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16/02/2005
-
23h52
MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba
A mãe do surfista brasileiro Rodrigo Gularte, 32, condenado à morte por tráfico de drogas na Indonésia, lançou na quarta-feira, em Curitiba (PR), uma campanha para tentar livrar o filho do fuzilamento.
Foi o primeiro contato público de Clarisse Muxfeldt Gularte, 59, desde a condenação pela Corte Provincial da ilha de Java, no dia 7. "A pena de morte é muito cruel nos dias de hoje, quando se luta pela paz e prevalência dos direitos humanos."
Antes de dar entrevista na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Paraná, ela leu uma nota em que diz que a notícia da condenação do filho à morte "foi um choque" do qual ela e a família ainda não se recuperaram.
A iniciativa da campanha em defesa de uma pena mais branda ao surfista foi da OAB-PR. O presidente da entidade, Manoel Antonio de Oliveira Franco, disse esperar que ela seja encampada pela OAB nacional e entidades internacionais de direitos humanos.
"Queremos abrir a discussão sobre a pena de morte em casos como esse de Rodrigo." O representante da área de direitos humanos da entidade, Cleverson Marinho Teixeira, defendeu o envolvimento da diplomacia brasileira já no caso. "O que não podemos é ficar omissos."
Clarisse Gularte disse que não acompanhou o julgamento do filho em Jacarta, como foi divulgado. Ela estava na ilha do Mel --litoral do Paraná-- em casa de amigos. "Se eu lhe contar que soube do julgamento dois dias antes, você acredita?", indagou à reportagem.
Aflição
A falta de notícia antecipada do julgamento está deixando a família insegura quanto à defesa do surfista, segundo a mãe. Há um advogado indonésio constituído para o caso.
A empresária da área de publicidade disse que só falou com o filho na última terça-feira. O contato se deu por intermédio do celular do advogado na prisão que fica nos arredores de Jacarta. "Até então ele tinha falado com o pai e a prima, mas me evitava, talvez por falta de coragem."
Clarisse Gularte justificou a campanha em favor da clemência ao filho dizendo não ver em Rodrigo "um mafioso ou traficante, e sim como um jovem que cometeu uma grande burrada, mas que não pode pagar por ela com a vida". Ela disse ainda ter fé que a morte "não vai acontecer".
O surfista foi condenado pela tentativa de entrar na Indonésia --maior país de religião muçulmana do mundo-- com 6 kg de cocaína. Em julho do ano passado, a polícia do aeroporto de Jacarta encontrou a droga dentro de oito pranchas de surfe. Gularte assumiu o tráfico e livrou dois colegas de viagem de qualquer responsabilidade.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre brasileiros presos no exterior
Leia o que já foi publicado sobre condenações por tráfico de drogas
Leia o que já foi publicado sobre a Indonésia
Mãe de brasileiro condenado à morte na Indonésia lança campanha
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da Agência Folha, em Curitiba
A mãe do surfista brasileiro Rodrigo Gularte, 32, condenado à morte por tráfico de drogas na Indonésia, lançou na quarta-feira, em Curitiba (PR), uma campanha para tentar livrar o filho do fuzilamento.
Foi o primeiro contato público de Clarisse Muxfeldt Gularte, 59, desde a condenação pela Corte Provincial da ilha de Java, no dia 7. "A pena de morte é muito cruel nos dias de hoje, quando se luta pela paz e prevalência dos direitos humanos."
Antes de dar entrevista na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Paraná, ela leu uma nota em que diz que a notícia da condenação do filho à morte "foi um choque" do qual ela e a família ainda não se recuperaram.
A iniciativa da campanha em defesa de uma pena mais branda ao surfista foi da OAB-PR. O presidente da entidade, Manoel Antonio de Oliveira Franco, disse esperar que ela seja encampada pela OAB nacional e entidades internacionais de direitos humanos.
"Queremos abrir a discussão sobre a pena de morte em casos como esse de Rodrigo." O representante da área de direitos humanos da entidade, Cleverson Marinho Teixeira, defendeu o envolvimento da diplomacia brasileira já no caso. "O que não podemos é ficar omissos."
Clarisse Gularte disse que não acompanhou o julgamento do filho em Jacarta, como foi divulgado. Ela estava na ilha do Mel --litoral do Paraná-- em casa de amigos. "Se eu lhe contar que soube do julgamento dois dias antes, você acredita?", indagou à reportagem.
Aflição
A falta de notícia antecipada do julgamento está deixando a família insegura quanto à defesa do surfista, segundo a mãe. Há um advogado indonésio constituído para o caso.
A empresária da área de publicidade disse que só falou com o filho na última terça-feira. O contato se deu por intermédio do celular do advogado na prisão que fica nos arredores de Jacarta. "Até então ele tinha falado com o pai e a prima, mas me evitava, talvez por falta de coragem."
Clarisse Gularte justificou a campanha em favor da clemência ao filho dizendo não ver em Rodrigo "um mafioso ou traficante, e sim como um jovem que cometeu uma grande burrada, mas que não pode pagar por ela com a vida". Ela disse ainda ter fé que a morte "não vai acontecer".
O surfista foi condenado pela tentativa de entrar na Indonésia --maior país de religião muçulmana do mundo-- com 6 kg de cocaína. Em julho do ano passado, a polícia do aeroporto de Jacarta encontrou a droga dentro de oito pranchas de surfe. Gularte assumiu o tráfico e livrou dois colegas de viagem de qualquer responsabilidade.
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