Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/01/2005 - 11h45

Tornados podem voltar a ocorrer no Sul, diz meteorologista

Publicidade

da Folha Online

Tornados, como os que atingiram nesta segunda-feira parte do município de Criciúma, no sul de Santa Catarina, podem voltar a ocorrer. A informação é do meteorologista Mamedes Luiz Melo, do Instituto Nacional de Meteorologia, do Ministério da Agricultura.

"Desde que haja as condições atmosféricas, ou seja, calor e umidade, o fenômeno pode voltar a acontecer não só em Santa Catarina mas em outros Estados da região Sul do país", afirmou Melo.

Os ventos danificaram cerca de 70 casas, destruíram outras três e provocaram a queda de árvores e postes. O fornecimento de luz também foi afetado.

Melo disse que é difícil prever os tornados com um período de antecedência muito grande. "O Brasil não possui equipamentos para detectar esse tipo de fenômeno. Os equipamentos podem informar com uma ou duas horas de antecedência se ocorrerá algum tornado."

Climatologia São Leopoldo
Tornado danifica casas
em Criciúma



O meteorologista ainda deu algumas dicas para a população se precaver. "A população deve, em primeiro lugar, tentar perceber de que direção o tornado está vindo. Se ele estiver vindo do norte para o sul, a orientação é fechar as portas e janelas da casa que estão do lado norte e deixar as portas e janelas do sul abertas para que o vento não pressione as paredes da casa. Pequenos objetos devem ser guardados porque o tornado, além de sugar, joga-os para o alto. A melhor maneira de se proteger é fazer abrigos subterrâneos, considerados mais seguros, e ficar lá até o tornado passar."

Ventos

Os ventos em Criciúma foram registrados das 15h15 às 16h de ontem. Um dos tornados durou aproximadamente sete minutos. A Defesa Civil Estadual afirma que os ventos superaram os 115 km/h.

A região da Vila Manaus foi a mais atingida. Uma mulher de 62 anos morreu em conseqüência de uma parada cardíaca, no momento da passagem do tornado, no bairro Santa Luzia. O destelhamento de casas deixou feridos.

De acordo com a Defesa Civil, o fenômeno desta segunda-feira foi caracterizado preliminarmente como tornado de força 1, de intensidade moderada.

Abrigo

Após o tornado, as ações de auxílio à população contaram com a prefeitura --por meio da Comissão Municipal de Defesa Civil--, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e do Exército.

O Ginásio Municipal foi transformado em abrigo para receber as vítimas. No entanto, ainda não há confirmação sobre o número de desabrigados. A Defesa Civil ainda faz o levantamento dos prejuízos.

Tornados

O meteorologista Luiz Fernando Nachtigall, da Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo (RS), afirma que os relatos de tornados no Sul do Brasil têm sido freqüentes.

Ele afirma que o episódio mais devastador ocorreu em Águas Claras, em Viamão (Grande Porto Alegre), em outubro de 2000.

De acordo com Nachtigall, o fenômeno desta segunda-feira foi resultado da atuação de áreas de instabilidade associadas ao ar quente e úmido de baixa pressão atmosférica que cobre o Sul do Brasil.

Catarina

No início do ano passado, o fenômeno Catarina causou estragos e mortes no litoral sul de Santa Catarina. Casas também foram danificadas no Rio Grande do Sul.

Na ocasião, a Defesa Civil afirmou que os prejuízos somaram mais de R$ 1 bilhão nos dois Estados.

O fenômeno é raro e causou divergências entre meteorologistas. A primeira definição para o fenômeno, como um furacão, partiu do Centro Nacional de Furacões dos EUA.

Para o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o que atingiu Santa Catarina e o Rio Grande do Sul foi um ciclone, fenômeno que apresenta temperaturas baixas no seu interior e ventos girando no mesmo sentido desde a superfície até os altos níveis.

Com Agência Brasil

Leia mais
  • Tornado atinge sul de SC com ventos de mais de 100 km/h
  • Chuva causa alagamentos em São Paulo

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre tornados
  • Leia sobre tempo no Folha Online-Weather
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página