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28/12/2004
-
10h26
da Folha Online
O cantor Marcelo Pires Vieira, 30, o Belo, permanecerá preso. O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Edson Vidigal, negou segunda-feira o pedido de habeas corpus proposto pelo advogado do pagodeiro.
Belo está no presídio Ary Franco, em Água Santa (zona norte do Rio). O cantor está preso desde o início de novembro, condenado por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Na decisão, o ministro Vidigal explicou que o pedido de liberdade para o cantor se confundia com o mérito da ação.
O STF (Supremo Tribunal Federal) também recusou na última quinta-feira um pedido de habeas corpus impetrado pelo advogado do cantor.
Agora, os autos seguem para o Ministério Público Federal. O caso somente deverá ser examinado no próximo ano, quando terminar o recesso forense.
A reportagem não conseguiu entrar em contato com os advogados de Belo, para comentar a decisão do STJ.
Prisão
No dia 4 de novembro, Belo foi condenado, por unanimidade, pela 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, a oito anos de prisão, em regime fechado, por tráfico de drogas e associação para o tráfico. O cantor foi preso em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes (zona oeste do Rio).
Para condenar o cantor, os desembargadores da 8ª Câmara Criminal do TJ acolheram o voto do relator, Flávio Magalhães, e reformaram a sentença da juíza Rute Lins Viana, da 34ª Vara Criminal.
No dia 30 de dezembro de 2002, a juíza condenou o cantor a seis anos de prisão, com direito de aguardar o julgamento do recurso em liberdade. O Ministério Público, então, apresentou recurso e os desembargadores aumentaram a pena do cantor para oito anos e expediram novo mandado de prisão, em dezembro de 2003.
Em janeiro de 2004, o STJ concedeu um habeas corpus em favor do pagodeiro.
Conversas
As suspeitas envolvendo Belo com traficantes surgiram a partir de grampos realizados em abril de 2002, com autorização judicial.
Nas gravações, havia conversas entre o cantor e Waldir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho (zona norte do Rio), que foi morto em agosto de 2002, durante confronto com policiais militares.
Na conversa, o homem pede a Belo R$ 11 mil para comprar o que chama de "tecido fino" --que seria, segundo a polícia, uma gíria para cocaína. Belo pedia em troca um "tênis AR", que seria, ainda de acordo com a polícia, um fuzil AR-15.
Leia mais
Entenda o caso que envolve o cantor Belo
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Leia o que já foi publicado sobre o caso que envolve o pagodeiro Belo
STJ nega habeas corpus ao cantor Belo
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O cantor Marcelo Pires Vieira, 30, o Belo, permanecerá preso. O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Edson Vidigal, negou segunda-feira o pedido de habeas corpus proposto pelo advogado do pagodeiro.
Belo está no presídio Ary Franco, em Água Santa (zona norte do Rio). O cantor está preso desde o início de novembro, condenado por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Na decisão, o ministro Vidigal explicou que o pedido de liberdade para o cantor se confundia com o mérito da ação.
Wanessa Soares/Folha Imagem |
O cantor Belo |
O STF (Supremo Tribunal Federal) também recusou na última quinta-feira um pedido de habeas corpus impetrado pelo advogado do cantor.
Agora, os autos seguem para o Ministério Público Federal. O caso somente deverá ser examinado no próximo ano, quando terminar o recesso forense.
A reportagem não conseguiu entrar em contato com os advogados de Belo, para comentar a decisão do STJ.
Prisão
No dia 4 de novembro, Belo foi condenado, por unanimidade, pela 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, a oito anos de prisão, em regime fechado, por tráfico de drogas e associação para o tráfico. O cantor foi preso em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes (zona oeste do Rio).
Para condenar o cantor, os desembargadores da 8ª Câmara Criminal do TJ acolheram o voto do relator, Flávio Magalhães, e reformaram a sentença da juíza Rute Lins Viana, da 34ª Vara Criminal.
No dia 30 de dezembro de 2002, a juíza condenou o cantor a seis anos de prisão, com direito de aguardar o julgamento do recurso em liberdade. O Ministério Público, então, apresentou recurso e os desembargadores aumentaram a pena do cantor para oito anos e expediram novo mandado de prisão, em dezembro de 2003.
Em janeiro de 2004, o STJ concedeu um habeas corpus em favor do pagodeiro.
Conversas
As suspeitas envolvendo Belo com traficantes surgiram a partir de grampos realizados em abril de 2002, com autorização judicial.
Nas gravações, havia conversas entre o cantor e Waldir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho (zona norte do Rio), que foi morto em agosto de 2002, durante confronto com policiais militares.
Na conversa, o homem pede a Belo R$ 11 mil para comprar o que chama de "tecido fino" --que seria, segundo a polícia, uma gíria para cocaína. Belo pedia em troca um "tênis AR", que seria, ainda de acordo com a polícia, um fuzil AR-15.
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