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21/03/2005 - 09h21

Polícia procura acusados de morte por causa de comentário no Orkut

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ADRIANA ALVES
KATIUCIA MAGALHÃES
da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto

A polícia procura dois acusados de envolvimento em um assassinato em Ribeirão Preto (314 km de São Paulo) que teria sido causado por mensagens postadas na internet, na página de relacionamentos Orkut.

É a conclusão do inquérito policial para o assassinato de João Carlos Duarte Paiva Arantes, 34, em 18 de fevereiro, em um posto de combustível que era o tema da lista de discussão onde teria sido feito o comentário. Um acusado, irmão do homem que seria citado no comentário, está preso.

João Carlos Arantes foi morto com 15 tiros disparados à queima-roupa, no posto, no bairro Alto do Sumaré. A Polícia Civil concluiu a investigação na última sexta. Segundo a investigação, Arantes teria visto o colega Paulo Henrique Jorge saindo com um travesti.

Além de espalhar a história entre outros colegas, a vítima teria colocado a informação na comunidade que freqüentava no Orkut, "Posto P1", referente ao local onde acabou sendo morto. O estabelecimento é procurado por jovens de classe média alta da cidade.

Irritado, Paulo e seu irmão Luiz Jorge Júnior (preso desde o dia do crime) quiseram, segundo a polícia, se vingar da atitude de Arantes e teriam contratado Emerson Marcelo Adriano para matá-lo. Paulo e Emerson estão foragidos.

Comunidade

A comunidade "Posto P1" continua no ar, mas já não é possível encontrar a suposta mensagem que Arantes teria postado. "Eu sempre entro na comunidade e nunca vi essa mensagem", diz Ulisses Caliento, 20, que visita a página e é amigo da vítima.

Caliento afirma ainda que o comentário pode nem ter partido de Arantes, já que ele dizia não saber usar a página nem ter conhecimentos de internet. "A gente estava no posto meia hora antes do crime e comentei com ele [Arantes] que eu o tinha adicionado no Orkut. Ele respondeu que nem sabia entrar no site e que algumas pessoas já tinham comentado sobre a página com o nome dele, mas não tinha sido ele o criador."

A página, que continua no ar, foi alterada depois do crime. A vítima era filho do fazendeiro Mário Paiva Arantes, figura conhecida da elite de Ribeirão Preto, que empresta nome a dois bairros.

Os três suspeitos do crime foram indiciados por homicídio doloso e tiveram as prisões preventivas decretadas. Jorge Júnior foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória.

Outro lado

Luiz afirmou ser inocente e estar surpreso com sua prisão. Ele disse ainda que conhecia a vítima por meio do irmão Paulo Henrique. O advogado dos irmãos, Luiz Carlos Bento, disse que não teve informações sobre o inquérito e que o seu acesso foi dificultado pela polícia.

Ainda segundo ele, a prisão de Luiz foi arbitrária, pois o rapaz estava dormindo em casa no momento do crime.

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