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06/11/2004
-
13h14
da Folha Online
O cantor Marcelo Pires Vieira, 30, o Belo, preso na carceragem da Polinter (Polícia Interestadual), no centro do Rio de Janeiro, está dividindo uma cela com mais de 50 presos.
Belo foi preso sexta-feira em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Segundo a polícia, o cantor estava escondido em um fundo falso de um quarto da casa.
Na manhã deste sábado, o advogado do cantor, Cesar Ferraro, foi até a Polinter, mas não falou com Belo porque os carcereiros estavam fazendo a contagem dos presos. Durante a madrugada, a mulher do cantor, Viviane Araújo, foi levar roupas para o marido mas, segundo a polícia, não pôde vê-lo.
O cantor está comendo a mesma comida dos demais presos. No almoço, foi servido arroz, feijão e carne.
Regime fechado
Na quinta-feira, Belo foi condenado, por unanimidade, a oito anos de prisão, em regime fechado, por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A decisão é da 8ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) do Rio.
Os desembargadores acolheram o voto do relator, Flávio Magalhães, e reformaram a sentença da juíza Rute Lins Viana, da 34ª Vara Criminal. No dia 30 de dezembro de 2002, a juíza condenou o cantor a seis anos de prisão, com direito de aguardar o julgamento do recurso em liberdade.
O Ministério Público, então, apresentou recurso e os desembargadores da 8ª Câmara Criminal do TJ do Rio aumentaram a pena do cantor para oito anos e expediram novo mandado de prisão, em dezembro de 2003.
Em janeiro de 2004, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu um habeas corpus em favor do pagodeiro. Com a sentença desta quinta-feira, um novo mandado de prisão foi expedido.
Outros envolvidos
Na mesma sessão desta quinta-feira, a 8ª Câmara condenou Antonio Carlos Ferreira Gabriel, o Rumba, líder comunitário da favela do Jacarezinho (zona norte do Rio). Ele também teve a prisão decretada.
Rumba havia sido absolvido, porque, segundo a juíza Rute Lins Viana, não havia provas suficientes para condená-lo.
O recurso do Ministério Público (apelação criminal) foi interposto contra 14 réus, entre eles, o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco --acusado também pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.
Suspeitas
As suspeitas envolvendo Belo com traficantes surgiram a partir de grampos, autorizados pela Justiça, em abril de 2002. Os grampos revelaram conversas entre o cantor e Waldir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho. Vado foi morto em agosto de 2002, durante confronto com policiais militares na favela.
Na conversa, o homem pede a Belo R$ 11 mil para comprar o que chama de "tecido fino" --que seria, segundo a polícia, uma gíria para cocaína. Belo pedia em troca um "tênis AR", que seria, ainda de acordo com a polícia, um fuzil AR-15.
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Saiba mais sobre o cantor Belo, condenado por tráfico
Entenda o caso que envolve o cantor Belo
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o caso que envolve o pagodeiro Belo
Cantor Belo divide cela com mais de 50 presos
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O cantor Marcelo Pires Vieira, 30, o Belo, preso na carceragem da Polinter (Polícia Interestadual), no centro do Rio de Janeiro, está dividindo uma cela com mais de 50 presos.
Belo foi preso sexta-feira em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Segundo a polícia, o cantor estava escondido em um fundo falso de um quarto da casa.
Na manhã deste sábado, o advogado do cantor, Cesar Ferraro, foi até a Polinter, mas não falou com Belo porque os carcereiros estavam fazendo a contagem dos presos. Durante a madrugada, a mulher do cantor, Viviane Araújo, foi levar roupas para o marido mas, segundo a polícia, não pôde vê-lo.
11.jul.2002/FI |
O pagodeiro Belo |
Regime fechado
Na quinta-feira, Belo foi condenado, por unanimidade, a oito anos de prisão, em regime fechado, por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A decisão é da 8ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) do Rio.
Os desembargadores acolheram o voto do relator, Flávio Magalhães, e reformaram a sentença da juíza Rute Lins Viana, da 34ª Vara Criminal. No dia 30 de dezembro de 2002, a juíza condenou o cantor a seis anos de prisão, com direito de aguardar o julgamento do recurso em liberdade.
O Ministério Público, então, apresentou recurso e os desembargadores da 8ª Câmara Criminal do TJ do Rio aumentaram a pena do cantor para oito anos e expediram novo mandado de prisão, em dezembro de 2003.
Em janeiro de 2004, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu um habeas corpus em favor do pagodeiro. Com a sentença desta quinta-feira, um novo mandado de prisão foi expedido.
Outros envolvidos
Na mesma sessão desta quinta-feira, a 8ª Câmara condenou Antonio Carlos Ferreira Gabriel, o Rumba, líder comunitário da favela do Jacarezinho (zona norte do Rio). Ele também teve a prisão decretada.
Rumba havia sido absolvido, porque, segundo a juíza Rute Lins Viana, não havia provas suficientes para condená-lo.
Divulgação |
Esconderijo onde o pagodeiro Belo foi encontrado, no Rio |
O recurso do Ministério Público (apelação criminal) foi interposto contra 14 réus, entre eles, o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco --acusado também pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.
Suspeitas
As suspeitas envolvendo Belo com traficantes surgiram a partir de grampos, autorizados pela Justiça, em abril de 2002. Os grampos revelaram conversas entre o cantor e Waldir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho. Vado foi morto em agosto de 2002, durante confronto com policiais militares na favela.
Na conversa, o homem pede a Belo R$ 11 mil para comprar o que chama de "tecido fino" --que seria, segundo a polícia, uma gíria para cocaína. Belo pedia em troca um "tênis AR", que seria, ainda de acordo com a polícia, um fuzil AR-15.
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