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24/02/2005
-
10h07
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O aumento do número de mortes entre jovens do sexo masculino já começa a afetar a proporção de homens e mulheres no país, segundo a Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além da expectativa de vida maior das mulheres, as mortes não-naturais (causadas por acidentes ou atos de violência) entre homens de 20 a 24 anos chegam a ser dez vezes maiores do que a de mulheres nesta mesma faixa etária.
Nem sempre foi assim. De 1980 a 2003, o número de mortes por causas externas passou de 121 para 184 a cada 100 mil habitantes. Antes, as mortes por causas naturais superavam as violentas. Entre as mulheres, a taxa permaneceu praticamente inalterada neste período.
Os jovens de 20 a 24 anos são os principais alvos de mortes violentas. Por isso, a sensação de que existem mais mulheres do que homens no país deixou de ser um presságio para se tornar uma estatística.
Fatores naturais também interferem na defasagem, como a expectativa de vida. O brasileiro médio vive 71,3 anos. Já as mulheres vivem em média de 75,2 anos. Os homens, 67,6 anos.
Em 2003, a média era de 95,2 homens para cada 100 mulheres. Na região metropolitana do Rio de Janeiro, no entanto, essa proporção chega a 86,5 homens para cada 100 mulheres. O excedente de mulheres cresceu 57% desde 1992. Em 2003, havia 4,3 milhões de mulheres a mais do que os homens no país.
Não é só o Rio de Janeiro que sofre com a defasagem entre homens e mulheres. O Distrito Federal conta com apenas 87,6 homens para cada 100 mulheres. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a diferença entre as expectativas de vida em função do sexo permaneceu determinando um excedente de mulheres em relação ao número de homens.
Existem Estados em que o total de homens supera o de mulheres, como Amapá, Tocantins, Espírito Santo e Mato Grosso.
Os movimentos migratórios específicos também contribuem para alterar a proporção. Os nordestinos são o grupo de maior peso na população de emigrantes brasileiros e representam cerca de 57%. A região Sudeste mantém sua tradição de maior pólo de atração dos emigrantes nordestinos, já que 70,7% se dirigiram para esta região.
O segundo grupo que historicamente mais emigrou tem como origem o Sudeste, com 20,6% do total de emigrantes. Eles se dirigem em sua maioria para a região Centro-Oeste (37%) em razão dos movimentos de ocupação das últimas fronteiras agrícolas.
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da Folha Online, no Rio
O aumento do número de mortes entre jovens do sexo masculino já começa a afetar a proporção de homens e mulheres no país, segundo a Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além da expectativa de vida maior das mulheres, as mortes não-naturais (causadas por acidentes ou atos de violência) entre homens de 20 a 24 anos chegam a ser dez vezes maiores do que a de mulheres nesta mesma faixa etária.
Nem sempre foi assim. De 1980 a 2003, o número de mortes por causas externas passou de 121 para 184 a cada 100 mil habitantes. Antes, as mortes por causas naturais superavam as violentas. Entre as mulheres, a taxa permaneceu praticamente inalterada neste período.
Os jovens de 20 a 24 anos são os principais alvos de mortes violentas. Por isso, a sensação de que existem mais mulheres do que homens no país deixou de ser um presságio para se tornar uma estatística.
Fatores naturais também interferem na defasagem, como a expectativa de vida. O brasileiro médio vive 71,3 anos. Já as mulheres vivem em média de 75,2 anos. Os homens, 67,6 anos.
Em 2003, a média era de 95,2 homens para cada 100 mulheres. Na região metropolitana do Rio de Janeiro, no entanto, essa proporção chega a 86,5 homens para cada 100 mulheres. O excedente de mulheres cresceu 57% desde 1992. Em 2003, havia 4,3 milhões de mulheres a mais do que os homens no país.
Não é só o Rio de Janeiro que sofre com a defasagem entre homens e mulheres. O Distrito Federal conta com apenas 87,6 homens para cada 100 mulheres. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a diferença entre as expectativas de vida em função do sexo permaneceu determinando um excedente de mulheres em relação ao número de homens.
Existem Estados em que o total de homens supera o de mulheres, como Amapá, Tocantins, Espírito Santo e Mato Grosso.
Os movimentos migratórios específicos também contribuem para alterar a proporção. Os nordestinos são o grupo de maior peso na população de emigrantes brasileiros e representam cerca de 57%. A região Sudeste mantém sua tradição de maior pólo de atração dos emigrantes nordestinos, já que 70,7% se dirigiram para esta região.
O segundo grupo que historicamente mais emigrou tem como origem o Sudeste, com 20,6% do total de emigrantes. Eles se dirigem em sua maioria para a região Centro-Oeste (37%) em razão dos movimentos de ocupação das últimas fronteiras agrícolas.
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