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06/02/2005 - 07h43

Escolas de São Paulo superam falta de verba com criatividade

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da Folha Online

Muita criatividade e diversidade de temas marcaram os dois dias de desfile do Carnaval de São Paulo. Alegorias originais e abre-alas ousados foram vistos nos dois dias de festa.

Sem receber a maior parte da verba prometida pela prefeitura de São Paulo até o início do ano, alguns dos carnavalescos optaram por materiais mais baratos e pela vibração dos desfiles para contagiar a arquibancada e conquistar os juízes.

Problemas financeiros à parte, o que se viu nesses dois dias no sambódromo foi uma grande diversidade de temas, que passaram por histórias de Estados e países, homenagens a personalidades e instituições, além de enredos engajados.

A crítica social teve presença marcante no segundo dia de desfiles em São Paulo com a Águia de Ouro, que fez um dos desfiles mais comentados da segunda noite de Carnaval. Com um enredo que tratou da desigualdade social, a agremiação surpreendeu o público ao misturar o sagrado e o profano. O bispo de Duque de Caxias (RJ), dom Mauro Morelli, um dos criadores do programa Fome Zero, participou do desfile no último carro alegórico.

Com o enredo "Sabendo usar, não vai faltar", a Tom Maior abriu a segunda noite do Grupo Especial cantando a ecologia e a importância da reciclagem. Antes de iniciar o desfile, porém, a escola precisou resolver uma pequena confusão na concentração. Alguns integrantes foram impedidos de desfilar porque a escola não levou os capacetes da fantasia. A madrinha da bateria, a dançarina Adriana Bombom, foi uma das mais aplaudidas pela platéia.

A segunda escola a entrar foi a Barroca Zona Sul, escola afiliada da carioca Mangueira. Apesar de não ter problemas com o tempo, a Barroca teve falhas na evolução, caracterizadas por "buracos" no desfile. A escola precisou correr para cumprir o desfile a tempo.

A X-9, que homenageou Chitãozinho & Xororó, fez um desfile luxuoso, repleto de referências ao mundo sertanejo. Apesar de toda a boa vontade da família, a apresentação mostrou um samba tímido.

Uma das escolas mais tradicionais de São Paulo, a Nenê da Vila Matilde levou para o Anhembi a comunidade da zona leste com um enredo que homenageou a águia --animal símbolo da própria escola. Elementos em prata e azul invadiram o sambódromo desde o início da apresentação.

A Camisa Verde e Branco escolheu fazer uma homenagem aos serviços pelo telefone. A apresentação lembrou a invenção do aparelho para depois mostrar a evolução tecnológica do telefone.

Com bom humor e ironia, a Unidos da Vila Maria levou para o Anhembi muita cor e originalidade. O penúltimo desfile do segundo dia do Carnaval de São Paulo começou sob chuva de papel picado e apresentou o enredo "Sonho Realidade no Circo da Vida", um samba cheio de comparações de personagens e situações cômicas da vida real.

A Leandro de Itaquera fechou o Carnaval de 2005 em busca da vitória com enredo "Rotary: dar de si antes de pensar em si - o Carnaval das emoções", uma homenagem da escola ao clube que completa 100 anos de existência.

A primeira noite de desfiles contou com Mancha Verde, Imperador do Ipiranga, Vai-Vai, Acadêmicos do Tatuapé, Mocidade Alegre, Acadêmicos do Tucuruvi, Rosas de Ouro e Império de Casa Verde.

No domingo ocorrem os desfiles do Grupo de Acesso: Primeira da Aclimação, Combinados de Sapopemba, Pérola Negra, Camisa 12, Unidos do Peruche, Gaviões da Fiel e Unidos de São Lucas.

O resultado da apuração dos fotos dos jurados será conhecido na terça-feira pela manhã.

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