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03/02/2005
-
04h51
da Agência Folha, em Curitiba
Relatório do DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes) sobre as causas da queda da ponte da represa do Capivari, ao qual a Folha teve acesso na quarta-feira, irá apontar que a intensa chuva que atingiu a região, na noite do acidente, provocou o desabamento.
Segundo o documento, infiltração de água no solo da encosta da ponte foi suficiente para produzir um deslizamento de terra que atingiu os pilares da estrutura. O custo das obras de recuperação e construção da ponte está estimado em R$ 7 milhões --três vezes mais do que o anunciado logo após o acidente (R$ 2 milhões).
O relatório menciona que choveu 83 milímetros na região da cabeceira da ponte na noite do acidente, o que corresponde a um índice pluviométrico de 15 dias para a região. O Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) confirmou um número parecido com o que está no laudo.
Foram registrados 81,8 milímetros de chuva entre 20h15 de terça-feira, dia 25, e 2h15 de quarta. Parte da ponte veio abaixo por volta das 22h30 de terça.
Drenagem
O que o laudo não menciona são as falhas no sistema de drenagem. Ele começa no canteiro central que separa as duas pontes da represa do Capivari. O sistema é original dos anos 60, quando a rodovia foi inaugurada.
O engenheiro Ronaldo Jares, chefe de unidade do DNIT, admitiu que drenagem absorvia a água da chuva de forma superficial. O engenheiro reconheceu ainda que a drenagem deveria ter sido trocada por um sistema moderno, o que só foi constatado, segundo ele, após o acidente. "Durante 40 anos funcionou assim. Não tínhamos como prever."
A drenagem no local é constituída de uma valeta de cem metros de extensão que começa no canteiro central e desce até o lago da represa. Sua profundidade é de 1,50 metro. A valeta é forrada de brita e bidin, um tecido especial com aparência de tela que ajuda no escoamento da água.
Sistemas modernos têm tubos de concreto ou plástico envoltos no bidin. Ficam instalados sob brita ou areia. Os dois materiais e a tela impedem que a água penetre no solo e faz com que ela vá para a boca de saída da valeta.
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Relatório volta a apontar chuva como causa de desabamento
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Relatório do DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes) sobre as causas da queda da ponte da represa do Capivari, ao qual a Folha teve acesso na quarta-feira, irá apontar que a intensa chuva que atingiu a região, na noite do acidente, provocou o desabamento.
Segundo o documento, infiltração de água no solo da encosta da ponte foi suficiente para produzir um deslizamento de terra que atingiu os pilares da estrutura. O custo das obras de recuperação e construção da ponte está estimado em R$ 7 milhões --três vezes mais do que o anunciado logo após o acidente (R$ 2 milhões).
J.Oliveira/Folha Imagem |
Ponte sobre a represa do Capivari, que desabou |
Foram registrados 81,8 milímetros de chuva entre 20h15 de terça-feira, dia 25, e 2h15 de quarta. Parte da ponte veio abaixo por volta das 22h30 de terça.
Drenagem
O que o laudo não menciona são as falhas no sistema de drenagem. Ele começa no canteiro central que separa as duas pontes da represa do Capivari. O sistema é original dos anos 60, quando a rodovia foi inaugurada.
O engenheiro Ronaldo Jares, chefe de unidade do DNIT, admitiu que drenagem absorvia a água da chuva de forma superficial. O engenheiro reconheceu ainda que a drenagem deveria ter sido trocada por um sistema moderno, o que só foi constatado, segundo ele, após o acidente. "Durante 40 anos funcionou assim. Não tínhamos como prever."
A drenagem no local é constituída de uma valeta de cem metros de extensão que começa no canteiro central e desce até o lago da represa. Sua profundidade é de 1,50 metro. A valeta é forrada de brita e bidin, um tecido especial com aparência de tela que ajuda no escoamento da água.
Sistemas modernos têm tubos de concreto ou plástico envoltos no bidin. Ficam instalados sob brita ou areia. Os dois materiais e a tela impedem que a água penetre no solo e faz com que ela vá para a boca de saída da valeta.
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