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04/11/2004 - 21h23

Tribunal de Justiça do Rio condena cantor Belo a 8 anos de prisão

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LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online

Por unanimidade, o cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, foi condenado nesta quinta-feira a oito anos de prisão, em regime fechado, por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A decisão é da 8ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) do Rio.

Os desembargadores acolheram o voto do relator, Flávio Magalhães, e reformaram a sentença da juíza Rute Lins Viana, da 34ª Vara Criminal. No dia 30 de dezembro de 2002, a juíza condenou o cantor a seis anos de prisão, com direito de aguardar o julgamento do recurso em liberdade.

O Ministério Público, então, apresentou recurso e os desembargadores da 8ª Câmara Criminal do TJ do Rio aumentaram a pena do cantor para oito anos e expediram novo mandado de prisão, em dezembro de 2003.

Em janeiro de 2004, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu um habeas corpus em favor do pagodeiro. Com a sentença desta quinta-feira, um novo mandado de prisão foi expedido.

A reportagem não conseguiu localizar, por telefone, o advogado do cantor Belo.

11.jul.2002/FI
O pagodeiro Belo
Outros envolvidos

Na mesma sessão desta quinta-feira, a 8ª Câmara condenou Antonio Carlos Ferreira Gabriel, o Rumba, líder comunitário da favela do Jacarezinho. Ele também teve a prisão decretada.

Rumba havia sido absolvido, porque, segundo a juíza Rute Lins Viana, não havia provas suficientes para condená-lo.

O recurso do Ministério Público (apelação criminal) foi interposto contra 14 réus, entre eles, o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco --acusado também pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Suspeitas

As suspeitas de envolvimento Belo com traficantes surgiram a partir de grampos, autorizados pela Justiça, em abril de 2002. Os grampos revelaram conversas entre o cantor e Waldir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho (zona norte do Rio). Vado foi morto em agosto de 2002, durante confronto com policiais militares na favela.

Na conversa, o homem pede a Belo R$ 11 mil para comprar o que chama de "tecido fino" --que seria, segundo a polícia, uma gíria para cocaína. Belo pedia em troca um "tênis AR", que seria, ainda de acordo com a polícia, um fuzil AR-15.

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