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08/03/2005
-
11h41
da Folha Online
Quase todas as mulheres que registram ocorrências nas DDMs (Delegacias da Mulher) queixam-se de violência doméstica e foram vítimas das agressões outras vezes. A constatação é da delegada Márcia Salgado, dirigente do setor de apoio técnico das DDMs, que lamenta a demora nas denúncias.
"Mais que o medo da reação do companheiro, é vergonha. Como isso [as agressões] acontece na esfera privada, para denunciar, é preciso que ela devasse sua vida publicamente", disse.
A falta de apoio familiar também costuma prolongar o silêncio. "Quando ela está denunciando, em tese, vai contra a pessoa com quem escolheu viver. É um atestado a si própria de que talvez tenha escolhido a pessoa errada. É comum que os familiares reajam com um 'eu bem que avisei'", retardando a busca por ajuda.
No ano passado, foram registradas 289.127 ocorrências em todas as DDMs do Estado. O número é pouco menor que o registrado no ano anterior --290.961. "A polícia trabalha somente com o número de notificações, por isso, o dado ainda não é preciso. Não há como quantificar, exatamente, o número de vítimas", disse.
A informação sobre seus direitos pode ser o melhor caminho para a mulher. "A vítima costuma acreditar em tudo o que o agressor diz. Se ele diz que, quando ela for embora, vai perder a guarda dos filhos, a mulher costuma acreditar. E não é assim. O melhor é procurar ajuda especializada", afirma.
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Pressão familiar e vergonha atrasam denúncias de violência doméstica
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Quase todas as mulheres que registram ocorrências nas DDMs (Delegacias da Mulher) queixam-se de violência doméstica e foram vítimas das agressões outras vezes. A constatação é da delegada Márcia Salgado, dirigente do setor de apoio técnico das DDMs, que lamenta a demora nas denúncias.
"Mais que o medo da reação do companheiro, é vergonha. Como isso [as agressões] acontece na esfera privada, para denunciar, é preciso que ela devasse sua vida publicamente", disse.
A falta de apoio familiar também costuma prolongar o silêncio. "Quando ela está denunciando, em tese, vai contra a pessoa com quem escolheu viver. É um atestado a si própria de que talvez tenha escolhido a pessoa errada. É comum que os familiares reajam com um 'eu bem que avisei'", retardando a busca por ajuda.
No ano passado, foram registradas 289.127 ocorrências em todas as DDMs do Estado. O número é pouco menor que o registrado no ano anterior --290.961. "A polícia trabalha somente com o número de notificações, por isso, o dado ainda não é preciso. Não há como quantificar, exatamente, o número de vítimas", disse.
A informação sobre seus direitos pode ser o melhor caminho para a mulher. "A vítima costuma acreditar em tudo o que o agressor diz. Se ele diz que, quando ela for embora, vai perder a guarda dos filhos, a mulher costuma acreditar. E não é assim. O melhor é procurar ajuda especializada", afirma.
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