Publicidade
Publicidade
11/03/2005
-
21h07
da Folha Online
A Febem (Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor) informou, na noite desta sexta-feira, que foram recapturados 163 dos 307 internos que escaparam ontem do complexo do Tatuapé (zona leste de São Paulo), em uma das maiores fugas em massa do sistema. Outros 144 seguem foragidos.
Após a fuga, os internos que ficaram no complexo renderam funcionários e promoveram uma rebelião, a 17ª do ano no sistema e 14ª no complexo do Tatuapé --que possui 18 unidades. Antes, outro motim foi registrado em Franco da Rocha (Grande São Paulo).
Na tarde desta sexta, os internos promoveram novo tumulto nos dois complexos. Por volta das 21h, a Polícia Militar tentava conter os internos do complexo Tatuapé, durante uma revista.
A maior fuga registrada na Febem foi em setembro de 1999, quando 644 internos escaparam do complexo Imigrantes --45% dos internos. O complexo foi desativado no mesmo ano.
O secretário da Justiça de São Paulo e presidente da Febem (Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor), Alexandre de Moraes, afirmou que a partir deste sábado um novo esquema de segurança será implantado e descartou desativar o complexo do Tatuapé.
"Vamos diminuir os turnos para que os grupos de seguranças possam fazer mais revistas. Com isso, vamos tentar impedir a produção das facas artesanais. Também vamos aperfeiçoar a segurança criando esquemas preventivos, aumentando a comunicação entre a nossa segurança e a patrimonial [terceirizada]", disse.
Segundo ele, a fuga e rebelião foram motivados pela transferência de 12 líderes --todos acima de 18 anos--, dos internos do Tatuapé, que ocorreu na manhã de quarta-feira.
"Da mesma forma que não ficaremos como reféns de maus funcionários [referindo-se aos 1.753 funcionários demitidos ], não seremos reféns de líderes dos estabelecimentos", comentou Moraes.
Feridos
A rebelião no complexo, que se estendeu pela madrugada desta sexta, deixou cerca de 30 funcionários feridos, sendo dois em estado grave. Ao menos seis jovens precisaram de atendimento médico.
Segundo boletim médico emitido pelo hospital do Tatuapé, os dois funcionários que permanecem internados apresentam quadro clínico estável, apesar da gravidade dos ferimentos.
Em Franco da Rocha (Grande São Paulo), a rebelião de quinta-feira deixou um funcionário e cinco internos feridos.
Medo
A fuga em massa no Tatuapé levou pânico aos moradores e motoristas que estavam em ruas e avenidas em entorno do complexo, principalmente na Salim Farah Maluf, Celso Garcia e Radial Leste.
Armados com barras de ferro e paus os adolescentes renderam três funcionários, atearam fogo em colchões e nas instalações, depredaram o prédio e subiram nos telhados, onde exibiram os reféns.
O complexo tem capacidade para 1.552 internos, divididos nas 18 unidades, mas abrigava 1.539 antes da fuga, segundo a assessoria da Febem.
Leia mais
Unidades de dois complexos da Febem voltam a ter tumulto
Funcionários da Febem realizam assembléia e passeata em São Paulo
Febem registra fuga em massa após rebelião em SP
Especial
Leia o que já foi publicado sobre rebeliões na Febem
Leia mais na especial sobre a crise na Febem
Sobe para 163 o número de internos da Febem do Tatuapé recapturados
Publicidade
A Febem (Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor) informou, na noite desta sexta-feira, que foram recapturados 163 dos 307 internos que escaparam ontem do complexo do Tatuapé (zona leste de São Paulo), em uma das maiores fugas em massa do sistema. Outros 144 seguem foragidos.
Após a fuga, os internos que ficaram no complexo renderam funcionários e promoveram uma rebelião, a 17ª do ano no sistema e 14ª no complexo do Tatuapé --que possui 18 unidades. Antes, outro motim foi registrado em Franco da Rocha (Grande São Paulo).
R.Cassimiro/Folha Imagem |
Policiais recapturam fugitivos do complexo Tatuapé |
A maior fuga registrada na Febem foi em setembro de 1999, quando 644 internos escaparam do complexo Imigrantes --45% dos internos. O complexo foi desativado no mesmo ano.
O secretário da Justiça de São Paulo e presidente da Febem (Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor), Alexandre de Moraes, afirmou que a partir deste sábado um novo esquema de segurança será implantado e descartou desativar o complexo do Tatuapé.
"Vamos diminuir os turnos para que os grupos de seguranças possam fazer mais revistas. Com isso, vamos tentar impedir a produção das facas artesanais. Também vamos aperfeiçoar a segurança criando esquemas preventivos, aumentando a comunicação entre a nossa segurança e a patrimonial [terceirizada]", disse.
M.Lopes Junior/Folha Imagem |
Internos fazem protesto em unidade da Febem no Tatuapé |
Segundo ele, a fuga e rebelião foram motivados pela transferência de 12 líderes --todos acima de 18 anos--, dos internos do Tatuapé, que ocorreu na manhã de quarta-feira.
"Da mesma forma que não ficaremos como reféns de maus funcionários [referindo-se aos 1.753 funcionários demitidos ], não seremos reféns de líderes dos estabelecimentos", comentou Moraes.
Feridos
A rebelião no complexo, que se estendeu pela madrugada desta sexta, deixou cerca de 30 funcionários feridos, sendo dois em estado grave. Ao menos seis jovens precisaram de atendimento médico.
Segundo boletim médico emitido pelo hospital do Tatuapé, os dois funcionários que permanecem internados apresentam quadro clínico estável, apesar da gravidade dos ferimentos.
Em Franco da Rocha (Grande São Paulo), a rebelião de quinta-feira deixou um funcionário e cinco internos feridos.
Medo
A fuga em massa no Tatuapé levou pânico aos moradores e motoristas que estavam em ruas e avenidas em entorno do complexo, principalmente na Salim Farah Maluf, Celso Garcia e Radial Leste.
Armados com barras de ferro e paus os adolescentes renderam três funcionários, atearam fogo em colchões e nas instalações, depredaram o prédio e subiram nos telhados, onde exibiram os reféns.
O complexo tem capacidade para 1.552 internos, divididos nas 18 unidades, mas abrigava 1.539 antes da fuga, segundo a assessoria da Febem.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice