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04/02/2005 - 23h04

Pela primeira vez no Grupo Especial, Mancha Verde abre Carnaval de SP

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da Folha Online

A Mancha Verde abriu por volta das 23h desta sexta-feira --com cerca de meia hora de atraso-- os desfiles do Carnaval de São Paulo. O atraso teria sido causado pela demora na chegada dos jurados ao Anhembi. Pela primeira vez no Grupo Especial, a escola de samba leva para o sambódromo o enredo "Da pré-história aos transgênicos, Mato Grosso, uma mancha verde no coração do Brasil", que homenageia o Estado de Mato Grosso.

"O enredo chamou a nossa atenção por falar de um Estado novo, o que mais cresce hoje no país, e um Estado guerreiro, que tem a ver com nossa escola de samba", diz o carnavalesco Eduardo Caetano. "Além disso, é um local que tem uma cultura muito rica".

No desfile, a escola aparece dividida em quatro setores --o primeiro chamado "Formações da Terra". "Mostramos que o planeta era gelo, depois virou um grande mar. Após milhões de anos, a Terra virou um grande deserto e, depois, vieram as vegetações e o período cretáceo, que foi a era dos dinossauros", descreve Caetano.

O primeiro setor mostra ainda as primeiras civilizações que habitaram o planeta. No segundo setor, aparecem os ecossistemas presentes em Mato Grosso, que, segundo o carnavalesco, é o único Estado que possui quatro ecossistemas --cerrado, araguaia, pantanal e amazônico.

No desfile, são mostradas ainda as formas de vida que habitam estes ecossistemas, como peixes, répteis, anfíbios, mamíferos e aves, além de borboletas multicoloridas. "São mais de mil espécies de borboletas no Mato Grosso", diz Caetano.

O terceiro setor apresenta as civilizações indígenas presentes no Estado --os índios caiapós e xavantes -- e o Parque Nacional do Xingu. A "febre do ouro" --corrida desenfreada pelo estado do Mato Grosso em busca do ouro, no período colonial, também é retratada nesse setor, onde aparecem bandeirantes, escravos e outros personagens da época.

A Guerra do Paraguai também é representada no desfile. "Foi a maior batalha que o Brasil já teve, e tanto a entrada como a saída para a guerra aconteceram pelo Mato Grosso", conta o carnavalesco. A cultura e a economia mato-grossenses são mostradas no quarto setor, que simboliza o período atual.

De acordo com Caetano, neste setor, há uma representação da "Festa do Quarup", ritual realizado pelos índios do Mato Grosso para ressuscitar os bons espíritos e afastar os maus. A música regionalista também é mostrada --como, por exemplo, a viola de cocho-- além das plantações de cana-de-açúcar, algodão e soja, que são a base da economia do Estado.

"O Mato Grosso é o maior produtor mundial de soja", explica Caetano. "Nós fechamos o desfile falando da questão da soja transgênica, discutimos um pouco dessa polêmica, mas com bom humor".

A modelo Viviane Araújo será a rainha da bateria da escola neste ano. Outro famoso a desfilar será o pagodeiro Rodriguinho, ex-vocalista do grupo "Os Travessos".

Desfiles

Após a Mancha Verde, passam pelo sambódromo Imperador do Ipiranga, Vai-Vai, Acadêmicos do Tatuapé, Mocidade Alegre, Acadêmicos do Tucuruvi, Rosas de Ouro e Império de Casa Verde.

Amanhã é a vez de Tom Maior, Barroca Zona Sul, X-9 Paulistana, Nenê de Vila Matilde, Camisa Verde e Branco, Águia de Ouro, Unidos de Vila Maria e Leandro de Itaquera.

No domingo ocorrem os desfiles do Grupo de Acesso: Primeira da Aclimação, Combinados de Sapopemba, Pérola Negra, Camisa 12, Unidos do Peruche, Gaviões da Fiel e Unidos de São Lucas.

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