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11/01/2005
-
00h27
da Folha Online
da Agência Folha
O corpo do dentista Eduardo Silva, 40, que morreu durante descida do pico do Aconcágua, na Argentina, deve chegar ao Brasil nesta terça-feira. Ele e a mulher, Rita Bragatto, 34, perderam os sentidos na última sexta-feira, depois de chegar ao topo da montanha. Rita sobreviveu.
O irmão do dentista, Jorge Alvarenga da Silva, que está na Argentina, é quem cuidou dos trâmites legais para o traslado do corpo, que foi levado a Córdoba nesta segunda.
"Não temos muito o que falar". A declaração do tio de Eduardo, Alcebíades Alvarenga da Silva, tem duas explicações: a família ainda está abalada e não sabe mais detalhes do ocorrido.
De acordo com ele, a única informação que recebeu é que o corpo do sobrinho já foi liberado e deve chegar hoje ao Brasil. Ele não soube informar, entretanto, em que cidade o receberiam nem o horário do vôo.
Congelamento
O casal, de Sorocaba (100 km de São Paulo), alcançou o cume do Aconcágua no começo da noite da última quinta-feira, mas não conseguiu fazer o caminho de volta. Silva e Rita desceram aproximadamente 200 metros e pararam para descansar, depois de notar sinais de congelamento.
Os dois foram encontrados por um guia norueguês, na sexta-feira, desacordados. No entanto, Silva não reagiu ao socorro. O corpo foi resgatado no domingo.
Rita passa bem. O casal se preparava para a escalada do Aconcágua havia sete meses.
Resgate
Domingo, em entrevista ao programa "Fantástico", da Rede Globo, Rita reclamou da falta de atendimento de resgate. "Eu realmente acho que foi falho o atendimento porque nós começamos a chamar no rádio por volta de sete horas da noite [de quinta-feira] e sete horas do dia seguinte, da manhã, ninguém tinha ido nos socorrer ainda", disse, por telefone.
"Acho que Deus me deu outra vida, porque as condições que nós passamos à noite lá, acho que com frio até de menos 30 graus [centígrados], vento forte. Eu só estou com um pequeno princípio de congelamento e muito desidratada."
"Logo de início eu já tive travamento nas pernas, e o Eduardo ligou, pedindo auxílio para irem nos resgatar. Eles falaram que a gente tinha que descer mais para sermos resgatados. Mas como eu ia descer se eu não podia andar?", disse.
Avalanche
Em fevereiro de 1998, Mozart Catão, Othon Leonardos e Alexandre Oliveira morreram no Aconcágua depois de serem atingidos por uma avalanche, durante uma escalada.
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da Agência Folha
O corpo do dentista Eduardo Silva, 40, que morreu durante descida do pico do Aconcágua, na Argentina, deve chegar ao Brasil nesta terça-feira. Ele e a mulher, Rita Bragatto, 34, perderam os sentidos na última sexta-feira, depois de chegar ao topo da montanha. Rita sobreviveu.
O irmão do dentista, Jorge Alvarenga da Silva, que está na Argentina, é quem cuidou dos trâmites legais para o traslado do corpo, que foi levado a Córdoba nesta segunda.
Arquivo pessoal |
Rita e Silva, que escalaram o monte Aconcágua |
De acordo com ele, a única informação que recebeu é que o corpo do sobrinho já foi liberado e deve chegar hoje ao Brasil. Ele não soube informar, entretanto, em que cidade o receberiam nem o horário do vôo.
Congelamento
O casal, de Sorocaba (100 km de São Paulo), alcançou o cume do Aconcágua no começo da noite da última quinta-feira, mas não conseguiu fazer o caminho de volta. Silva e Rita desceram aproximadamente 200 metros e pararam para descansar, depois de notar sinais de congelamento.
Os dois foram encontrados por um guia norueguês, na sexta-feira, desacordados. No entanto, Silva não reagiu ao socorro. O corpo foi resgatado no domingo.
Rita passa bem. O casal se preparava para a escalada do Aconcágua havia sete meses.
Resgate
Domingo, em entrevista ao programa "Fantástico", da Rede Globo, Rita reclamou da falta de atendimento de resgate. "Eu realmente acho que foi falho o atendimento porque nós começamos a chamar no rádio por volta de sete horas da noite [de quinta-feira] e sete horas do dia seguinte, da manhã, ninguém tinha ido nos socorrer ainda", disse, por telefone.
"Acho que Deus me deu outra vida, porque as condições que nós passamos à noite lá, acho que com frio até de menos 30 graus [centígrados], vento forte. Eu só estou com um pequeno princípio de congelamento e muito desidratada."
"Logo de início eu já tive travamento nas pernas, e o Eduardo ligou, pedindo auxílio para irem nos resgatar. Eles falaram que a gente tinha que descer mais para sermos resgatados. Mas como eu ia descer se eu não podia andar?", disse.
Avalanche
Em fevereiro de 1998, Mozart Catão, Othon Leonardos e Alexandre Oliveira morreram no Aconcágua depois de serem atingidos por uma avalanche, durante uma escalada.
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