "força desproporcional" pelos russos.

Em Conflitos na Geórgia
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Em 25/08/2008 21h24
Mais dois detalhes: 1. Verifiquei na manhã do dia 12.08.2008 na página principal da CNN um enquete sobre se os russos estavam agindo como força de paz ou se aquilo era uma invasão e, para minha surpresa, 92% consideravam a atuação russa uma missão de paz, e portanto, adequada. Como a posição oficial do governo Bush é bem diferente disto, aparenta-me que é também ditada por interesses geopolíticos e não decorrente da opinião de sua própria população, da qual é representante; 2. A grande sorte da população da Geórgia (não da Geórgia, o país, a qual é uma ficção assim como qualquer país e sim das pessoas que habitam a Geórgia e que são o que realmente importa em toda e qualquer situação) é que eles não receberam ajuda militar efetiva de ninguém, principalmente ninguém de peso. Imaginem por exemplo se russos e americanos resolvessem medir forças na Geórgia? Ela se converteria em um inferno para os seus habitantes, algo provavelmente pior do que ocorreu na Coréia, Vietnã, ou Afeganistão. Esta é uma das poucas vezes em que a ironia favorece aos seres humanos na história da humanidade: a sorte deles foi não terem recebido ajuda concreta, efetiva, militar. Se nada mudar os habitantes da capital Tbilisi e da Geórgia em geral podem agradecer aos céus todos os dias pelo restante de seus dias por isso.

Em Conflitos na Geórgia
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Em 25/08/2008 21h19
... invadiram o país, sobre o direito ou não da autonomia e independência dos Ossetas do Sul, tal qual os kosovares o alcançaram, além de outros detalhes, e esqueceram-se do principal, do essencial: uma força militar executou um massacre de pessoas, isto mesmo, pessoas, seres humanos, dentre os quais civis, militares, homens, mulheres, crianças, idosos, enfermos e religiosos) na cidade de Tskhinvali, virtual capital da Ossetia do Sul, ao bombardeá-la de maneira indiscriminada com pesado fogo de artilharia à noite e sem prévio aviso, ultimato ou provocação, na mais absoluta surpresa e no maior descaramento. Isto configura crime de homicídio coletivo, premeditado e intencionalmente planejado, ou seja um genocídio frio, cruel, torpe e vil. Não há causa, por nobre que fosse, que justifique este tipo de ação e quem o planejou e ordenou deveria também ser levado às barras dos tribunais internacionais, tal como se fez com os carrascos sérvios pelo que fizeram na Bósnia. Do cínico departamento de estado americano não se pode esperar qualquer movimento ou pressão neste sentido. Quem sabe o tribunal internacional de crimes de guerra na Holanda possa fazer algo. Como não o conheço o suficiente não sinto-me em condição de avaliar no momento se ele terá condição de atuação imparcial ou se será "influenciado" por interesses geo-políticos demasiadamente poderosos. Talvez esta seja uma boa maneira de eu formar opinião a respeito do respeito que terei por este tribunal. Resta aguardar.

Em Conflitos na Geórgia
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Em 25/08/2008 21h11
Em algum ponto as sociedades humanas se perderam. Foram criadas entidades fictícias nas mentes individuais e na mente coletiva que não nos permitem perceber a verdadeira essência das questões. Os países não existem de fato. O que existe são as pessoas que os habitam e o que interessa a elas é que é importante. Tudo o que as leve à níveis mais elevados de felicidade responsável é bom e tudo o que as distancie dela não é bom. Assim, da mesma maneira, não existe a Geórgia, não existe a Ossétia do Sul, não existe a Ossétia do Norte, não existe a Rússia. O que existe são pessoas que moram nos territórios conhecidos pelas maneiras acima discriminadas e o as leve à felicidade responsável é bom e o que as distancie dela não é bom. Desta maneira, as pessoas é que devem poder escolher pertencer ao país que desejem e devem poder viver em paz e liberdade nele. E todas têm o direito de não ter suas cidades bombardeadas (principalmente em bombardeios noturnos indiscriminados e tendo como alvo toda e qualquer coisa existente na localidade), suas casas destruídas, seus entes queridos mortos, feridos e oprimidos. Assim, a falta mais grave está em quem iniciou o conflito, principalmente se atacou as pessoas indefesas como se fossem alvos militares. Aliás, a discussão toda na imprensa e nos organismos internacionais concentrou-se, na minha opinião, em questões acessórias, tais como a validade ou não das fronteiras "violadas" da Geórgia, se os russos entraram lá como forças de paz ou se ...

Em Conflitos na Geórgia
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Em 16/08/2008 20h47
Do ponto de vista dos que foram mortos, principalmente em se tratando de civis, qual a diferença entre atirar-se aviões (também civis) contra prédios comerciais, como o fizeram os terroristas da Al-Qaeda em Nova Iorque, e bombardear indiscriminadamente com artilharia pesada, incluindo lançadores múltiplos de mísseis "grad", a toda uma cidade, logo após a meia noite, com as pessoas dormindo, sem prévio aviso, sem qualquer indício ou ato que demonstrasse ou desse aos seus habitantes a menor possibilidade de defenderem-se, como o fizeram os militares georgianos a obedecer ordens expressas de seu presidente? E que ainda impediram as equipes de emergência de prestar socorro aos feridos. A retórica e a banalização da violência é atualmente tão disseminada que nem as autoridades russas ou ossetianas aperceberam-se da verdadeira essência e natureza da ação dos militares georgianos e não a denunciaram ao mundo tal qual o é. O presidente georgiano teve atuação similar a um Milosevic e deveria ter o mesmo tratamento. Quanto ao governo Bush, é lamentável que se tenha convertido em combatente do terrorismo islâmico e que, por outro lado, esteja a proteger os terroristas georgianos.

Em Conflitos na Geórgia
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