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11/01/2005
-
20h41
da Folha Online
O corpo do dentista Eduardo Silva, 40, que morreu na última sexta-feira durante descida do pico do Aconcágua, na Argentina, chegou ao Brasil na noite desta terça.
Silva e a mulher, Rita Bragatto, 34, perderam os sentidos depois de chegarem ao topo da montanha. Rita sobreviveu. Ainda debilitada, ela chegou em cadeira de rodas e, no aeroporto, não falou com a imprensa.
O corpo do dentista seguiu do aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos (região metropolitana), para Sorocaba (100 km de São Paulo), onde será velado e enterrado.
O casal alcançou o cume do Aconcágua na noite da última quinta-feira, mas não conseguiu fazer o caminho de volta. Silva e Rita, que estavam sem guia, desceram aproximadamente 200 metros e pararam para descansar, depois de notar sinais de congelamento.
Os dois foram encontrados por um guia norueguês, na sexta-feira, desacordados. No entanto, Silva não reagiu ao socorro. O corpo foi resgatado no domingo. Rita passa bem.
Causas
O horário em que o casal chegou ao cume e a ausência do resgate estão sendo levantados como justificativas para o acidente. Para Vitor Negrete, que escalou o Aconcágua cinco vezes, no entanto, a questão não é simples assim. Ele, junto com Rodrigo Ranieri, foi o primeiro brasileiro a chegar ao topo pela face sul, considerada a mais difícil e perigosa.
"A escalada até o cume do Aconcágua pela via normal, por não apresentar muita dificuldade, pode colocar muitas pessoas menos experientes em situações potencialmente perigosas", afirma.
"O ideal, para os menos experientes, é ir com guias. Os escaladores que optam por subir sozinhos estão assumindo um risco. A chegada é apenas metade do caminho. É preciso ter ainda condições físicas e suprimentos para descida", disse Negrete.
Negrete, que junto com Ranieri trabalha para uma agência que organiza expedições para o Aconcágua, diz que, nas viagens feitas em grupo, o horário planejado para a chegada ao cume é até as 16h, para que a descida comece antes das 17h. Diferentemente da subida, que pode levar até 12 horas, a descida, na pior das hipóteses, demora quatro horas.
O casal se preparava para a escalada do Aconcágua havia sete meses.
Com Folha de S.Paulo
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Corpo de dentista morto no Aconcágua chega ao Brasil
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O corpo do dentista Eduardo Silva, 40, que morreu na última sexta-feira durante descida do pico do Aconcágua, na Argentina, chegou ao Brasil na noite desta terça.
Silva e a mulher, Rita Bragatto, 34, perderam os sentidos depois de chegarem ao topo da montanha. Rita sobreviveu. Ainda debilitada, ela chegou em cadeira de rodas e, no aeroporto, não falou com a imprensa.
Arquivo pessoal |
Rita e Silva, que escalaram o monte Aconcágua |
O corpo do dentista seguiu do aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos (região metropolitana), para Sorocaba (100 km de São Paulo), onde será velado e enterrado.
O casal alcançou o cume do Aconcágua na noite da última quinta-feira, mas não conseguiu fazer o caminho de volta. Silva e Rita, que estavam sem guia, desceram aproximadamente 200 metros e pararam para descansar, depois de notar sinais de congelamento.
Os dois foram encontrados por um guia norueguês, na sexta-feira, desacordados. No entanto, Silva não reagiu ao socorro. O corpo foi resgatado no domingo. Rita passa bem.
Causas
O horário em que o casal chegou ao cume e a ausência do resgate estão sendo levantados como justificativas para o acidente. Para Vitor Negrete, que escalou o Aconcágua cinco vezes, no entanto, a questão não é simples assim. Ele, junto com Rodrigo Ranieri, foi o primeiro brasileiro a chegar ao topo pela face sul, considerada a mais difícil e perigosa.
"A escalada até o cume do Aconcágua pela via normal, por não apresentar muita dificuldade, pode colocar muitas pessoas menos experientes em situações potencialmente perigosas", afirma.
"O ideal, para os menos experientes, é ir com guias. Os escaladores que optam por subir sozinhos estão assumindo um risco. A chegada é apenas metade do caminho. É preciso ter ainda condições físicas e suprimentos para descida", disse Negrete.
Negrete, que junto com Ranieri trabalha para uma agência que organiza expedições para o Aconcágua, diz que, nas viagens feitas em grupo, o horário planejado para a chegada ao cume é até as 16h, para que a descida comece antes das 17h. Diferentemente da subida, que pode levar até 12 horas, a descida, na pior das hipóteses, demora quatro horas.
O casal se preparava para a escalada do Aconcágua havia sete meses.
Com Folha de S.Paulo
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