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Saiba mais um pouco sobre o publicitário Washington Olivetto
(12/12/2001)

RICARDO FELTRIN
Editor de Cotidiano da Folha Online

Washington Olivetto estrou no mundo publicitário aos 18 anos, como estagiário em uma agência chamada HGP. De lá passou para outras grandes do setor à época, como a Lince e, mais tarde, a Casabranca. Entrou na DPZ em 73 e só sairia de lá 13 anos mais tarde, em 86, para montar seu primeiro negócio próprio: a W/GGK. Tinha então 35 anos.

A W/GGK se transformaria em W/Brasil três anos depois, quando Olivetto e seu grupo adquiriram 100% do negócio. Ela viria a ser uma das agências mais premiadas do mundo. Em 2001, por exemplo, levou o Grand Clio 2001 _espécie de "Oscar" da publicidade.

Olivetto é responsável por campanhas que marcaram história na TV, como a do garoto Bombril (com Carlos Moreno), a dos personagens gordinhos da Embratel (DDD), o cachorrinho da Cofap (cão cujo nome real é Cebolinha, "descoberto" em São Caetano do Sul) e o ratinho da Folha de S.Paulo.

Ao contrário da maioria de seus colegas de profissão, o publicitário decidiu, já no nascimento da W/Brasil, que venderia qualquer produto, exceto candidatos políticos.

"Gosto de vender algo que as pessoas possam devolver à loja, caso não gostem. Não é o caso de um candidato", costuma dizer.

Mesmo assim, Olivetto é insistentemente procurado por aspirantes a cargos eleitorais que estão em busca de um, digamos, "norte publicitário". Pode ser só uma lenda: dizem que muitos políticos já se dispuseram a pagá-lo por minuto, só para ouvir suas opiniões ou sugestões.

Nos últimos anos, o publicitário teve sua vida "historiada" pelo jornalista e escritor Fernando Moraes. A biografia deveria sair em meados do próximo ano. Certamente será adiada.

Olivetto teve dois casamentos, duradouros: um com Ana Luiza, mãe de seu único filho, Homero, 26; e agora com a produtora e empresária Patrícia Viotti (da Conspiração Filmes).

Vaidoso, mandou instalar seu busto na agência, localizada no nobre bairro de Higienópolis. Corintiano (autor de texto no livro histórico do time, "Camisa 13") e "designer" de uma das camisas do time, o publicitário sempre frequenta os estádios sem seguranças.

Sua única garantia é um carro blindado. Sempre teve mais medo de ser assaltado em semáforos do que de ser sequestrado.

Sua agência virou tema de um "hit" de Jorge Benjor em 90 (Alô, Alô, W/Brasil) _de quem ficara amigo anos antes. A homenagem rendeu um disco de ouro a Benjor, e uma música de espera telefônica "personalizada" na W/Brasil.

 Áudio
Ouça trechos da entrevista coletiva de Washington Olivetto

Áudio 1

Áudio 2

Áudio 3

Áudio 4

Áudio 5

 Animações
Reconstituição do sequestro

 Imagens
08.abr.1991/Divulgação
Washington Olivetto (à esq.), o lado do ator Carlos Moreno e membro da equipe de criação do Garoto Bombril

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